Novidade

Este blogue mudou-se. Está agora no facebook. Um dia voltará a viver no blogger, numa casa nova e moderna. Até lá, boas novelas!
Para TODOS os fãs de telenovelas Brasileiras e Portuguesas espalhados pelo mundo.
Portuguese blog about Brasilian/Portuguese tv soaps for fans all over the world.

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sábado, 29 de setembro de 2012

Avenida Brasil - primeiras impressões

Estou a gostar dos primeiros episódios da novela "Avenida Brasil". Mas sempre se encontram coisinhas a apontar. Uma delas é o quanto é pouco credível que não existam vizinhos e conhecidos numa rua familiar, onde a família de Genésio morou a vida toda. Conveniente é para a trama, pois assim não existem testemunhas ou intrometidos que possam desmascarar as mentiras da vilã. A menina Rita grita por socorro ao ser arrastada para o carro que a vai levar para a lixeira e não tem um único vizinho para a socorrer. Porque eles não existem! Nem um velhote, outra criança, um intrometido... nada.

Outra coisa que ficou um pouquinho mal foi ver Tufão (Murilo  Benício) como grande jogador de futebol a golear ostentando uma barriguinha de respeito. Julgo que a "blubber" até ondulou em câmera lenta. Existem cintas bem apertadinhas que o impedem, as mulheres sabem bem isso. É o mínimo que podiam ter feito... Percebe-se que a idade dos protagonistas nesta fase ultrapassa largamente a que era suposto terem (Tufão deve andar na casa dos vinte, não dos 40, «Max» também...) mas como a trama vai avançar até a criança virar maior de idade, compreendo que usem já os actores que vão ficar com as personagens nessa fase mais adulta. Mas aposto que os pais de Tufão não vão envelhecer 20 anos!

E para falar nas interpretações e nas histórias, dá para perceber que a mãe de Tufão vai engolir cada palavrinha maldosa que disse sobre MonaLisa, a namorada do filho. Esta é trabalhadora, decente, ajudou tufão a livrar-se de vícios como o álcool, tornou-o uma pessoa capaz outra vez. Mas de acordo com a mãe, MonaLisa é uma interesseira, que só quer saber do dinheiro do filho, uma cangaceira que não serve para ele. Já estou mesmo a ver que a ideia de ter «a outra» como nora lhe vai agradar imenso mas é tão arriscado como correr risco de vida!

Outras personagens interessantes pertencem ao núcleo cómico, como Cadinho, o homem casado com duas mulheres e duas famílias. Aquilo é tão extenuante que para relaxar ele tem umas amantes de lado. Vai que numa dessas noites de procura, encontra uma rapariga que após um interrogatório sobre os seus "contributos" genéticos aceita ter sexo com ele por querer engravidar. Ainda não sei se ela é uma mulher profissional de sucesso que apenas não quer esperar mais tempo para passar pela maternidade ou se é lésbica e assim resolve a situação. Não creio que seja esta segunda hipótese, mas ia gostar muito que assim fosse.

Adriana Esteves como Carminha está a dar um show gostoso de ver, variando com mestria entre a víbora que interpreta e a Santa pela qual se quer fazer passar. Algo que já nos habituou mas que ainda assim, dá sempre gosto ver. Agora é esperar pelo "pulo" da trama e ver que distracções esta vai trazer. 

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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Dancin Days diverte mas não convence

Sinto-me defraudada com a trama principal de "Dancin Days".

A relação daquelas irmãs não está a ser bem apresentada.
Não vi a novela original, mas gostava que esta viesse a passar na SIC já a seguir a esta. Mesmo não vendo o original, sinto que nesta adaptação a relação das duas irmãs ficou muito, mas muito longe do desejado.


Na actual trama existem referências que entram em conflito com o que já vimos ou estamos a ver. O famoso amor unido das irmãs, a paixão avassaladora e libertadora das duas pela dança, elementos essenciais para unir a trama e colmatar no batismo da discoteca "Dancin Days"  -  tudo isto, deitado no lixo porque não dá para acreditar no que não se viu: a cumplicidade destas irmãs. Logo, não dá para LAMENTAR a deterioração nem torcer pelo entendimento entre as duas. Nesta versão uma coisa tão simplesmente complexa como esta ficou reduzida ao paradigma "vilã" versus "heroína". E não devia ser só assim. Primeiro, "Raquel" não é tão vilã assim. O seu lado, com egoísmo é verdade, devia ter ficado melhor explicado para que a reconciliação não fosse de todo impossível. Júlia, que entendo bem devido ao gesto que teve, também não está muito bem conseguida.

Fica esta sensação de insatisfação, que julgo só poder saciar se conseguir ver aquilo que quero ver. E que deve estar na original Dancin Days.

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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Ùltimos capítulos de Insensato Coração


A  voz-off da SIC aproveita o genérico final do segundo capítulo de "Avenida Brasil" para anúnciar que «já a seguir» não se podem perder os «últimos capítulos» de Insensato Coração.

Mas que raio??
Quantas NOVELAS BRASILEIRAS passa a SIC em horário nobre?
Juro que nunca dei por esta...

Então temos:
21:25 -  Dancin'Days - que apesar de portuguesa é também brasileira e adaptada de uma trama brasileira.
22:15 -  Gabriela
23:00 - Avenida Brasil
23:55 - Insensato Coração

E "Fina Estampa" antes do jornal da Noite (20h00).

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Sem paciência para a cara enjoada da Margarida

Não há PACIÊNCIA para as constantes caretas de Margarida! Mas a miúda só sabe é lamentar-se!! Que heroina da treta. Concordam?

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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Tenho cá para mim... (duelo de audiências)

... que é desta que a SIC leva o horário nobre.

"Casa dos Segredos 3" a fazer concorrência às novelas Dancin'Days e Gabriela é um erro, não tem força suficiente.  E a  novela "Louco Amor" a ir para o ar depois do reality show, começando na TVI quando na SIC Gabriela já está no ar, é uma estratégia que vai falhar porque o público da novela cansa-se de esperar e distraí-se pela SIC, por onde pode acabar por se deixar ficar. 

"Casa dos Segredos 3" (CS3) é maçudo e repetitivo. O cenário é sempre o mesmo, as histórias também não são muito diferentes. Enjoa. Os sons estridentes, as apresentações «histéricas» a fórmula satura. Não é com isso que vão combater a curiosidade e o prazer em ir ver uma boa história que está a dar no outro canal. E é já neste Domingo que o programa vai ter de «concorrer» com um outro reality show da SIC. Se inicialmente achei que só o humor teria força para combater um programa com os parâmetros da CS3 e nenhum de dança, perda de peso ou qualquer patetice de jogos-sem-fronteiras podia fazer-lhe sombra, achei o formato aborrecido e fragilizado ao ponto de isso acontecer. A ver vamos.


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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Os três finais de REMÉDIO SANTO


A TVI colocou online os três finais gravados para a novela "Remédio Santo".
A meu ver desde o início a preferência do autor recaia para que as três irmãs Marias fossem as assassinas. Agora que vi este final, fiquei mais convicta que esta era a intenção original.



Nas versões alternativas para o final, esta das três Marias é a única que explica bem e com total coerência a sequência narrativa de todas as histórias e mortes. As cartas deixadas pela «morte», coisa que não convenceu no final de "Evangelina", batem muito certo com este final. O facto do "filho do Diabo" aceitar tão bem viver na casa das três irmãs e ter-lhes dito que "sabia dos seus segredos", por exemplo. O termos visto Maria Polícia invadir a casa dos Monforte e remexer nuns papéis (afinal foi para falsificar a letra para o bilhete suicida da mãe Monforte) e, claro, só sendo três é que explicaria tão bem a forma como o assassino movia-se rapidamente e sem falhar o seu plano. Explicaria melhor as sabotagens recorrendo a explosivos. Evangelina não entendia nada disso nem de máquinas ou mecânica. Mas MARIA POLÍCIA, com um passado como TERRORISTA que veio a lume aquando se descobriu a sua amizade com Zé Larau, um dos maridos de Hortense, certamente não teria tido nenhuma dificuldade em sabotar o carro da primeira vítima ou armadilhar com explosivos a mota do latinhas, usando um controlo remoto para os detonar. Agora a Evangelina?? Pleeeeease! É preciso ter algum bom e específico conhecimento de explosivos e mecânica -  coisa que EVANGELINA não tinha. 

Também este é o final que faz mais sentido para a morte de Amélia que roubara o livrinho de apontamentos de Maria Polícia e de Clarinha. Com mais credibilidade conseguimos acreditar que Clarinha entraria no quarto das tias e se pusesse a mexer em tudo, pois vimo-la a fazer exactamente isso outras vezes. Imaginá-la a bisbilhotar o quarto das tias é natural, mas o de Evagelina nem por isso. Além de que Evangelina conseguiu guardar debaixo da cama as roupas de stripper, sem alguma vez ser descoberta. Julgo que para um assunto mais sério como o ser assassina esta teria então ainda mais cuidado para ocultar a sua identidade.

Ainda não vi o final em que Sara é a assassina que intuo que também fará mais sentido mas desde já acho que este das três Marias é o mais coerente de todos. Além de que explica comportamentos que as mesmas tiveram na trama que ficam, de outra forma, sem explicação. A seguir decerto seria o de Sara. O de Evagelina seria o último que alguma vez ia escolher. Ela merecia viver finalmente a sua história de amor em paz, criar a sua filha e viver no seu casarão. Ainda por cima ela vira escritora de livros de auto-ajuda e sobrevivência à crise no final em que não é uma assassina. Uma pena mesmo...

PS: Veja aqui os finais:
As TRÊS MARIAS são as assassinas.
Sara é a assassina.
Evangelina é a assassina.

DIVIRTAM-SE!


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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O Astro despede-se


A novela "O Astro" vai terminar esta sexta-feira e foi a novela (?) mais rápida de sempre.

Estreou dia 2 de Julho e em pleno Setembro 21 chega ao fim. Para quem acabou de sair da ressaca de uma novela com a duração de um ano e meio (Remédio Santo) isto parece inacreditável!

Infelizmente a novela é curta, mas nem por isso dispensou momentos de "barriga" ou muitas cenas do tipo "já vi isto antes e demasiadas vezes". Numa história narrada num registo que já ganhou a designação "à lá Globo", inovação não existiu muita. Uma novela com bangue-bangue, romance, magia e intriga. Mas muito fraquita.

Os Remakes têm destas coisas: são histórias velhas. Inovadoras no seu tempo mas repetidas e copiadas até a exaustão desde então. Apresentadas na mesma fórmula (direcção, edição, representação, ritmo) vira receita de bolo chinfrim.

Adeus "O Astro"!

Mesmo sobre estes reparos pareceu ser uma novela agradável de se ver, com uma prestação digna de um
troféu por parte de Regina Duarte. O tomate podre terá de ir para Carolina Ferraz :)
.

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domingo, 16 de setembro de 2012

Remédio Santo - o desfecho

Estou confusa com o que estou a ver no ar.
Antes do intervalo, durante a noite soou um tiro na casa de Armando que estava frente a frente com o assassino, ambos armados.

Depois do intervalo já é de dia e o desfecho de muitas personagens é revelado: as três Marias ganham um novo aldrabão para partilharem, Renato é político corrupto mas... e quem vitimou o tiro nocturno? O que foi feito a ângelo,  caído no chão com um ferimento de tiro após se meter à frente da bala que era suposto atingir a Aurora, atada a uma cadeira por Helena, junto com Gonçalo?

Já percebi que "Evangelina" foi escolhida para ser a assassina.
As cenas da noite "eclipsada" estão agora no ar e Envangelina, a assassina ferida, começa de imediato a desbobinar as razões. Assim, sem mais nem menos! E depois morre, presumo eu. Veremos se será esse o desfecho ou se ela vai presa.

E pronto. A novela vai acabar. Quer se goste ou não do desfecho, foi uma boa novela, em especial nos momentos de comédia. As três Marias, de início pouco engraçadas, desenvolveram e ficaram engraçadíssimas, o seu sobrinho Edgar Baldé então nem se fala e enfim... rir foi o melhor Remédio.

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Último capítulo novela Remédio Santo

Estou a aproveitar o intervalo do último episódio da duradoura novela "Remédio Santo" para deixar algumas impressões. 

É engraçado que foi preciso esperar até o penúltimo episódio para se ver, finalmente, a polícia prender um grande vilão. E como não há uma sem duas, no episódio de ontem Maria Polícia não só põe atrás das grades a grande vilã, como de seguida e do nada, surge na casa de Ema a tempo de impedir o padrasto de a matar, mais à irmã. Maria Polícia foi incompetente a novela toda, mas ontem conseguiu finalmente mostrar trabalho. Foi totalmente inesperado.

Só nos últimos capítulos é que muitas histórias ganham explicação e isso é deveras aborrecido, criando desfechos apressados que acabam a ter o gostinho da incredibilidade. Já cansou faz muito ver "Gonçalo e Aurora" sempre nas garras da vilã "Helena", sem que, entre tiros, raptos, atropelamentos, afogamentos, bruxedos e enforcamentos de que são alvo, algum mal realmente lhes aconteça. E também já deviam ter ficado fartos do papel de vítima ao ponto de reagir de forma definitiva contra a influência da vilã. 

Dentro de 15 minutos a novela deve voltar ao ar para revelar, finalmente a identidade do assassino. Não será engraçado verificar que, depois do disparo que ecoou pela casa, quem atirou primeiro não foi a assassina, porque esta tem sido exímia durante toda a novela, nunca deixou rasto e sempre foi rápida no gatilho, ganhando até a quem lhe apontava uma arma primeiro. Será decepcionante uma captura tão pouco credível. 

Mas a resposta a isto virá dentro de uns 15 minutos, é esperar.
Curiosidade: a novela sai do ar apenas na véspera da estreia do reality show Casa dos Segredos3. 

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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Representar com convicção e sem tiques

Não quero passar algum juízo de valor mas tenho de fazer uma crítica que julgo construtiva no que respeita às interpretações dos actores que fazem par romântico na novela "Louco Amor" (tvi) nas personagens de Margarida e Duarte.

Começando por ela: a sinopse revela uma rapariga muito activa, diria eu hiperactiva, que fala muito depressa, tem sempre a cabeça a mil e não pára para descansar. Contudo, a «encarnação» dessa personagem parece oposta ao que seria o comportamento de tal pessoa. "Margarida" surge apagada, vagarosa, suspirante e sempre cheia de lamentos. Parece acometida da doença da Dama das Camélias, a tuberculose e o romantismo trágico.  


Como devia a personagem surgir no ecrã: dinâmica, sempre em movimento. Quando nas lides domésticas mostrar mais genica, ao invés de ficar ali parada. O máximo que a vi fazer foi afagar umas almofadas. Outras personagens foram bem mais convincentes. Por vezes ela está ali de braços cruzados. Na rua, "Margarida" caminha vagarosamente. Para quem anda sempre a correr de um lado para o outro, principalmente para a paragem do autocarro, garanto que aquilo não é a passada de uma pessoa sempre com pressa. Quase todas as falas da personagem são entregues em suspiros. Margarida suspira antes de começar a falar, ela faz respirações profundas antes de entregar a fala e acabei de ver uma cena em que a actriz antecipou cada fala com o som "tsch", o que tira credibilidade e é enervante. 


E já sei até a exaustão que a personagem está "cansada", a palavra é dita quase em todas as falas faz vários episódios, entre suspiros e lamentos. Quem escreve as falas da personagem devia parar de repetir isto, pois só reforça tudo o que venho vindo a apontar. Por fim, o vestuário que ostenta devia ser outro. Vir da «aldeia» não significa um vestuário simplório e até enerva ver que está sempre de casaco vestido, ainda mais com o verão já a acabar.

Duarte não é muito diferente. Devia ser mais desenvolto. Também este actor antecipa ou termina muito do que diz com longos suspiros. Uma vez até me enervou, pareceu-me ficar uma eternidade à espera que após mais um suspiro entregasse a fala, que até já adivinhava qual seria. Por vezes não se entende bem o que é dito, por uma certa tendência para falar para «dentro».

Não quero dizer que sejam maus actores, mas não dominam estas personagens. O que pode ser visto como algo positivo (existe espaço para evolução). O curioso é que nem sempre um actor que faz bem umas emoções, consegue ser convincente noutras. E depois há aqueles que conseguem surpreender sempre em qualquer registo. Nesta novela tenho de destacar Sara Prata. Delicio-me com excelentes interpretações! 

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Remédio Santo chega ao fim com escolha de final para o público

A levar em conta a informação no canto superior direito do ecrã da TVI, a telenovela "Remédio Santo"  termina hoje ou amanhã, se o canal considerar que a semana termina ao Sábado.


Uma novidade é introduzida nesta longa trama: o final fica ao encargo do espectador. Não sei até que ponto é que esta inovação será um marco na produção portuguesa de novelas, uma vez que a longevidade e o horário para o qual a novela foi empurrado tornou-a uma espécie de "assombração" na programação. 

Quem ainda assiste a esta novela? Decerto poucas pessoas, os seguidores mais resistentes. 



A novidade introduzida é que calha ao público escolher a identidade do assassino que, ao longo de praticamente um ano e meio, tem somado vítimas. Para o fazer basta votar, através de TELEFONE, em três possíveis candidatos: as irmãs maria, Evangelina e Sara

Com isto verifiquei o pouco entusiasmante que é já saber quais são as possibilidades. Mais nenhum outro pode ser o assassino. A coisa está entre estes três. E pode ser erro mas julgo que a escolha vai recair sobre Sara, caso seja de facto por votos que a decisão é tomada. Sendo o público a escolher, esta é a única personagem que não pertence ao núcleo cómico e as pessoas gostam de quem as faz rir. Sara é dramática, teve comportamentos recrimináveis entre outros tantos admiráveis.

Julgo que o "promo" foi pela primeira vez para o ar apenas na quarta-feira, a três ou quatro dias da emissão do final. Durante a novela surge em rodapé pop-up as três possibilidades, cada qual acompanhada de um número de telefone para o qual se pode ligar. Existe também o sorteio de 10000€, chamarizes que já vêm a ser habituais, mas o que me intrigou foi o dizer "prémio garantido". Será para todas as participações?

Adiante... 
Esperemos que, independentemente sobre quem recai a escolha, esta consiga ser bem justificada. Não há muito que adivinhar: trata-se de uma vingança perpetuada por quem se viu sem nada ou sem um membro familiar, que foi assassinado. Provavelmente esta será o «porquê» que sempre se quer entender. No caso das três irmãs Muleta Negra, nunca existiu uma explicação para a morte da quarta irmã, o que deixa o autor livre para criar um link que justifique a morte de Clarinha e todos os assassinatos. No caso de Evangelina, sozinha no mundo, também não e difícil de compreender que fosse uma assassina, embora sendo ela tão amiga e próxima de alguns membros da família assassinada, isso se tornasse pouco prático. Ainda mais estando grávida do filho de um Monforte. "Sara" supostamente era conhecida na Aldeia do Mundão desde pequena, onde se terá apaixonado por dois rapazes. Conheciam-lhe a família pobre, agora arranjaram-lhe uma irmã... caso seja a assassina aguardo que expliquem bem as suas origens.

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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Teresa Sousa Prado uma assassina?

A primeira página de uma revista dá a conhecer novos desenvolvimentos na novela "Dancin'Days".
Um deles é a morte de Francisco (Júlio César), assassinato pela esposa (Teresa Sousa Prado), que sabendo da sua infidelidade empurra-o de uma montanha nos Alpes.

Quando li isto não gostei. Não acho que o acto tenha a ver com a personagem. "Teresa" é uma das minhas personagens favoritas e transformá-la numa assassina parece exagero. A personagem é rica em muitas outras vertentes. Fazia mais sentido ser "Francisco" a matar "Teresa", já que dela está cansado e não suporta a sua presença por muito tempo. O mesmo artigo revela que esse foi o desfecho original de Dancin Days e ao ler isto fez mais sentido na história. A morte de "Teresa" iria também fazer os filhos reflectir sobre a sua relação com a mãe e as suspeitas que pudessem recair sobre o pai iriam alertá-los para o carácter do pai.


"Teresa" é uma  mulher que recebeu uma educação de família de posses, ela tem valores familiares. Está certo que existem socialites que já foram capazes de «eliminar» os companheiros sem pestanejar, mas neste caso creio que o amor aos filhos e os valores jamais transformaria Teresa numa assassina calculista e fria. Num momento passional ainda poderia ser mas parece-me exagero o planeamento. Até porque "Francisco" jamais partiria de férias com a mulher, tal como jamais o fez durante todos estes anos, a menos que isso lhe trouxesse a vantagem de usar a viagem como pretexto para ocorrer um "acidente" que vitimasse a esposa.


Mas vejamos o que os autores vão fazer para tornar esta história cada vez mais emocionante.

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Personagens trocadas em LOUCO AMOR



O episódio da novela Louco Amor de ontem (TVI) mostrou a morte de "Leonor" (Susana Borges) que morre assassinada em consequência da encenação de um roubo com vista a assassinar a tiro ora a própria Leonor ou Carlos (a mando de Rafael) ora Margarida (a mando de Patrícia).


E assim, numa suposta bala perdida que foi claramente intencional, desaparece uma personagem encantadora para ser substituída por outra. O final do telejornal da TVI anunciou hoje num trocadilho «ranhoso» que Luciana Abreu é a nova "cara que não é estranha" na novela Louco Amor. Ela aparece para... aparecer. E para atrapalhar ainda mais aquele romance sem sal e mal interpretado e escalado de "Margarida e Duarte". Mas por quanto tempo temos de ver aqueles dois a fingir que existem motivos fortes o suficientes para estarem separados até o último episódio?

Com a morte de Leonor, "Carlos" ficou de rastos. Foi o que todas as personagens comentaram, e mais que uma vez, para ver se acreditávamos. Embora "Carlos" não tivesse gritado, barafustado ou chorado mesmo no quente da situação, ainda assim todas as personagens reforçaram esta ideia. Não fosse Gi soluçar um pouco, nenhuma das personagens mais próximas da "defunta" mostrou esse tipo de consternação.

E Gi, coitada, dou-lhe razão nos seus argumentos, mas está no guião que a personagem tem de alienar aqueles que lhe são próximos e, ao que parece, nenhum deles estará na disposição de a tentar compreender e auxiliar sem a condenarem ao primeiro erro. 

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terça-feira, 11 de setembro de 2012

A voz off no final das novelas - chamariz


A  novela da TVI terminou o episódio de hoje e surge a voz-off:

«Boa noite, juntos criamos a sua televisão, em português, com ficção nacional.»  - não precisei de ouvir mais nada para me lembrar que a novela Gabriela estava a dar na concorrência, estreando hoje.


Pouca coisa é por acaso e decerto que não foi por acaso que não foi para o ar aquele período enorme de anúncios publicitários entre novelas da TVI. A voz-off lá continuou a narrar a sua chamada de atenção:  «Já a seguir, Esperança vai regressar ao passado em Doce tentação» -   e foi mesmo logo a seguir. Não satisfeito, ao invés da voz terminar a sua despedida com a habitual e repulsiva frase: "Deixe-se ficar, vai ver que vai gostar", que me nauseabunda os sentidos ao ponto de mudar de canal imediatamente para me poupar à pronúncia destas melosas palavras, a voz ainda consegue mencionar que Remédio Santo se segue com os últimos episódios e reforça uma vez mais: «já a seguir, com Doce Tentação. Boa noite. Até já». E soam os primeiros acordes da música do genérico da terrível novela que é Doce Tentação.


São pequenos detalhes que vão passando para o espectador um pouco dos «bastidores» das audiências, do funcionamento da televisão. 
Até o próprio desfecho de "Remédio Santo" pode ter sido esticado (porque foi) propositadamente para coincidir com esta semana em que estreia na concorrência o remake de Gabriela, uma novela que possui um título especial, e sempre o ostentará. "Gabriela" é a razão pela qual a voz-off da TVI mencionou hoje que numa televisão feita «em português», convém distinguir que a TVI dedica-se à «ficção nacional». 

 Nota complementar 
Consultei as páginas das principais novelas da TVI e da SIC no facebook e não existem dúvidas: até online Dacing'Days tem a preferência. E não é de surpreender. É uma página mais dinâmica, que coloca perguntas aos leitores, interactividade com os actores e dinamismo. Os comentários revelam interesse, curiosidade e entusiasmo por parte dos leitores.

A página online da novela da TVI parece feita por alguém que não quer saber daquilo. Distante e fria, não apela ao espectador. Não descreve a trama, limita-se a publicar títulos com pouco mais de três ou quatro palavras. Por vezes o destaque nem menciona o nome da personagem. Nem sempre dão destaque ao principal da trama, os posts são pequenas imagens com hiperligações para o episódio no site oficial e nem sempre estão actualizados. Nenhum dá um "cheirinho" do que para aí vem - coisa que já se conhece pelas revistas. Os comentários são essencialmente SPAM. 
 Ao não colocar questões ao público (big, hudge mistake - como diz a mítica personagem de Julia Roberts no filme Pretty Woman erguendo os sacos de compras numa loja em Rodeo Drive da qual foi expulsa como cliente) estão a declarar um desconhecimento atroz sobre os gostos do público e as tendências das novas tecnologias. 

Os posts pouco entusiastas da página oficial da novela Louco Amor da TVI remetem para o leitor a obrigação de se informar, (só têm «título» e está em falta uma breve descrição do acontecido), deixa a dedução para o leitor (impondo-lhe o conhecimento da trama) e a explicação, para o link na still photo.

Mas estas explicações, vão de graça!



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domingo, 9 de setembro de 2012

Onde já vi isto antes? - as semelhanças entre "Por Amor" e actuais novelas

Um momento de nostalgia que me remeteu para os posts sobre a novela da Globo "Por Amor" (1997) fez-me perceber que esta novela e o actual remake de Dancin Days ou mesmo a portuguesa "Louco Amor" têm muitos temas em comum. Ora vejam:

Homossexualidade no casamento:
Rafael e Virgínia (Por Amor) - Aníbal e Áurea (Dancin Days)

A matriarca autoritária e controladora:
Branca (Por Amor) - Teresa (Dancin Days)

Imaturidade no casamento jovem:
Marcelo e Eduarda (Por Amor) - Gui e Mariana (Dancin Days)

O marido infiel com amantes interesseiras:
Arnaldo (Por Amor) - Francisco Sousa Prado (Dancin Days)

Atracção pelo companheiro da melhor amiga:
Flávia e Atílio (Por Amor) - Gi e Carlos (Louco Amor)

A paixão obsessiva:
Laura (Por Amor) - Patrícia (Louco Amor)

E para matar saudades, aqui fica uma deliciosa cena de "Por Amor" em que as consequências da obsessão doentia de Laura resultam num desfecho que podia ser trágico.  Uma excelente interpretação de Viviane Pasmanter, que  em nada fica a dever à «nossa» ciumenta "Patrícia", tão autenticamente interpretada por Sara Prata na novela portuguesa "Louco Amor" (2012 TVI).


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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Tomás (eles existem!) - Louco Amor

Em novelas reproduzem-se muitas histórias que despertam emoções ao espectador, mas aquelas que nos tocam em especial são aquelas que, de repente, percebemos que podiam ser as nossas. É por isso que enquanto adolescentes a ver novelas, nos centramos nas personagens jovens e suas paixões e problemas familiares e não tanto nos amores e dissabores das questões laborais. A menos que se passe por isso,    directa ou indirectamente, já em jovem idade, uma mensagem sobre o universo laboral está para quem ainda não passou por isso apenas entre o "bem" e o "mal", o "correcto e o errado", faltando a experiência. E é por esta razão que hoje vou destacar a personagem "Tomás", da novela Louco Amor (TVI). 

Recentes cenas que foram para o ar fizeram-me perceber que já tive um "Tomás" como colega de trabalho. É o tipo de indivíduo engatatão, que lança charme a todas as mulheres que lhe aparecem pela frente, diz abertamente que só lhe interessam as jeitosas mas até as que diz serem trambolhos espera que se rendam ao seu charme e se derretam com as suas frases pirosas e opiniões sempre críticas. Quase sempre este tipo de profissional entrega-se a uma função individualista, onde só ele possa comandar e detesta ter de responder seja a quem for. Funções simples que não exijam grande raciocínio, só técnica.  Espera sempre ser ajudado e queixa-se frequentemente, mas dificilmente se disponibiliza a ajudar, a menos que tenha algo a ganhar. Não tolera escutar ninguém dizer nada sobre o trabalho ou sequer admite a alguém esse direito e apresenta-se logo como o melhor no seu campo. E quando cisma com alguém, nada o faz parar. Podem passar anos, o seu intuito nunca desaparece. 

Nos últimos capítulos da novela "Louco Amor", Tomás está a tentar expulsar Gi da empresa e para isso pretende que todos pensem que ela é má profissional. Lá vai fazendo os seus comentários depreciativos mas o estratagema mais recente foi retirar do lugar os microfones que esta havia guardado, para depois a poder acusar de ter falhado e colocado a empresa em risco, e assim se sentir no direito de exigir que Gi não volte sequer a dar a sua opinião sobre qualquer coisa que diga respeito à sua função. "Comigo as coisas nunca dão problemas. Ontem com a Gi deram" - diz numa calma fria. Ele também já havia sabotado o quadro de electricidade causando danos de milhares de euros e depois também se recusou a ajudar a servir às mesas quando o trabalho ficou mais intenso e faltaram "mãos" para a quantidade de clientela. "Não. Eu não aceito ordens tuas." - foi logo o que o empregado disse à supervisora, num tom prepotente e arrogante. Além disso, está a fazer chantagem com uma rapariga e é capaz de formar alianças para destruir alguém.

Este "Tomás" da ficção encaixa-se perfeitamente no Tomás da realidade. Que crápula, não é mesmo? E é nisso que as novelas fazem sentido. Ás vezes diz-se que nas novelas tudo é exagerado, mas isso não é verdade. A ficção imita a realidade, até no absurdo. Além de mau profissional, anti-social, criminoso, ambicioso e mulherengo, tem também algo de psicopata, pois "Tomás" sentiu-se satisfeito ao provocar a morte de um outro rapaz. Ele não olha a meios para atingir os seus objectivos, nenhum deles honroso. 


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