Novidade

Este blogue mudou-se. Está agora no facebook. Um dia voltará a viver no blogger, numa casa nova e moderna. Até lá, boas novelas!
Para TODOS os fãs de telenovelas Brasileiras e Portuguesas espalhados pelo mundo.
Portuguese blog about Brasilian/Portuguese tv soaps for fans all over the world.

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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A que novela se referem?

Tentem adivinhar a que novela correspondem estes comentários extraídos do canal Youtube. Trata-se de uma obra feita em 1996. Não é novela de horário nobre e jamais foi reprisada. Passaram-se portanto 17 anos da sua exibição. No entanto os comentários são recentes. Que novela está este público a pedir para rever?  Sim, a novela tem dramalhão (como todas), mas também tem romance, crime, família problemática, lamechice sim mas, So what?










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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Primeiras impressões da primeira semana de AMOR à VIDA


Parece-me que a novela "Amor à Vida" não vai chegar aos pés do sucesso da sua antecessora "Avenida Brasil". Já vou expor as razões mas se usaram a estratégia de tentar colar a imagem desta novela ao sucesso de Avenida Brasil e até comparar um vilão a outro baptizando-o de "Carminha de calças", então vão ter de se aguentar até ao fim com as comparações e os resultados.

O que não gosto desta novela já disse: é a cor. Não sei se lhe chamam "cor de cinema", película especial mas é algo que torna todas as cenas mais cansativas e gastas. Uma imagem azul é o que me aparece nas gravações antigas com mais de 20 anos quando coloco uma VHS a dar... Numa produção actual quero cores vibrantes e muita vida.

O genérico é muito pobre. As aberturas das novelas também influenciam a forma como o público se lembra das tramas. Dificilmente alguém mais esquece as aberturas de "Tieta", de "Mulheres de Areia", "Vamp", "Avenida Brasil", "Renascer", "Selva de Pedra", "O Sexo dos Anjos", "Perigosas Peruas" e a minha de sempre favorita  "Deus nos Acuda". Mas esta de Amor à vida enquanto está a passar na TV já está a ser esquecida.

Depois tem a melodia. Esta conta muito para "agarrar" o espectador e a da novela Amor à Vida não pega. Cai naquela erro terrível e insuportável de repetir três vezes a palavra "vida". Irra, que é coisa chata p'ra caramba! Tem os mesmos defeitos que "A vida da gente" no que respeita a música e a título. "Amor à Vida" é um título banal. Sei que quero espreitar a novela mas nunca recordo o nome que tem. Esforço-me para que me venha à cabeça. Com tanta importância que dão não entendo porque os detentores de opinião escolhem sempre uma combinação de títulos com apenas as mesmas palavras-chave: "Amor, vida". Esta decidiu juntar as duas.

A escalagem dos actores também é uma lotaria. O ator que faz de Félix não me surpreende. Já tinha reparado que tinha força para carregar grandes personagens. Mas outros estão ainda um pouco "crus" ou então meio deslocados para o papel.

MAS TEM também a história. E aqui sinto que existem tantos mistérios no ar que podem dar para um lado tanto como para o outro. E é isso - a trama, que me prende. Embora não tenha paciência para esperar muito tempo pelos desfechos que já conhecemos ocorrerem com as personagens, os mistérios relacionados com o parentesco de PALOMA e os actos do pai de FÉLIX que me cheiram que ainda vão chocar, mantêm-me, por enquanto, a espreitar a novela.

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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

As cassetes de trilhas dos anos 80

Vocês também tinham destas?


Nos bons anos 80

Quem, como eu, punha uma cassete virgem na aparelhagem, sintonizava as rádios à espera que passassem aquela música da trilha sonora da novela e com os ouvidos afinados e o dedinho pronto para carregar no botão REC pressionava tão rápido como num gatilho o botão de gravação assim que escutava o primeiro acorde?  

E o chato que era quando o radialista decidia falar sobre a música, intercaladamente sem parar, as pragas que tantas vezes lhes rogávamos?

Nos anos 80 era assim. Compravam-se discos de vinil, cassetes-pirata como as da imagem acima e passavam-se algumas horas com o dedo encostado a um botão da aparelhagem que ia gravar para sempre as músicas que queriamos continuar a ouvir. Músicas essas que entravam todos os dias nos nossos ouvidos e nas nossas emoções através das novelas. E que chato era quando a fita chegava ao fim antes da música acabar! Logo por azar, na única versão que passou na íntegra e sem interrupções, ahah.

A quem isto aconteceu?

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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Merchandising e FIGURANTES em Top Model

Terei de andar para trás e dizer que, afinal, a novela global TOP MODEL (1989) sempre mete algumas cenas de Merchandising. Mas ao quê podia ser? BANCO, é claro!

Foi moda que pegou lá na década de 80 e ainda hoje pode ser vista em novelas como "Avenida Brasil", por exemplo, em que as personagens subitamente têm rompantes de abrir contas bancárias e ir levantar dinheiro em caixas automáticas ao mesmo tempo que tecem largos elogios à instituição bancária, cujo nome surge em tudo o que é enquadramento. 

Em TOP MODEL isso também acontece, lá para o episódio 48 da versão que foi para o ar no canal VIVA. Só que é feito de uma forma mais digna, já que não inclui os exageros do presente (os tais rasgados elogios e as "urgências" em ir ao banco no meio da trama). Em Top Model, Gaspar e Lucas (Nuno Leal Maia e Taumaturgo Ferreira) precisam de ir a um banco falar sobre um empréstimo. Eles entram e saem. MAIS NADA. O merchandising consiste em mostrar o NOME da instituição ao entrar e principalmente ao sair. Bem simples. Mais honesto e muito menos forçado.


Agora vem a parte dos FIGURANTES

Nesta cena é engraçado perceber que, quando Gaspar e Lucas se levantam para sair, uns desgraçados ao fundo têm os olhos pregados nos dois. Aguardam que estes comecem a andar para também eles começarem a fazer o mesmo. O engraçado nesta sequência é que já os haviamos visto antes, quando Gaspar e Lucas estavam a entrar! São eles o casal que saiu do banco e esbarrou com Gaspar e Lucas. Que no final sejam estes os mesmos que saem do espaço é um errozito de continuidade de menor gravidade, mas que é claramente perceptível dada a inépcia do casal, que tornou demasiado evidente a sua "deixa" para se movimentarem pelo cenário. Não fosse isso e talvez tivesse passado despercebido que já haviam saído e não deveriam ainda lá estar. 

Gaspar e Lucas entram no Banco.
(figurantes saem)

Gaspar e Lucas levantam-se para sair
(os mesmos figurantes que saíram aguardam que os primeiros comecem a caminhar, olhando-os diretamente)


Os dois figurantes assim que vêm Lucas e Gaspar a andar,
dão, ao mesmo tempo, um passo em frente e começam a se movimentar

 E é assim que um realizador pode perder uma cena e ser forçado a repetir tudo de novo eheheh!


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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Estreia novela Amor à Vida

O que se passa com Susana Vieira e suas mãe-megeras que repetem frases iguaizinhas às da minha??


A personagem promete!
*Novela Amor à Vida

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O próximo REMAKE devia ser...

Recentemente o Globo decidiu gravar uma nova versão da novela "Guerra dos Sexos" (GS) e foi o que se viu: um desastre! De todas as novelas que podiam ser feitas e adaptadas aos dias de hoje, GS foi talvez a escolha menos adequada. Não só porque 20 anos se passaram, mas principalmente porque o fio condutor da história está completamente ultrapassado. 


TOP MODEL, novela que estou a rever graças a tecnologias que em 1989 não existiam, está a mostrar-me que ESTA É uma novela que podia muito bem ser refeita. Nem os sinais da passagem do tempo iriam prejudicar um remake da trama. A existência de um telemóvel e outras tecnologias não fariam diferença. O remake desta novela é totalmente viável e com grandes possibilidades de atingir igual ou mais sucesso, se ao menos conseguissem reunir um elenco tão especial quanto foi o de então. 

Nuno Leal Maia (Gaspar), Malu Mader (Duda), Cécil Thiré (Alex) e Rodrigo Penna (Jr)


1) A NATURALIDADE
EM Top Model, algumas personagens - principalmente as infantis, parecem-se essencialmente com eles mesmos. Todos têm um aspecto real, clean, verdadeiro. Mesmo um cabelo pintado não tem aquele aspecto de cabelo demasiado produzido e sempre no lugar que há anos invade a teledramaturgia brasileira. Todo o pessoal da praia anda despenteado pelo vento como é natural acontecer. Combinando com o cenário: as ondas do mar. Ninguém tem extensões ou acrescentos de coisa alguma. Tudo é real: os peitos das garotas não são duas bolas de silicone implantadas no meio do tronco, "Duda" (Malu Mader), a TOP MODEL da história faz o género "tábua" e é isso que lhe dá charme e torna possível ela usar roupas decotadas até o umbigo e ser modelo. Outra com as costumeiras bóias ao peito não iam conseguir usar aqueles decotes quadrados que descem até os quadris. Não se notam PLÁSTICAS e retoques notórios nos rostos dos protagonistas. Ter protagonistas com ar natural faz os olhos acreditarem naquilo que estão a ver. As pessoas aparentam ser tão naturais quanto a paisagem do mar. Ali não estou a pensar: "olha o olhar estranho deste". "O que se passa com o rosto desta?". "Que peito horrível!" - coisas que indubitavelmente me passam pela mente hoje, ainda que não queira, e que atrapalham a história, porque se misturam com a visualização. São uma "distração". Se hoje fosse possível reunir um elenco natura, em que as alterações estéticas não atingem camadas tão jovens quanto as idades que vemos retratadas nos filhos de Gaspar (15 anos para baixo), só isso aumentaria o potencial do remake da novela como um novo êxito.

 2) A MODA
Convenhamos que aqui a mudança teria de ser radical. O que seria um desafio delicioso para os criativos da Globo. Nos finais da década de 80 moda era usar roupas King Size - três números acima, tudo cheio de pano. Quanto mais pano de xadrez, listas ou de uma cor sólida desde com um exagero de acessórios iguais pelo cabelo, pulsos, pescoço, etc, melhor. Está vendo essas cortinas ou essa toalha de mesa em sua casa? Pois mal bastariam para fazer um outfit na década de 80. Na novela todos os personagens abrem a boca de espanto e satisfação ao ver uma roupa virar o que hoje apelidamos de horrorosa. "Lucas" (Taumaturgo Ferreira) desmancha um modelo bonito, pega num retalho de tecido, enfia-o entre as pernas da sua modelo, dá um nó naquilo e pronto: o vestido vira sensação que todos gostariam de vestir. Vira "alta costura". Hoje é tirar tudo o que é pano em excesso! E aqui reside o outro aspecto aliciante de um remake: ajudar a mostrar uma moda, a criar uma "brand".

3) MERCHANDISING
Estive a ver os primeiros 20 e poucos episódios da novela e não existe merchandising. O que é fantástico numa novela cheia de potencial para o mesmo. Pranchas de surf, equipamento para surf, barraquinha de sumos, o universo de moda - tudo isto é um iman para merchandising. Pessoalmente DETESTO merchandising nas novelas - quase sempre exagerado ou notório. Em Top Model não existe. Por exemplo: Lucas e Duda estão no jipe bebendo guaraná pela garrafa. Quase nem se percebe que se trata de guaraná. Eles até fazem brinde mas a cena serve a história e não o contrário. Hoje teriam feito planos e planos dos guaranás, a casa de Gaspar seria um iman publicitário a marcas de cereais de pequeno-almoço e comida de cão - pois existe o Maradona e a pobre "Jane" (Carol Machado) não poderia ter a sua primeira menstruação sem fazer publicidade a uma marca qualquer de absorvente. 

Sinceramente, não encontro um conhecido rosto para protagonizar nenhum destas personagens. O certo, a meu ver, seria abrir castings a novos talentos - pelo menos para encontrar jovens actores para o núcleo infantil e assim poder usufruir do mesmo encanto que estes jovens nos trouxeram: eles mesmos para as personagens. Rapazes e raparigas dadas ao surf, seria um plus, já que neste elenco só Marcelo Faria (Elvis) parece saber ficar de pé numa prancha. Muitos rostos tiveram aqui a sua primeira aparição: Adriana Esteves que arrebenta ainda na TV Portuguesa como "Carminha", fez aqui o papel de "Tininha", moça que engravida do namorado logo nas primeiras transas. Drica Moraes (Violante em Xica da Silva) e suas sobrancelhas grossas também estrearam aqui, assim como as de Carol Machado, Flávia Alessandra, Gabriela Duarte etc. 

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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Porquê não vejo a novela A VIDA DA GENTE


A trama até parece ter algum interesse - pelo capítulo que apanhei hoje. Então porque razão não estou a ver a novela "A Vida da Gente", que estreou há umas 3 semanas na TVGlobo Portugal?



1)- Pelo título. "Vida" faz lembrar as "Páginas", que também está em exibição na SIC. Faz lembrar todos os títulos pirosos e lamechas com "vida" que possam existir. "Gente" como que reforça a ideia.
Digam lá se não é enjoativo só de olhar?

2)- Pela apresentação/trailler. Lamechas até dar dó, mostrou um resumo amoroso idêntico a tantos outros que logo aí foi um balde de água fria gigante que provocou desinteresse. O casal protagonista é jovem e bonitinho, ambos em plano muito aproximado do rosto dizem bem as falas românticas mas não convencem que existe química e que estão perdidamente apaixonados um pelo outro. São dois bonecos, uma Barbie e um Ken.





3)- Pela presença destas actrizes: Fernanda Vasconcelos, Nicete Bruno, Ana Beatriz Nogueira e também, vou acrescentar, Marjorie Estiano. O que elas têm de errado? Nada, como atrizes. Mas simplesmente gastaram seus filmes comigo. E porquê? Por interpretaram praticamente sempre a mesma personagem. Pelo reel/trailler, Fernanda Vasconcelos estava a representar uma menina em quase tudo igual à "Fernanda", que a celebrizou. No mesmo tom, com o mesmo ar, com o mesmo cabelo, com o mesmo rosto. Não pegou. Nicete Bruno no trailler fez o que sempre a vi fazer noutras personagens: deu muita lição de vida, mostrou ser uma avó moderna, enfim. Já a vi nesse papel antes e não estou para ver de novo. E como também não muda nem sequer o figurino, não atrai mesmo. Ana Beatriz Nogueira.... mais uma megera. E daí? Sabemos que ela é capaz de gritar, de fazer imposições, de ser intransigente. Depois não consigo olhar para o rosto dela com aqueles olhos fundos todos circulados por uma mancha cinzenta e um rosto tão peculiar que não consigo deixar de olhar com estranheza e alguma aversão - lamento querida, porque és boa atriz mas não estou a falar do talento. Teria de me habituar e tentar remeter esta impressão para o inconsciente para conseguir apreciar a novela, só que seria difícil e não estava para fazer o esforço. Marjorie Estiano, uma heroína, doce, compreensiva, sofredooora, a chorar baba e ranho - já vi! E não estava para voltar a ver. Novamente, nem o figurino ou o cabelo parece ter sido alterado para não coincidir com papéis semelhantes no passado. Os registos são os mesmos. E por isso não atraiu.

4) - A música do genérico/abertura. "Tempo, tempo, tempo, tempo" repetido não sei quantas vezes dá vontade de quebrar a TV. É das piores coisas que podem estar sempre a repetir. Em todo o capítulo escutar isto, é dose. Faz querer mudar de canal e nem sequer a novela começou!

5) - O próprio genérico. Quando identifico um plagiozinho ainda que meio disfarçado sinto que tudo o que vier a seguir é plágio também. A abertura é por demais semelhante a "Por Amor", que usou fotografias de Regina e Gabriela Duarte ao longo do "tempo, tempo, tempo, tempo" (irra, que é irritante até quando se escreve) para criar uma das aberturas mais celebradas e memoráveis da história das aberturas de novelas brasileiras da Globo. Esta foi buscar o mesmo estilo e deu o mesmo tom.

6) - A trama. A história como foi apresentada. Parecia uma manta de retalhos de histórias anteriores, muitas delas inspiradas no estilo do autor Manoel Carlos. Não só a abertura fazia lembrar a novela de Manoel Carlos, como a protagonista acidentada fazia lembrar a "Fernanda" de Manoel Carlos, a história do romance-catástrofe fez lembrar Manoel Carlos seguido de uma gravidez e um bebé para criar que fez lembrar Manoel Carlos.

E estas são as razões - a meu ver válidas para quem, ao menos, nasceu no século passado e começou a ver novela bem cedo. Nestas circunstâncias, como podia o trailler desta trama despertar grande interesse? E tem outro factor importante: a quantidade de novelas exibidas ao dispor do espectador faz com que se tenha de optar. Se o timming for mau, se o pacote de "embrulho" (trailler) não for apelativo, dificilmente vai cativar. E com uma "Avenida Brasil" no ar, mais outras tantas ao longo de todo o dia, existe uma certa exaustão e também uma necessidade de abrandar. Porque o cérebro ainda está a tentar ver chegar o final de duas ou três, para conseguir começar a acompanhar o início de outras duas ou três.

E por estes motivos creio que a novela devia ter apostado na escalagem de outros actores, para que não sejam sempre os mesmos a fazer o mesmo tipo de papel. Isso é um grande turn-off, é como fazer sexo sempre na mesma posição. Ao fim de umas tantas já não se sente emoção alguma. Com novela passa-se o mesmo. Não é que as novelas não sejam boas, não é que os actores não sejam bons. O problema é mesmo esse de tudo ser feito pelos mesmos, da mesma maneira, mostrando o mesmo, da mesma forma, plagiando. Ah, e para completar, para ser a cereja em cima do bolo, tem lá a filha do autor Manoel Carlos, fazendo um papel. Sério! Mal a reconheci e fiquei siderada no rosto dela, estranho, puxado, lábio e pele presa, ui! Fiquei tão fixada na estranheza do rosto que só passados uns 10 minutos é que notei que existia uma cicatriz "emprestada" no peito da personagem. A sério! Uma cicatriz que se quer feia e visível mas eu só consegui olhar foi para o rosto estranho, tentando perceber o que se passava...

Gente, a sério que não é do Manoel Carlos esta novela? Olha, eu acho que é! Ou ele arranjou um heterónimo novo, ou um acordo, ou está pela surdina. Não só a história tem um embalo parecido como a filha dele tem lá um papel. E toda a gente sabe: novela que é dele tem de ter a filha dentro. Olha a dica, gente!

Abraço!

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PS: Acho até que já sei como a novela vai acabar. Que cena e que plano vou ver. É que o registo é tão plagiado que aposto que vou ver para o final uma cena idêntica à do final da novela "Por Amor", em que os casais Atílio e Helena, Marcelo e Maria Eduarda mais as crianças, de mãos dadas, lado a lado, caminham reconciliados e felizes se afastando da câmara, num lugar paradisíaco como um belo jardim. E aí vai aparecer na TV a palavra "FIM"! Entendem? Dá para começar a ver uma história que só pela apresentação já se conhece a novela toda do início, meio até ao fim???

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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Carminha é DESMASCARADA - avenida Brasil

Carminha, personagem da novela Avenida Brasil (2012) é capaz de dar um nó a um prego.
O que ele inventa para conseguir não ser desmascarada está ao nível dos maiores burlões que o mundo já ouviu falar.

Vou confessar uma coisa: não acredito que na vida real uma "Carminha" fosse desmascarada da forma como a personagem na novela é. Acredito muito mais que ela ia aceitar a pensão choruda do marido e partir para a conquista de outro milionário, com bolsos ainda mais fundos que Tufão. E continuar com o seu amante. Mas na novela em alguma altura a sua máscara tinha de cair e isso foi para o ar no episódio de hoje.

Maxwell, inspirado em César (Vale Tudo), decide dar umas tantas "bananas" para a família Tufão e feito o gesto vai-se embora, deixando na casa um presentinho: várias fotos dele e Carminha na maior intimidade. A primeira a ver as imagens é Ivana, a insuportável Ivana e sua voz de nénem.

 Ela dá um grito que chama a atenção dos restantes que então também vêm as fotos e confirmam as acusações de Jorginho: Carminha e Max têm sido amantes. Quem dá um tapa na cara da infiel é Tufão, mas aqui pessoalmente achei que a cena deixou a desejar. Ivana tinha muita mais energia e razão naquele instante para ficar cega de raiva, partir para o tapa e arrancar cada extensão de cabelo falso de Carminha, elevar bem alto as madeixas entrelaçadas nos dedos das mãos e gritar feito uma leoa, após muito a esbofetear. Isso sim, seria uma cena de mulher enganada se vingando de mulher que enganou. Tufão já desconfiava. Tinha recebido muitos toques. A reacção dele não tem um impacto tão surpreendente. 

Mas Carminha não desaponta os "fãs" e seria capaz de dar um nó naquele prego, não tivesse o autor decidido que aquele era o momento do seu declínio. Carminha jamais seria desmascarada. Ela ajoelha e jura que é uma vítima, que as fotos são montagem da Nina, que está junta com Max. Implora para que acreditem nela, chama Muricy de «mãezinha». Mesmo desmascarada o seu calibre como vigarista é requintado e da mais alta qualidade. Carminha faz o género de aldrabona que deixa muitos divididos. Uns acreditariam nela, outros não acreditariam mais. Desmascarada, alguns ainda a defenderiam de tudo e contra todos, jurando acreditar no seu bom carácter. Assim acontece na vida real com as maiores vigaristas da humanidade. No seu próprio tempo têm uma legião de fãs - muitos até são também as principais vítimas. Por vezes só décadas depois é que a sociedade vê a figura com outros olhos, já não tão hipnotizados com o fascínio da "cobra". 

Que "Carminha" não tenha sido "salva" do improvisado cativeiro de Max mais cedo foi outra cena conveniente demais para o desenrolar da trama. Numa mansão com segurança, guarda e motorista que está sempre pelo jardim, ninguém ver a patroa a ser arrastada e amarrada, ou escutar os seus gritos ou gemidos é mesmo providencial para o fim pretendido. Nisto tudo, Nina e Jorginho perderam força na trama - mal aparecem e a sua intervenção no momento em que Carminha é desmascarada é praticamente nula. Aliás, carminha só não foi desmascarada antes com as provas de Nina porque, convenhamos, a miúda era muito burra para captar provas! Usava o celular para tirar foto ao invés de fazer um bom filme. Vai que deixava escapar todo o beijo e amasso. Coitada da Nina. Tão inteligente mas tão pouco versátil com as tecnologias. Demorou MESES a apanhar os amantes. Porém escutou todas as conversas atrás das portas. 


Outro casal que perdeu a força assim que se juntou foi Tessália e Darckson. E o que foi aquilo entre a filha mais velha de Candinho e o filho da cabeleireira? Aquela declaração longa e chata no carro pareceu precipitada, pois faltou mostrar a corte mais cerrada, o entrosamento dos dois a ficar mais íntimos, cedendo... Subitamente vão casar! E todas as dúvidas de Débora sobre Ivan dissipam-se com a oferenda de uns pasteizinhos. 

O final de "Avenida Brasil" está a se aproximar. Não sei ainda o desfecho de toda a trama mas muita coisa já transpareceu. O que mais me chocou foi o apontado "Final Feliz" com redenção e perdão para tudo o que é lado. Quando ouvi falar nisto a avaliação que fiz da novela caiu a pique. Mas confiando nos textos, vou esperar para ver se a coisa vai ser apresentada com veracidade ou se, ao contrário de Vale Tudo, esta trama não vai inovar em nada os finais e vai fazer com que todos vivam felizes para sempre, casados e à espera de filho. Quantos casamentos e quantos filhos vêm por aí?


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sábado, 13 de julho de 2013

Amigas OPORTUNISTAS

No episódio que vai para o ar SEGUNDA-FEIRA na novela Avenida Brasil, Verónica convida MonaLisa para ir almoçar a um restaurante fino. No final da refeição a cabeleireira ao ver a amiga pegar na bolsa manda ela guardar a dita e diz que quem vai pagar a conta é ela. Está feliz e contente quando Verónica tira da bolsa uma nota cobrando 600 reais pelos "seus serviços". E explica que a levou até ao restaurante para lhe ensinar as tendências, lhe mostrar os vinhos, etc e que isso é um serviço de Personal Friend muito bem pago na Europa e nos EUA, onde é moda e lhe está a cobrar uma pechincha de 300 reais à hora. 

MonaLisa responde à altura: «pode ser moda na Europa mas não é aqui no Divino. Aqui no divino mulher que cobra por serviços à hora tem outro nome" e nisto sai do restaurante. A cena com os detalhes do diálogo vai para o ar amanhã, no capítulo de hoje só saiu o cheirinho. Mas esta cena que parece saída de uma história absurda de alguém muito descarado não é tão incomum assim. Me fez lembrar uma pessoa que conheci. E ela fazia assim:


Ela surgia muito simpática parecendo querer fazer amizade. Oferecia boleia até o café, outras vezes convidava a pessoa para ir com ela de automóvel até um supermercado ou restaurante. Previamente pelo caminho falava de dinheiro. Falava no quanto a vida estava difícil e o quanto não estava nada fácil pagar as contas no final do mês. Enumerava cada despesa que tinha: a da renda de casa, a conta da água, do gás, da luz, de telemóvel, como se despesas não fossem comum a toda a gente.  Relatava também «histórias» pessoais de como as pessoas são egoístas e interesseiras e já não são amigas desinteressadas, capazes de gestos desinteressados, como dar algo a alguém sem esperar receber algo em troca. 

E dava especial ênfase às despesas com a gasolina. Essas relacionadas com o automóvel ela mencionava sempre. Por vezes era a primeira coisa que se lembrava de dizer assim que entrava no carro. "Hoje estou mais pobre. Já gastei 10 €uros em gasolina para o carro. Sem gasolina ele não anda, o que fazer? E já sei que vou ter de gastar mais porque não enchi o depósito. Não tinha dinheiro para mais. A semana passada também gastei 10€ de gasolina. É só vê-lo sair. Ter carro é como ter filho. Por isso é que eu não tenho filhos. É muita despesa. O que me valeu foi minha santa mãezinha que me emprestou 25€, porque eu não tinha dinheiro para comprar gasolina"*. 

Uma pessoa escuta isto e por vezes se compadece. Ao mesmo tempo, é tão comum em Portugal as pessoas iniciaram uma conversa informal com este tipo de lamurias que isto faz com que não se perceba quando alguém está a preparar terreno para nos dar um "chorinho". Pensamos apenas que a pessoa precisa de desabafar ou fez conversa circunstancial. Afinal, dinheiro não abunda para muita gente e despesas toda a gente tem! Mas isto aliado às confidências sobre os dramas com a família, com uma mãe doente, um pai incapaz para o trabalho, irmãos espalhados por toda a parte, pobreza e miséria de alguns e riqueza de outros. Tudo previamente pensado foi então "embalado" com cantilenas deste tipo.

Depois com o tempo é que damos conta que existe um padrão comportamental repetitivo. Cada vez que ela oferecia carona (boleia) a alguém, a seguir não tinha dinheiro para pagar o bolo e café. Nas compras, cobiçava algo mas dizia que achava caro demais, esperando que a outra pessoa se oferecesse para pagar a meias ou dizendo para a outra comprar para si. Se feita a compra pela outra pessoa, depois dava-lhe vontade de provar ou arrependia-se de não ter comprado e não ia ter como voltar tão cedo ao local. Nos restaurantes, elogiava o aspecto da comida nos pratos dos outros até lhe oferecerem um pouco a provar. Provava, dizia que estava delicioso, pedia para tirar mais um bocado, elogiava e por vezes acabava por consumir a maior parte da refeição. Com as sobremesas fazia a mesma coisa. Era sempre a mesma coisa. Inicialmente uma pessoa «engole» o engodo acreditando estar diante de alguém com legítimas preocupações sobre os caminhos erróneos da sociedade. Mas depois a repetição destes actos interesseiros e oportunistas, aos poucos, vão fazendo com que a máscara caia. Ela "Brincava" com a situação de provar a comida nos pratos dos outros, dizendo que era gulosa e que já estava cheia de comida, mas na realidade isso servia para mascarar a realidade: ela era uma oportunista que tentava sugar dos outros tudo e mais alguma coisa, mas com um sorriso, uma falsa simpatia, um falso desinteresse e uma falsa humildade, que a si própria atribuía.

João Emanuel Carneiro
Autor principal de Avenida Brasil

Se ela fizesse um favor a alguém, de alguma forma acabava por o cobrar. Cobrava até o impensável. E achava-se no legítimo direito de o fazer. Indignadíssima ficava quando as coisas não corriam como pretendido. Dizia que era ingratidão. Daí esta pequena cena na novela Avenida Brasil ser mais que um acréscimo cómico à trama. Os autores de novelas são de facto exímios a perscrutar a alma humana e extrair com autenticidade tantas variantes de personalidade e carácter. Pessoas como Verónica EXISTEM. E podem não ser tão fáceis de detectar quanto ela. Nem todas usam roupas de grife e se rodeiam do mais fino luxo, mas em comum têm o apurado sentido de oportunismo. E no fundo são imensamente barraqueiras, adoram baixar o nível e ser ácidas no trato com os outros, ainda que se esforcem para tentar se fazer passar por ladies. A IMAGEM que pessoas de "nível social elevado" possam fazer delas é-lhes importantíssimo. Mudam de imediato de postura quando diante de uma. Parece que os seus cérebros auto-programam-se para a bajulação e para a prestatividade que não é nem um pouco desinteresseira. Parecem máquinas que entram logo em "modo on". É até surpreendentemente como conseguem só de olhar identificar de imediato quem interessa mais dos que não interessam de todo. Quem tem "dinheiro, posição e influência" do "falido com ar de dinheiro mas que não interessa a ninguém". 

Uma vez esta pessoa em quem baseio este relato muito simpaticamente insistiu em pagar o pequeno-almoço (café da manhã) a uma colaboradora descendente de uma "família tradicional de alto prestígio e influência e com uma quinta no norte, onde está o dinheiro gordo", a qual, sempre que sabia por perto, tratava imediato de agradar e passar as melhores das impressões. Ao entrar na empresa vinha aborrecida e a primeira coisa que diz é: "hoje alguém tem de me pagar o almoço porque eu levei a XXX a tomar o pequeno-almoço fora e tive de ser eu a pagar a conta pois ela já pagou outras vezes e ficava mal. Não é justo". LOL. 

AGRADAR esta elite é um must e são capazes de investir um pouco na esperança de ter um retorno substancial, mas nem por isso gostam de praticar o ato de gastar. 

Numa ocasião ajudei esta «amiga» a preparar um evento que ela dizia aberto a todos mas que me contou que ia convidar pessoas de "outro estatuto social e com poder económico" porque estas é que faziam a diferença na festa, embora preferisse lá ter amigos de verdade e não pessoas interesseiras que só pensam em dinheiro. Convidou-me a aparecer, assim como todos os outros colegas. Apareci eu. Ela mostrou-se grata nas palavras, mas incomodada na postura. Ainda lhe dei o benefício da dúvida mas uma segunda ocasião se repetiu e nessa ficou ainda mais claro que a boca agradecia a presença como se fosse uma mera formalidade circunstancial, mas a postura era de irritabilidade. Claramente não lhe agradava a presença de alguém como eu diante de um grupo de pessoas "selecionadas". Há terceira e quarta ocasião já não tive como constatar nada: ela não me convidou ou sequer mencionou em conversas que estava a preparar mais eventos. Outras pessoas que não compareceram aos primeiros, surgiram para os últimos e assim se confirma que o oportunismo atrai o oportunismo. Eu, que lhe prestei muito apoio e incentivo, fui jogada para escanteio sem sequer existir uma pontinha de remorso. Bastou para tal que as coisas começassem a lhe correr para o melhor.  Com o tempo outras situações de "conflito mascarado" surgiram e chamei-a à parte expondo as minhas preocupações e pedindo-lhe para que fosse sincera e me contasse o que a perturbava comigo. Foi incapaz de admitir alguma coisa. Jurou que estava tudo bem e que era impressão minha. Mas continuou a manter-me afastada e a ter comportamentos provocatórios e suspeitos. 
Nesse aspecto a vida real não costuma ser como nas novelas, pois raramente quando chega a altura da "mocinha" dar uma prensa na "vilã" esta aproveita para mostrar a sua verdadeira face e confessar todas as armações ao mesmo tempo que revela todo o veneno. Normalmente o mais comum é o veneno continuar a ser destilado por vias mais cobardes, pelas costas, o mais dissimulado possível. 



Todos estes comportamentos oportunistas que pessoas assim adoptam, são executados ao mesmo tempo que lhes tecem duras críticas. Esta pessoa fazia conversas que mais pareciam palestras, autênticos discursos de filosofia de vida sobre a falta de desprendimento das pessoas hoje em dia, da falta de generosidade, do quanto a sociedade só pensa em dinheiro e o quanto ela não ligava a isso. Faz lembrar "Carminha" defendendo os valores cristãos e a família, e fazendo o que todos sabemos que realmente faz. Com estas pessoas passa-se o mesmo. Criticam severamente os actos de que são exímios praticantes. 

Existem pessoas nas quais só se encontra a verdade se tudo o que disserem for interpretado ao contrário. 


*Senti-me indignada quando percebi que ela também se aproveitava da mãe. Contava-me que esta era muito pobre e corria o risco de ser despejada e de repente diz-me que foi com o dinheiro dela que meteu gasolina? "Ah, fui fazer-lhe uma visita e ela é que me ofereceu dinheiro" -disse. Conseguia imaginar bem o quanto de "trivial e desinteresseira" foi aquela visita e a consequente conversa circunstancial. Não podia concordar com o facto dela ser tão oportunista e sovina. O seu salário era o maior de todos na empresa. Para se ter uma ideia, a nova "presa" de quem se aproximou lá dentro lá conseguia se governar com menos de metade desse ordenado. Era indesculpável ter manipulado e tirado proveito da mãe daquela forma, quando a descrevia muito pobre e extremamente doente. Percebi que ela achava que a mãe lhe era devedora. Todos lhe eram, na verdade.

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quinta-feira, 11 de julho de 2013

O que eu tenho em COMUM com... ADAUTO

O que tenho em comum com a PERSONAGEM de Adauto na novela AVENIDA BRASIL 
é que ambos gostamos de uma moela!


E você? 
O que acha que tem em comum com ESTA personagem?

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quinta-feira, 4 de julho de 2013

O improviso


Faz tempo que queria relatar um acontecimento que ilustra bem o tema que vou introduzir: o improviso.
Numa ocasião em que diversas pessoas de fundo profissionais diferentes se juntaram num curso específico, foi necessário cada qual revelar um pouco de si  num exercício de comunicação com o público. Uma rapariga que o frequentou decidiu REPRESENTAR. Declamar uns versos, portanto. O grupo mais ou menos que vaticinou, antecipadamente, que ela o ia fazer muito bem, pois era atriz premiada. Pelo menos ela gostava de se apresentar assim. Não só era atriz, como já havia sido primeira dama do teatro!

Ela começou a declamar e a interpretar. Surpreendeu-me quase de imediato. Mas continuei a ver, aguardando o final da sua interpretação. Heis que num determinado momento ela pára de aclamar para perder alguns bons segundos a procurar algo e agarra num objecto que eu tinha na mesa para ilustrar uma ideia básica. Ao que respondo com um pequeno comentário bem mais apropriado ao texto que aclamava e ao gesto que teve. Pois ela volta-se para mim atrapalhada e diz:
-"Hã? O quê? O que é que disseste?"

Repeti a chalaça. Ela permanece confusa e desorientada. Perante isso eu peço-lhe para esquecer e retomar a sua interpretação. Foi uma questão de segundos apenas, não mais que isso. Mas aquela rapariga que ficou logo desorientada não soube aproveitar um momento rico para o improviso. Um que o seu próprio gesto criou e que a minha observação abriu portas para ironias. Eu teria feito melhor, teria sido espontânea. Sem treino, sem experiência sem "carimbo" de primeira dama de teatro. E foi aqui que percebi que nem tudo o que diz ser peixe é realmente peixe... No final da sua verborreia poética, o grupo aplaudiu, reforçando à atriz que ela esteve muito bem. Esta por sua vez, com uma falsa humildade e modéstia bebeu os aplausos como se deles necessitasse para viver. Aplaudi o seu esforço, como respeitosamente se faz a qualquer pessoa que exponha o seu trabalho desta forma mas não fui capaz de reproduzir os exagerados elogios, que afirmavam que ela era uma grande atriz. Fez o seu melhor, que estava longe de ser bom. E não soube apanhar um improviso lançado de graça para personificar melhor a sua interpretação. Estava presa a uma forma de interpretar tão obsoleta, que consistia apenas em memorizar palavras e clamá-las ao vento sem errar (ela errou).

E é com este exemplo que introduzo o tema do IMPROVISO.
Gosto do improviso em cena. Conseguia perceber ao assistir uma novela ou filme quando uma parte não estava prevista mas acabou incluída na trama. A forma como os atores se "soltam" e dão de si às personagens (suas e dos outros) e dão à história e à interpretação fica muito mais enriquecida. É um deleite assistir. E se existe hoje uma novela onde esse improviso pode ser observado, essa novela é AVENIDA BRASIL. Todos os núcleos têm alguma liberdade para interpretar suas personagens mas o núcleo da família de Tufão é particularmente FÉRTIL nos diálogos improvisados. Não são só os diálogos, é toda uma postura corporal também. "ADALTO" é o meu favorito nesse aspecto, pois acho que não é tão fácil quanto o ator dá a entender fazer aquela personagem no timming que ele consegue e da forma como ele consegue. Todos aqueles actores, onde se inclui uma inexperiente criança, conseguem fazer longas cenas sem aparentemente existirem cortes de edição pelo meio, simplesmente por conseguirem entregar os diálogos todos entroncados noutros e improvisando "encaixes" até alguém mais dar continuidade ao guião e introduzir o excerto de texto seguinte. É uma delícia e gente, ator que é ator TEM de saber acolher o improviso. Aliás,  acho que este é uma mais-valia para qualquer ator!



Amora Mautner, que entrou como atriz na novela VAMP (1991),

tem crescido profissionalmente como directora de novela.

Com créditos firmados, teve a seu cargo a responsabilidade de Directora Geral 

na novela Avenida Brasil função que transfere para a novela Jóia-Rara

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segunda-feira, 3 de junho de 2013

A mensagem de Avenida Brasil

Se existe uma lição importante a tirar da história da novela "Avenida Brasil" é apenas esta: tudo o que uma pessoa faz para a família tem repercussões.

Podem passar gerações mas algo feito lá atrás acaba sempre por influenciar um pouco as gerações seguintes. Existe algo que é transmitido nos hábitos, no trato, na postura e esse algo passa para os que os rodeiam, influenciando-os, marcando-os. E é reproduzido, como um ciclo vicioso. Mudam as circunstâncias, o ambiente, a exposição aos elementos mas se a essência não mudar, "Carminhas" vão ser mães com preferências por filhos e que vão criar filhas obesas com problemas de auto-estima e filhos complicados com problemas de tudo. Por sua vez, quando estes forem pais, provavelmente também passarão alguma dessa ansiedade aos filhos. Uma ansiedade que começou lá atrás, não na mãe, não na avó, nem na bisavó... Uma reação em cadeia.


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terça-feira, 28 de maio de 2013

Getúlio e a revolução constitucionalista de 1932

Estou curiosa para ver o resultado final do filme "Getúlio Vargas", que terá Tony Ramos como protagonista. Curiosidade para ver, afinal, como vai ser retratada a figura. Existirá controversa? Bom senso?

A curiosidade provém de uma pequena investigação que fiz para entender, afinal, quem foi a figura e o que andou a fazer na história do Brasil. Muita dessa curiosidade está a ser gerada pela re-exibição da novela "Eramos Seis", que está a atravessar o periodo de gestão de Getúlio na presidência do Brasil. As referências que as personagens fazem à sua política não são positivas. A história passa-se em S. Paulo e sei que vem aí uma guerra - a revolução constitucionalista de 1932, que começa com uma revolta estudantil onde quatro estudantes são mortos a tiro (autor do disparo e seu lado político desconhecido).

Ora, quis entender melhor essa parte da história. E fiquei a saber que foi uma revolução local, iniciada e mantida pela população de S. Paulo e simpatizantes da causa. São Paulo quis virar um Estado Independente. Por detrás de tudo, ao que parece, existiram os interesses económicos da venda do café - pois Getúlio mandou queimar as produções de forma a equilibrar o preço do café numa economia muito instável desde o crash da bolsa de Nova Iorque em 1929. São Paulo tinha uma elite rica de famílias de fanzendeiros que viviam do café e estavam acomodados ao seu estilo de vida agora ameaçado. Alianças políticas entre estados não estavam a ser convenientes para os senhores do café e pronto, a posse pelo poder fala alto. Se Getúlio foi mau governante e tirano, ou afinal fez bem ao país, ainda estou por descobrir.

Foram tempos difíceis, esses da década de 30. Tanto lá como cá e presumo que, no mundo inteiro, cada década teve o seu quê de dificuldades. Mas logo após o crash económico da bolsa de valores, certamente que a vida não era muito fácil para quase ninguém. Só mesmo para os ricos e até estes viram tudo ruir.  Décadas passam e nestas sociedades assentes no modelo de sustentação económico, avança-se de crise em crise. Pelo que não existirá uma geração que não passe por dificuldades. Estamos agora a atravessar outra, que chegou antes mesmo do novo milénio e cujo pico ainda dizem que está para vir. Mas tal como lá na distante década de 30, o progresso também avançava a passos largos. Alguns sectores, quase sempre o da Construção Civil, acabam por florescer entre crises e, principalmente, guerras - não tivesse sido esse sempre o caso em todas que o mundo viveu.

Quem conhece melhor a história de Getúlio, como retrata a figura? E como foi afinal, a sua gestão do país? Tiveram razão, os são Paulinenses, em fazer essa revolução em que faleceu tantas pessoas?

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Os diretores e seus AMORES - 1

Ser director de novela implica contactar com muitos artistas. Talvez por isso seja natural que os romances entre actores e directores proliferem. Alguns desses romances viram casamentos ou uniões sérias. Porém, nem todos parecem seguir a máxima: "felizes para sempre". Vamos relembrar o "curriculo" amoroso de alguns diretores e atrizes de novela brasileira.

DENNIS CARVALHO

Com quem não namorou/casou Dennis Carvalho? Com uma lista impressionante de relacionamentos com atrizes, entre as mais badaladas entram as que levaram ao casamento. A primeira foi Beth Mendes.



Beth Mendes

Seguiu-se Christiane Torloni, em 1978, com quem teve filhos gémeos.


Não demorou tempo e já estava com Monique Alves, com quem em 1981 teve uma filha, Tainá.

Deborah Evelyn, em 1989, foi a actriz que se seguiu. Com ela manteve uma relação de vários anos, tendo a mesma terminado o ano passado, 2012. Tiveram uma filha, Luísa.


Os Quatro casamentos com ATRIZES de Dennis Carvalho
Bete Mendes, Christiane Torloni, Monique Alves e Déborah Evelyn


Pelo meio morou e namorou com as também conhecidas Tássia Camargo e Ângela Figueiredo, às quais não colocou aliança de casamento :)



Fontes: internet (IMDB, Wikipedia, Mundo de Novelas, astroemrevista).

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Jovens atrizes que CASARAM com homens não tão jovens

Talvez o primeiro exemplo que salte à memória seja o de Deborah Secco (nasc. 1979). Namorada que foi durante anos de um jovem rapaz tendo até virado noiva, para acabar por casar em 1997 e com 18 anos com o conhecido director de novelas Rogério Gomes (que a dirigiu em "Vira-Lata"), 18 anos mais velho e divorciado duas vezes, pelo qual se disse ter apaixonado aos 15. O casamento trouxe-lhe duas «enteadas», uma das quais com mais idade que ela. O enlace durou quatro anos e não teve filhos.

Também casada em 1997 e também divorciada apenas uns meses depois de Débora, Flávia Alessandra (nasc. 1974) casou com o conhecido actor e diretor de novelas Marcos Paulo (nasc. 1951), quando contava com 23 anos e ele 45. Os dois namoravam desde que Flávia era uma menor de 17 anos, tal como no caso de Deborah Secco. Marcos já tinha sido casado três vezes e tinha duas filhas: uma de um relacionamento com uma italiana enquanto solteiro, outra aquando o casamento com a actriz Renata Sorrah. O casamento com a jovem Flávia surgiu, disse-se na imprensa, por imposição da mãe da jovem atriz, que não era feliz vendo a filha numa união não oficializada. A união durou 11 anos, o casamento cinco desses anos. O casal teve uma filha em 2001, separando-se oficialmente logo depois.

Outra jovem que decidiu casar com alguém mais velho foi a impetuosa Carolina Dieckman (nasc. 1978), que em 1996 enquanto gravava a sua primeira protagonista na novela "Tropicaliente" se engraçou com o ator e trapezista Marcos Frota (nasc. 1956) viúvo há uns anos e com três filhos. Ela pouco sabia da história dele. Que era trapezista e tinha um circo - coisa que a atraiu, era uma delas. Que era viúvo com três filhos e a sua idade, as outras. Se tivesse reflectido um pouco no currículo noveleiro talvez tivesse chegado lá. Mas não deu tempo para essas considerações. Com apenas semanas de namoro os dois começaram a dividir o mesmo teto, tendo Carolina se mudado para a casa dele. Em 1997 a jovem que esperou fazer os 18 se casou com o ainda jovial artista de 40 anos numa bela cerimónia bem fotografada pela revista CARAS, detentora do castelo onde o casal deu o nó. O casamento durou até 2004, ano em que se divorciaram, contava ele 47 e ela 25. Da união com Marcos surgiu Davi, nascido em 2001. Marcos comentou anos depois, já Carolina fez vida e família com outro, (voltou a casar em 2007, aguarda-se a chegada de 2017) que passou todo aquele tempo e ainda não sabe bem porquê os dois se divorciaram. Se calhar, devia ter percebido que foi pela mesma razão pela qual se casaram*.



É sabido que não é preciso existirem grandes diferenças de idade para uma relação terminar. Mas no caso quiçá o factor idade de facto interfira na relação. Nenhuma é a mesma quando a parte jovem já não está a entrar nos 20 e sim a sair para se aproximar dos 30. Como vê ela a pessoa mais madura diante de si? Quando não dá para adiar mais a necessidade de viver mais intensamente, de outra forma, com mais entusiasmo e de forma mais vibrante - coisas típicas dessa idade e que procuram-se junto de outras pessoas dessa idade? Porque é raro encontrar fonte de satisfação em quem já passou essa etapa e caminha mais para a tranquilidade. Quebrar-se-à algum encanto?

Sábia parece ter sido Marília Gabriela, «casada» que teve durante oito anos com o então jovem Reynaldo Gianecchini, hoje com 40 anos. A diferença entre os dois era de 24 anos. A jornalista disse o seguinte:
"Um dia o Giane vai partir porque ele é muito mais novo do que eu. Estou aproveitando ao máximo esta relação. Quando este dia chegar, vou fazer outra coisa da vida. Mas por enquanto estamos juntos" - disse a jornalista três anos antes da relação chegar ao fim.

Já Leão Tolstoi escreveu sobre isso cerca de um século e meio antes destes matrimónios de 97, na sua obra "A Felicidade Conjugal" (1858). Quando uma relação amorosa começa, tudo é maravilhoso. Mas depois prevem-se algumas tempestades. E existindo diferenças de idade, estas tempestades digamos que são previsíveis no decorrer das mudanças da maré.

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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Adriana Esteves e Cauã Reymond - os namorados

A dupla de actores que faz de mãe e filho respectivamente na novela "Avenida Brasil" podiam muito bem fazer par romântico. A diferença de idades entre os dois não é assim tão grande, é de apenas 10 anos. E nem por isso deixamos de acreditar que "Carminha" é mãe daquele marmanjão. Mesmo a actriz mantendo os seus traços algo de menina. Já ele, fica mais difícil de acreditar que está a treinar para virar um grande futebolista, pois já indica que não está com a idade adequada para essa oportunidade. Contudo, é assim que se sabe quando uma novela nos agrada: quando estas coisas não são mais relevantes que a história.

"Carminha" e "Jorginho" bem podiam fazer novamente par numa novela qualquer, mas como casal romântico. Eu ia gostar de ver, essa inversão de papéis, essa noção "incestuosa" que fica no ar devido à força das personagens nesta novela actual.

Mas o bom nesta arte de representar é esta mesma de se conseguir passar por cima da memória desse último registo e entregar outro, totalmente verosímil, totalmente credível, mesmo quando devia «chocar» com as impressões anteriores.

Nas novelas já estamos acostumados a ver a menina que fez de filha virar namorada do "pai" uns anos depois. A própria "Avenida Brasil" é prova disso, pois "Nina" (Débora Fallabela) e "Tufão" (Murilo Benício) já foram pai e filha na novela "O Clone". Mas inversamente, ser a "mãe" e "filho" a virar casal, isso é que é muito raro. (Serão vestígios da sociedade machista?). Pelo que gostaria sim, de ver uma "mãe" virar namorada de "filho" de novela...


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sábado, 4 de maio de 2013

O Octávio de Tony Ramos


Eu disse que ele merecia e cá vai: um post dedicado a Tony Ramos.
Ou melhor, a ele enquanto actor que encarna a personagem "Octávio" na novela "Guerra dos Sexos". Se fosse falar de todo o percurso do actor nunca mais ia sair daqui e este post ia demorar dias a ser escrito!


Ele merece um longo post por toda a carreira que tem, pelas personagens que já chegaram até nós desde os anos 70 até os dias de hoje... Mas por enquanto fico por Octávio,  um deleite para os sentidos! Quem não viu, "corra" já para a Globo Portugal e fique a ver Guerra dos Sexos até a personagem de Tony Ramos aparecer. E depois é relaxar e absorver com deleite todo aquele imenso talento para a comédia que Tony tem.

Octávio não abandona o corpo do actor em cena, nem por um milésimo de segundo. Ele está lá sempre, com uma expressão no olhar, um maneirismo ou uma postura que comunica imenso as características da personagem. Adorei especialmente uma cena simples que foi para o ar há umas semanas, quando durante a entrega dos presentes do "amigo secreto", na festa de Natal, Octávio maldiz a iniciativa da prima, considerando aquilo uma palhaçada mas assim que escuta o seu nome como receptor do presente dela, parece uma criança invejosa que ficou radiante! Só que a prima recusa-se a dar-lhe o presente uma vez que ele acabara de criticar a iniciativa. Ele fica de "trombas" como um rapazito contrariado. Mas assim que a prima se distrai e coloca o embrulhozinho no chão, ele que estava a rondar surge de rapina e surrupia o embrulho, fugindo com deleite. Achei a cena por demais maravilhosa!

Claro que, infelizmente, foi um momento para merchadising*: todos estavam a oferecer uns aos outros perfumes de uma determinada marca, bem visível na caixinha. E tiveram de dizer umas tantas linhas a elogiar o perfume. Tony Ramos, na personagem, teve de dizer que adorava aquele perfume. Pena foi que uns episódios mais à frente as coisas se contradigam quando, no seu quarto, o sobrinho para não ser apanhado em flagrante com Vânia, explica que não se sente nenhum cheiro de perfume ali porque o tio é extremamente alérgico a perfumes. Isso e Charlot, episódios antes, ter tentado seduzir Octávio espalhando perfumadas fragrâncias no quarto. E também pelo facto de, em mais uma cena de merchadising, a mesma Charlot mandar Olívia, a empregada, espalhar por todos os cantos da casa (menos o quarto do irritante primo Octávio) vários dispersores de aroma, para delícia olfactiva de todos os convidados da festa de natal. Mas são discrepâncias que se desculpam...

Fico contente com uma notícia que saiu repetidamente na imprensa portuguesa, dando conta que dois actores portugueses vão ao Brasil participar no filme "Os últimos dias de Getúlio" onde também participa Tony Ramos, na personagem do ex-presidente brasileiro. E porquê fiquei contente? Porque é muito talento em três pessoas só! Os actores portugueses apontados são mesmos excelentes. Nestas coisas artísticas nunca se sabe, projectos estão sempre a sofrer alterações e é esperar para ver. Contudo, é, sem dúvida, uma oportunidade única, especial, pela quantidade absurda de talento artístico e pelo tema do filme.


Ainda não viu Tony Ramos neste papel cómico? Corra para ver! É uma delícia. Tem também muita parte física nesta comédia. Ele sobe e desce escadas, dança, corre... Concluí que o actor além de dar show na personagem, também está à altura na liberdade dos movimentos. E ainda nem chegou à parte portuguesa (Octávio, às tantas na trama, tem um primo português igual a si), em que o actor terá de se dividir em duas personagens. Quando chegar, imagino que não irá desapontar. Teremos assim "DOIS EM UM" de Tony Ramos em comédia, ehehe.



*merchadising: momento de venda dissimulada de um produto numa obra de ficção, fazendo com que as personagens o publicitem e o elogiem, mostrando suas embalagens e nome de forma bem visível.

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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Windeck - novela angolana na RTP1

Windeck é, desde há três semanas, a nova novela angolana com alguns actores de Portugal a ser exibida na RTP1. Praticamente a sua estreia não foi divulgada, o que não é novidade no canal estatal. Veio ocupar o horário de Éramos Seis, logo após o telejornal da uma e relegando esta segunda para uma exibição posterior e de duração cortada para metade.

Windeck, pelo que vi, tem um bom texto. O texto é bom, o que fazem com ele nem por isso. A história não tem nada de especial. Homem, mulher, disputa... Nada de novo. Tenta dar um ar "moderno", avançado mas se funciona ou não só lá em Angola poderão dizer. Entre uns bons e outros mais ou menos, o produto surge, aos meus experientes olhos noveleiros, como algo que se vê sem prestar atenção à história. Vê-se para rir. Porque às tantas, aquilo dá mesmo piada. Seja pela forma como os atores apresentam o texto com menos credibilidade ou com excesso dela. Há momentos comecei a gargalhar, e não foi por maldade, mas numa cena em que uma mulher tem de ser enciumada, a interpretação não é credível e é exagerada, com o cabelo da peruca a balouçar e as mãos de unhas pintadas de cores garridas a serem lançadas constantemente à cabeça. Acho que ri a bom rir por um minuto e meio! Só à conta desta cena.


Em termos de imagem, tenta inovar, apostando como sempre, em cenários luxuosos, pessoas com dinheiro e sucesso e nas "gajas boas", nas figuras femininas de cintura exageradamente fina - no caso desta novela, altas, como se saídas de uma passarele. Os gajos já não: podem ser o que quiserem: gordos, baixos, carecas ou mais geitosinhos. Elas forçadamente têm de sofrer uma transformação "americana", com vestidos que se querem modernos (nem sempre conseguem e alguns parecem que sairam da década de 80 diretamente da série O principe de Bel Air), cabelos frisados esticados ou em cachos, maquilhagem qb, luxo à sua volta como requer um bom folhetim e tudo o que a sociedade ocidental "estipulou" como desejável para todas as mulheres. (Uma nova forma de mulher-objecto). Imagino se, lá em Angola, que não conheço sem ser por ouvir falar e da boca de conterrâneos, uma sociedade que ainda tem raízes muito profundas em estilos de vidas mais simples e em que um homem pode ter não-sei-quantas mulheres além de outros hábitos culturais relacionados com práticas do oculto, imagino eu um desses homens a ver esta novela. Será que segue a história ou simplesmente está ali para ver as mulheres bonitas?

Seja como for, Windeck tenta dar esse passo e romper na medida do que pode, com o passado, rumo à inovação. A fórmula não me parece nada nova, mas o esforço está lá. Preferia - mas isso sou eu, uma história bem Angolana, real, verdadeira. Uma que mostrasse bem aquele "chão", a sociedade e os novos desafios, que revelasse tudo o que por lá passa e se deixasse de agarrar tanto ao glamour e histórias de fantasia. Algo romântico sim, porque novelas é isso mesmo, mas também cru, real, verdadeiro. Uma espécie de "Pantanal" da verdade Angolana.

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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Dancin Days Portugal - as discrepâncias

Deixei de ver a novela Dancin Days faz muito tempo. Não me sobrou paciência para assistir ao esticar das histórias de vai-e-vem de casais...  Ainda tem o agravante da personagem principal não estar bem conseguida e sendo assim, fica difícil de ver durante mais tempo após o ponto de saturação. Abandonei o visionamento gradualmente, assistindo a um episódio "quando dava" mas ainda antes do 100º episódio. Ora, se já estava cansada de toda aquela enrolação antes do 100º e decididamente já no 120º, reparei que hoje foi para o ar o 226º episódio. Haja paciência!! Para nada mudar e estar a ver as mesmas histórias serem apresentadas continuamente e alternadamente. E não há meio daquilo terminar. Pelos vistos está tudo muito igual à altura em que abandonei a trama. Mesmo! Para quê, pergunto eu, tanta enrolação e tanta história repetida? E depois dois graves erros saltam à vista e torna ainda todas as fragilidades da trama ainda mais frágeis. Foi PENOSO assistir as personagens durante todo o RIGOROSO inverno, de vestidinhos de mangas curtas e cheias de calor, a falar de idas à praia em pleno Dezembro... com um vendaval de deitar abaixo árvores e destruir infraestruturas, as personagens "iam para a praia".... Isto não é o Brasil, lá é que é verão no Natal. Para uma história que se apresentou como portuguesa, esta falha é brutal e prolongou-se ao longo de toda a trama. A discrepância das estações continua e agora, que, acreditem ou não, chegou por cá a Primavera e os primeiros raios de sol começam timidamente e sem grande força a começar a substituir o frio, é que as personagens surgem de polos de mangas compridas, casacos com camisas abotoadas até ao pescoço e gravatas. Ou seja: agora que vem o tempo de "praia", vamos ver as personagens a prepararem-se para o Inverno. Quando chegar a Agosto, o pico do Verão, e esta novela ainda estiver a alongar-se como uma lesma na programação da SIC, então é que será Natal em Dacin Days! E provavelmente, para comemorarem alguma felicidade, as personagens ainda vão todas para um passeio na neve na Serra da Estrela.

Mas deixei para o fim a PIOR discrepância de todas. Aquela Carolina é criança que não cresce!!! Nunca mais gatinha, nunca mais caminha, não cresce. Ou melhor, tem um crescimento muito, muito lento. Calculo que o seu "nascimento" deu-se por volta de Julho do ano passado, no entanto a criança ainda nem palra, ou gatinha...  E mesmo os outros personagens parecendo ter uma passagem de tempo bem mais extendida, a pequena Carolina continua pequena, continua a andar no colo e no ovinho...  Uns casam, divorciam, voltam a casar, matam, são chantageados, voltam a matar, voltam a juntar, voltam a separar, casam, descasam, morrem, vão presos e saem da prisão e NADA da criança crescer.

Pode ter sido uma novela interessante no início mas acabou por se desgraçar. A protagonista não segura a trama e esta não tinha de ser esticada da forma que tem sido, só para dar algum share à SIC. Programas como a Casa dos Segredos 3, especial, A tua cara não me é estranha 3, 4, e até um Big Brother chegaram e se foram na concorrência. E NADA da SIC largar o osso...

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Chorar como uma Maria Madalena

Vocês leitores não sabem mas eu pertenço àquela categoria a que os outros chamam de "Maria Madalena". Porquê? Porque verto água com facilidade quando vejo televisão. Sempre fui assim desde pequena, sendo alvo de alguma gozação e piadinha por ter esta sensibilidade que leva às lágrimas. Mas também, assim como  sei chorar, também sei rir, e é me ouvir a dar risadas quando outros não encontram a piada (ou não a alcançam) naquilo que estão a ver.

O que também não sabem é que nas últimas semanas, tenho chorado durante todo um episódio da novela Éramos Seis. O episódio inteiro... se alguém me vir logo depois percebe que estive a lacrimejar, mas não sabem que fico assim por assistir TV. Um dia dei por mim a perceber que não existiu um dia de minha vida em que a lágrima não estivesse presente, eheh. É como se fosse uma alergia de Primavera: é inevitável. O que às vezes não se consegue é controlar estas emoções em público, como nas poucas vezes a que assisti a algum espetáculo ou TV na presença de estranhos. Acho até que nem deveria me conter, acho que faz mal mas a verdade é que para não revelar essa sensibilidade que é algo tão pessoal, as lágrimas são rapidamente limpas com a manga da camisa, ou começo a olhar para o alto a ver se a coisa funciona... É curioso.

Enfim. Mas tudo isto para revelar a capacidade extraordinária que os produtos de ficção têm de mexer com as emoções e o quanto nesta novela em particular - Éramos 6 - isso tem acontecido. "Fartei-me" de chorar nos últimos episódios! E nem é porque aquilo é para chorar. É porque é muito emotivo. É humano. São sentimentos, fragilidades, receios...


Éramos 6 é uma novela da SBT datada de 1994, com uma trama familiar, numa adaptação da obra literária que Maria José Dupré brilhantemente escreveu em 1943, já adaptada anteriormente para TV três vezes. (1977, 1967 e 1958) e certamente continuará a ter essa distinção por largos anos. Quando a vi pela primeira vez, lembro de a achar ligeiramente parada. Mas não é. Eu é que era jovem e apreciava melhor acções dinâmicas. Uma novela destas é como o vinho do porto: com a idade fica melhor. 

De todas actualmente em exibição, esta é a que me agrada mais. Outras vejo também com interesse mas me proporcionam mais descontracção e menos emoção. Éramos 6 faz reflectir. Qualquer um se identifica com as questões ali abordadas. Eu vejo-a e penso no que seria viver naqueles anos 30, em São Paulo ou no Rio de Janeiro... ou aqui. Aqui tenho as minhas noções, as coisas mudaram mas não tanto assim. Aquele "Júlio" foi meu avô, bisavô, tetravô... Existiram muitas "Lolas" mas talvez não tantas quanto seria desejável e também algumas Clotildes, mais do que desejável, algumas Olgas, Emílias, Alfredos, Carlos e Julinhos... Enfim. Todas as personagens são reais. Deliciosas.

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terça-feira, 23 de abril de 2013

As personagens com as quais sonhamos ser nas novelas

Acho que é normal, no sub-consciente (ou nem tanto), quando as pessoas assistem a uma novela, terem personagens preferidas ora porque os actores são lindos, ou porque a personagem é maravilhosa, ou porque se identificam ou gostavam e ser como aquela «pessoa».

Se é verdade que nunca ninguém se revê no bandido, todos se gostam de rever nas «mocinhas» e mocinhos, nas heroínas romanticas e sofridas. Enquanto na adolescência, os jovens casais das novelas captam a atenção e fantasia dos jovens que os assistem, assim como provavelmente os casais mais maduros captam a atenção dos casais mais maduros. Cada qual fantasia um pouco. "Acho que eu sou um pouco assim" - pensam para si mesmos.

Ora, já alguém parou para pensar QUEM realmente seria numa personagem de novela? Vou buscar como exemplo Avenida Brasil. Todos gostariam de ser o Tufão, grande jogador de bola, ricaço a viver às custas do dinheiro amealhado, mas aposto que ninguém se revê nele por ser um grande chifrudo. Logo, não escolheriam essa personagem para se identificarem com ela. Talvez escolheriam Jorginho, mas mais uma vez, por ser jogador de futebol e um rapaz que pega todas e que se dá com todos. Mas o lado da maluqueira dele aposto que dispensavam. 

Na vida real, digo eu, se calhar é esse lado «relegado» e pouco atraente das personagens ficcionais aquele que se aproxima mais da pessoa comum. O homem que leva o chifre da mulher ( e que também dá), o rapaz doidinho da cabeça que tem todas as miúdas atrás dele achando que aquele tipo «problemático» é deveras atraente mas depois se cansam...

É surpreendente perceber quem «somos» nas novelas que assistimos. Por vezes não somos quem gostariamos ser. Não somos os personagens principais e sim, coadjuvantes. Não somos os mais jovens, somos mais velhos, ou não somos tão velhos, somos crianças. Gostava de colocar o DESAFIO de me dizerem que personagens acham que são e em que novelas. E pensem nas que preferiam ser. Experimentem e depois, contem tudo!

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