Novidade

Este blogue mudou-se. Está agora no facebook. Um dia voltará a viver no blogger, numa casa nova e moderna. Até lá, boas novelas!
Para TODOS os fãs de telenovelas Brasileiras e Portuguesas espalhados pelo mundo.
Portuguese blog about Brasilian/Portuguese tv soaps for fans all over the world.

email desactivado por google devido a spam
alternativa: novelas para recordar npr arroba gmail.com

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

GUERRA DOS SEXOS/War of the Sexes

Esta foi uma novela que me marcou, a bem e a mal. Mas águas passadas, voltei a “encontrar” Guerra dos Sexos por acaso, ao encontrar numa velhinha cassete Beta umas cenas finais da novela. Foi então que as lembranças vieram à memória.

Acho que preciso realçar o quanto esta novela foi inovadora. Trouxe uma dinâmica na direcção, com as personagens a interagir com a audiência e a expressar os seus pensamentos olhando directamente para a câmera. Fizeram-se brincadeiras com a imagem gravada e recorreu-se à inserção de melodias famosas para contextualizar determinados momentos. (ex: E Tudo o Vento Levou). O humor físico e o romance cómico foram largamente explorados numa novela que se assumiu uma comédia escancarada. Mas ao rever estas imagens, o que me saltou aos olhos e o que realmente apreciei foi: Guerra dos Sexos não seguiu as regras padrão dos finais felizes.

O mocinho jovem não fica com a mocinha linda que era a Juliana de Maitê Proença. Não. O “macaco barbudo”, alcunha que Nando (Mário Gomes) recebe do seu rival Filipe (Tarcísio Meira), descobre estar apaixonado por outra mulher. Menos jovem, mais madura e experiente. No entanto, a bela Maitê não fica a chorar lágrimas amarguradas nem tão pouco surge do nada um príncipe encantado só para a mocinha deixar de sofrer por falta de amor.
Guerra dos Sexos inovou porque emancipou a heroína. Juliana junta-se a Vânia (Maria Zilda), uma mulher independente e partem num cruzeiro, onde se adivinham imensas aventuras e nenhum compromisso.

Esta mudança no habitual desfecho guardado para as heroínas de novelas está mais próxima da realidade e menos da fantasia a que nos acostumámos. E como facilmente nos deixamos levar por elas, só faz é bem que a ficção nos mostre outros desfechos. É claro que pelo meio desta lufada de ar fresco, continuam as peripécias que todos gostam de ver. A guerra de comida e as tortas arremessadas ao rosto, a troca de alfinetadas sagazes entre os sexos que tanto se atraem como se repelem. Mas o que realmente foi inovador para a época, foi deixar a mocinha bonita da novela livre de amores!
PS: Quando esta novela foi re-exibida pela Sic em 1997, alguém a gravou na íntegra e disponibilizou inumeras imagens no you tube. Encontrei também um site que permite o download da novela, do primeiro ao último capítudo!

English Version:
This was a turning epiphany tv soap to me. I found “War of the Sexes” again, trough some final scenes I’ve found in an old beta tape. Re seen those brought memories back to surface.

I need to enhance how innovated this tv soap was back in its days. It brought a new direction aesthetic, with characters looking directly to the camera, sharing their thoughts with the audience, lots of movement, romantic comedy and physical acting. It was a breath of fresh air but, its main contribution, in my view was not to follow the standard “happy end” rules.

This is the example: the young and beautiful Juliana (Maitê Proença) doesn’t stay with the also young and beautiful Nando (Mário Gomes). Instead, she, who is hopping for him to go to her, stays alone. But she doesn’t cry out of hurt not even a good looking young and rich prince arrives from no were and falls in love with her. No! Juliana and her friend Vânia (Maria Zilda) go in a cruise with a hint of adventures and no compromises. Just fun living!

Having watched this again it became clear to me that what I enjoy more about this tv soap now, is this different approach to romantic endings. A little more of truth to it, although the fantasy remains, in the physical comedy, the playing with the recording images, the use of famous sound tracks to over emphasise the meaning of a message (for example: Gone with the Wind), the face pie throwing, food fights etc.
When this soap was re-exibid in Portugal, someone tape it all. It´s now possible to find inumerous scenes on you tube. I´ve also find a site that alows the complete download of every episode, chapter by chapter!
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The complete sound track here: Faça o download complecto da banda sonora aqui:

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

POSSO USAR AURICULAR?


A única coisa no universo das novelas que permanece uma espécie de mistério para mim é a memorização de páginas de diálogo.
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Reflictam um pouco nisto: o actor com um papel de destaque, tem de memorizar falas todos os dias. Algumas cenas são longas e intensas. Está certo: em televisão é possível uma pessoa retomar do ponto onde se enganou e repetir novamente, as vezes que quiser. Mas será assim que se faz televisão?
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Uma vez tive oportunidade de ouvir um comentário meio disfarçado, já dado de costas e num tom recriminatório, que é tudo através do auricular.
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Ora que boa invenção! O auricular é o auxílio electrónico que faz em televisão, as vezes do “ponto” que existe (ia?) no teatro. É a “muleta” televisiva através da qual o actor recebe as deixas.
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Marlon Brando não decorava uma só frase. Quando soube disto em criança, achei de uma arrogância e uma mania de superioridade que não me agradou. Ora, porquê não decorava ele como os outros? Espalhavam-se cartazes com letras enormes para ele ir lendo por todo o cenário: deste o abajur para onde olha parecendo estar num momento de reflexão, até ao tecto, ás mãos, a um desgraçado qualquer que tinha de andar atrás dele com cartazes. Afinal, a maioria dos famosos olhares de Brando eram na realidade, espreitadelas para as cábulas.
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Miguel Fallabela e sua turpe fez as delicias da plateia televisiva e do teatro com a sitcom "Sai de Baixo", onde era frequente ver o actor esquecer-se do que tinha de dizer ou fazer, o que causava ainda mais momentos de diversão. Ouvia-se, ás vezes, o próprio a pedir a deixa ou a mesma a lhe ser facultada.
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Então, se as interpretações beneficiam de ajuda externa, no teatro, no cinema e na televisão, porquê o tom recriminatório ao uso de auricular? Parecem insinuar que não são verdadeiros actores os que actuam com as palavras ditadas ao ouvido.
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Não me incomoda nada ou faz diferença se souber que aquela grande cena de Regina Duarte e de Lília Cabral foi feita com a ajuda do aparelho. Continuam a ser excelentes representações. Não me parece que o aparelho ensine a representar.
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E se uma pessoa sabe representar mas não memoriza bem? Ou perde o jeito ou fica exausta? Ou mesmo, é só preguiçosa e não está para isso? Usar auricular requer perícia. Todos os dias vemos isso. Com os pivots do telejornal quando dão as notícias, com os apresentadores de programas que recebem indicações da régie, e até mesmo em momentos bruscos em que se percebe um fim precipitado pela “voz” desse “grilo tecnológico”.
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Então… vá lá. Sejam meiguinhos! Tentem não ter preconceitos. Afinal, se não viesse a irritar o seu ego de estrela e a lhe fazer cócegas no ouvido, Marlon Brando também o usaria. Acho que apenas não o fez por não o ter disponível.
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ENGLISH TRANSLATION:
The only thing about making tv soap operas that amazes me, is how actors do it to memorise dialog.
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Think about it: an actor with a major role has to memorise many pages every day. Ok. In television it’s possible to a person to make a series of mistakes and pick up upon them. But is that the way they do it?
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One time I had the opportunity to listen to an actress that said that a major television star made everything with the help of an ear devise. She said it with depreciation.
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What a great invention! An electronic ear plug! It makes the turns of the theatre line giver, who used to be in a little box on floor level in the center of the stage following the play’s words in the text form so he/she could provide the words if the actor/actress forgot them.
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Marlon Brando didn’t memorize a single word. When I knew it, has a child, I felt he had to be arrogant and with an auto-sense of superiority, because he didn’t want to do it has all others. It didn’t please me. Line cards were put everywhere for him to read. In the light chandeliers, on his hands, on billboard-size cardboard signs that some poor guy had to carry around has the actor moved. After all, that famous way his eyes used to express themselves were indeed his moments of looking for the words.
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Miguel Fallabela and the rest of the cast to the sitcom “Sai de Baixo” used to provide serious laughs to tv and theatre audience, when the actor forgotten his words or where he was suppose to do or be. It was common for the audience to listen to the lines being given to him.
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So, if the interpretation benefits from exterior help in theatre, cinema and television, why a certain tone of recrimination given to the ear plug? It seems to be implied that those who use it are not real actors from doing it.
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It doesn’t disturb me to know that Regina Duarte or Lilia Cabral did that great major scene with the electronic help of the little ear cricket. It’s still great performance and the device doesn’t teach them how to act.
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And what about if a person knows how to act but is not a good memorizer? Or if the person looses that ability or is just lazy? To use a electronic ear plug requires acquired practice. We see it every day on the news, or in programming presentation. The presence of the electronic ear cricket is very conscience to television audience.
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So, don’t be mean! Be free of prejudices. After all, if Marlon Brando’s sensitivity would not be hurt and the equipment would not disturb his ego or scratch his ear, he would certainly used one, only there were any to use around on is time!

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sábado, 15 de dezembro de 2007

DISSECANDO PANTANAL

Foi com um tópico sobre a novela Pantanal que decidi estrear este blogue, mas ainda não dissequei a obra. Então cá vai:

Image and video hosting by TinyPic

José Leôncio, ao envelhecer, não só se torna menos hábil com o cavalo mais baixo e gordinho (claro que este é um comentário de brincadeira) como parece fora de personagem. É óbvio que cerca de vinte anos sem ver o filho o deve ter amargurado. Mas ainda assim, parece que não é a mesma pessoa que Paulo Gorgulho retratou. O Leôncio jovem era ignorante, mas possuía uma percepção eficaz para entender as pessoas. E era justo. Já avançado na idade, é bruto e precipitado a julgar os outros. Achei que Claúdio Marzo não foi interessante no papel e ignorou as características que José Leôncio ganhou com Paulo Gorgulho. Mas talvez tenha sido este último que deu demasiado charme ao seu Leôncio, mascarando assim os defeitos da personagem. Afinal, no casamento levou a sua sempre adiante, ignorando as vontades da esposa. O que José Leôncio adulto faz com o filho quando acaba de o conhecer prova que é injusto. Expulsa-o e diz-lhe para não o chamar mais de pai. Ora, se Leôncio não tivesse construído um império, vendo-se por isso obrigado a lidar com todo o tipo de pessoas e em contacto com outros estilos de vida além do pantaneiro, aí sim, ele podia ter evoluído para um bronco. Mas não foi o caso. Aliás, a capacidade clara de ver as coisas sem se precipitar em julgamentos parece transitar para Tibério, o peão com quem Jove consegue falar como se fosse a um pai.

Madeleine é uma personagem cujas acções são muito criticadas na novela. Mas se formos a ver, a pobre teve razão. Claro, gostamos mais de Leôncio e queremos que a razão esteja com ele. Mas quem gostaria de ser recém casada, ir para um lugar desconhecido, isolado da civilização, não ter ninguém mais instruído com quem conversar, não ter o marido a seu lado durante meses, longe dos pais, amigos e a vida que sempre conheceu, e ainda por cima ter o filho fora de um hospital, ajudada por uma governanta, sozinha? E ainda viu o bebé a ser-lhe tirado dos braços para ir cavalgar nos braços do pai, quando este mal tinha saído dentro dela! E depois, continua sozinha e Leôncio decido baptizar o filho com o nome do avô, sabendo que ela não concordava. Ele simplesmente foi fazendo o que queria, achando que ela acabava por aceitar. Aceitar a ida para visitar os pais ao Rio de Janeiro, que nunca surgiu, aceitar as longas ausências do marido, aceitar a solidão. Ora, isto é subjugar o espírito de alguém. O que nunca resulta numa relação. Madeleine não era um boi marruá! Acho que o autor castigou muito esta personagem pelo acto corajoso que tomou de se ir embora com o filho. Castigou-a de mais por ter abandonado Leôncio. Claro que tudo podia ter sido feito de forma diferente mas e daí, talvez não. É preciso ver que Madeleine era uma menina, imatura e acima de tudo, sem experiência de vida. É claro que ela sonhava com a ida do seu príncipe encantado, que a seguia para a arrebatar novamente, pedindo perdão e jurando-lhe maior dedicação. Coisa que Leôncio não estava disposto a fazer. O autor castigou-a fazendo dela uma perua, eternamente frustrada sexualmente deste que abandonou o marido. É muito severo. Acho também que a personagem ficou a perder com ambas as actrizes que lhe deram vida. Não só a inexperiente Ingra Liberato não soube defender a sua personagem muito bem, como a Ítala Nandi transformou a Madeleine numa criatura vazia e antipática, de voz e gestos irritantes. E não se sabendo bem porquê, a personagem sai da história morrendo quando regressava ao Pantanal. O que não fez muito sentido e, mais uma vez, foi de uma severidade extrema!

Depois temos o filho de ambos em adulto. Jove relaciona-se de forma muito diferente da do pai com as mulheres, mas tem o mesmo sucesso. Vive na cidade, já fez de tudo um pouco, mas sente-se vazio e algo o perturba. Claro, é o facto de nunca ter conhecido o pai. Relaciona-se melhor com a tia Irma, que também é severamente castigada pelo autor ao ficar apaixonada por Leôncio e não se interessar por mais ninguém. Jove acaba por contar com a sua cumplicidade e parte para o Pantanal. Aí rapidamente o julgam pela aparência. Surge com uma camisa larga e estampada, com modos educados e uma forma de estar que denuncia o facto de ter sido criado por três mulheres. Todos os homens se riem e lhe lançam olhares de gozação. Até o pai fica profundamente decepcionado, julgando ele que ia receber um filho adulto e peão. Na verdade, todos acham que Jove é homossexual. Só que este homossexual mal chega ao Pantanal e já conquista o interesse das mais belas moças. Rapidamente se envolve com Guta, uma jovem, tal como ele, formada na cidade. Mas ele se apaixona é por Juma, uma pantaneira analfabeta, que não conhece nada da vida sem ser o seu chão e o seu modo de vida. Esta relação dos dois também é razão de chacota por parte da “peãozada”. Igualmente rápidos a julgar a moça, há muito que mantêm a distância dela, pois diz-se que vira onça em noite de lua cheia! Todos a acham bonita, mas mantêm as distâncias por medo. A aproximação destes dois incomoda muito Leôncio, que vê naquilo não o que é, mas o que pensa ser: uma falta de vergonha distorcida, de mulher-homem com homem-mulher! Ele está ansioso por ver o filho a tomar uma atitude de macho e ao saber que este passeia com a bela Juma, aguarda que o filho lhe conte que tiveram sexo. Mas Jove acha essa presunção redutora e é isso que Leôncio não entende. Ao contrário do que pensa o pai, não é na marra que Jove a tenta conquistar. Ele sabe que a “onça selvagem” não é nenhum marruá para ser domado. Ele é o único que realmente vê Juma, “mais mansa que um cordeirinho” – diz ele. E ela também se apaixona por ele por causa desse reconhecimento. Nele encontra aquilo que procurava. Com ele começa a aprender mais sobre a vida, aprende a ler e também a escrever. Melhora o seu vocabulário e assim satisfaz a sede que a sua curiosidade natural de pessoa inteligente procurava saciar, sem ter como.

Filó é outra personagem que me agrada muito, mas só após envelhecer. A Filó mais madura é uma mulher generosa, compreensiva, carinhosa e afectuosa. Quando jovem era só ciumenta e muito metida a besta, se entendem o sentido da coisa. O que não dá para engolir é o facto do parentesco do seu filho Tadeu ser insinuado logo no início da novela como sendo de Leôncio para no final, e um pouco sem sentido, Filó começar a soltar uns ais porque, afinal, tinha mentido. Seria verosímil se antes de ter admitido a Leôncio o parentesco ela já não tivesse andado a dizer ao vento que o filho era dele. Parece um desfecho forçado, embora ao espectador essa dica fosse perpetuamente facultada pelo autor, que ia mostrando as diferenças de personalidade entre Tadeu e os restantes Leôncios.

Outro pormenor, mas que ainda deixa as “marcas” da sua interferência, é o facto da bela Juma, pantaneira que toma banho de rio desde menina com a sua mãe, ter uma cena em que tira a roupa e tem marcas de biquini fio-dental. Se para interpretarem índios é costume maquilhar os actores com um produto especial, porquê não se esforçaram para ocultar as marcas branquinhas na pele de Juma? Não dava para ir a um solário antes de partir para o Pantanal? Juma nem conhece o que é um soutien. Logo, não devia ter marcas dessas peças de vestuário. Aí, nesse pedacinho de história, subitamente o espectador percebe que é falso.

Também achei um tanto forçada a mudança de Jove para pantaneiro. De início está tudo natural mas aos poucos, a mudança é brusca demais. Parece-me que algo na personalidade da personagem está a ser roubado. Contudo e no geral, adoro esta novela. Não lhe encontro muitas mais falhas de importância para mencionar. A história de amor entre estas duas personagens está muito bem feita e gosto ainda mais dela, por se assemelhar à realidade. Juma e Jove gostam um do outro, mas não vivem um conto de cinderela. Chegam até a separar-se devido à intervenção de uma terceira pessoa. Humm… muito semelhante à vida real, não?

Por fim, outra crítica que faço à história, diz respeito à personagem de José Lucas. De início entra bem mas depois, anda ali uns capítulos sem rumo, a tomar umas atitudes pouco credíveis. Para quem quer ser peão acima de tudo e acaba por sê-lo, ter virado político é cá um esticão! Principalmente porque inicialmente é um homem simples, desinformado e desinteressado por política. Surge de repente o interesse, só para ele ter o que conversar com a personagem Irma. A sua história dá muitas voltas: José Lucas interessa-se por Juma e chega a viver com ela, mas também antes disso surge uma jornalista de nariz empinado, vinda do nada, só para se envolver com ele e o retirar por uns tempos da trama. Por sua vez, Irma também não é uma personagem feliz. Eterna apaixonada pelo cunhado, de repente deixa-se seduzir pelos encantos de Trindade, o peão cantor, mas a forma como este sai da história só para dar lugar a José Lucas é um tanto forçada.

Em Pantanal vêm-se já referências a futuras obras do autor Benedito Ruy Barbosa: O “Rei do Gado”, que é como Leôncio é chamado e o “pacto com o Belzebu”, aqui feito por Trindade e mais tarde aproveitado para a personagem “José Inocêncio”, o coronel “Rei do Gado”. As semelhanças não são casualidade.

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segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

A MAIS PEDIDA: PANTANAL

Olá caros leitores!

Hoje estou radiante por ter aberto o email e ter visto muitas pessoas que lêm este blogue a entrarem em contacto comigo. O que mais me pediram foram mais cenas da novela "Pantanal". Pois bem: aguardem, que mais virão! Não só mas pediram para o email ou através do youtube, como neste blog está para encerrar a enquete que pergunta PROCURA CENAS DE ALGUMA NOVELA? e adivinhem qual a mais procurada? - Pantanal!


Pois há que honrar os leitores e participantes, dando-lhes o que pedem! A vocês só vos peço, que continuem a visitar este blogue e que comentem, pois faz bem partilhar experiências!

Agora com o natal a 15 dias de distância e com tanta coisa para fazer (até custa lembrar!), sejam pacientes. No entanto, não terão de esperar muito. Chega a tempo de ser presente para o sapatinho!

Abraços e uma quadra feliz para todos!


11/12/07- O primeiro presente no sapatinho já cá está: espreite na primeira entrada deste blogue: Pantanal. No mês de Setembro! É para lamber os dedos!

English version:
Hello readers!

Today I’m radiant to see how many people got in touch with me to ask for more of tv soap Pantanal. Well, you will not have to wait long!

11/12/07- Here’s your first present on your Xmas stoking: the links to a résumé from beginning to end of this soap are in SEPTEMBER ENTRANCE! Go and enjoy!



This is my favorite scene / Esta é a minha cena predilecta


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domingo, 9 de dezembro de 2007

DONA BEIJA da Manchete

Já aqui falei sobre a mini-série "Dona Beija", mas numa perspectiva diferente. Agora vou falar apenas da novela. A começar por este termo: novela. "Dona Beija" agradou tanto os fãs, que facilmente estes a incluem no rol de novela onde, até hoje, não sei se pertence ou não.

Em Portugal passou na RTP2 aos fins-de-semana, em capítulos de 80 minutos, no formato de mini-série. Mas a novela no seu original teve 89 episódios de 45 minutos, o que é pouco para a norma.

Noutros países a duração e o número de capítulos continuou a ser variável: no Equador, onde foi exibida apenas em 1991 e fez um tremendo sucesso, a trama foi dividida de modo a render 221 episódios! Em França em 1992 foram 178 capítulos, de duração aproximada de 25 minutos.

Independentemente deste detalhe, "Dona Beija" é uma produção encantadora. E quero realçar a contribuição da Banda Sonora.

Do muito que se fala desta obra não se dá o merecido mérito à contribuição musical. "Dona Beija" beneficia bastante de melodias certas, no lugar certo. A carga dramática e de tensão que passa apenas com o olhar fixo das personagens, imóveis, olhando-se, embaladas por uma melodia que já está a envolver o espectador. Veja este exemplo:
Além destes momentos, todos os outros, desde os românticos mas principalmente os dramáticos e tristes são igualmente embalados por uma música envolvente.


Tenho que tirar o chapéu à TV Manchete. Em termos de Bandas Sonoras, não me recordo de ser tão envolvida com nada que não fosse uma produção desta emissora. Claro, existiram trilhas sonoras de novelas da Globo que fizeram muito sucesso: Vale Tudo e Roque Santeiro, por exemplo. Mas temos de convir que não são exactamente o género que mexe imediatamente com a sensibilidade por debaixo da pele. Falo mais deste tipo de sonoridade instrumental de produções como "Dona Beija" e "Pantanal". Outras produções da emissora, como "Filhos do Sol" e "Ana Raio e Zé Trovão", que contaram com a sonoridade de Marcus Vianna, produziram este tipo de efeito emocional que povoa sem falhas toda a obra que é "D. Beija".

Feitos os elogios à sua sonoridade, de autoria de Wagner Tiso, logo de seguida tenho de sublinhar os fantásticos figurinos e decours. Para não falar daqueles penteados femininos, todos requintados, entrançados, cuidadosamente apresentados com enfeites metálicos pelo meio. A imagem e cor de "Dona Beija" até é simples, mas de uma simplicidade muito bela. Toda a obra se consolida numa visão que não desliza. Por isso Beija e outras tantas são o que são: obras inesquecíveis, que farão para sempre sombra ou sobreposição ao melhor que a concorrência tem para oferecer.

ENGLISH VERSION:
I’ve already talk about Dona Beija, but not this way. Not just about the tv soap. Until today, I don’t know if this is indeed a tv soap or a tv mini-series. I know what everyone knows: it’s a great success.

In Portugal, it went on air at the weekends with 80 minutes episodes. It was considered a mini-series. But in other countries, for example, Equador, it was stretch to a 221 episodes back in the year of 1991. In France, on air in 1992, this product had the duration of 25 minutes witch produced a 178 episodes story. Originally, it has 89 with 45 to 50 minutes of duration.

Details aside, this is a lovely product. With a remarkable effective sound track.

A lot has been said about the soap. But not enough about its musical component. The tunes are in perfect harmony with the moment and that is a feature not that easy to achieve. “Dona Beija” has it. For moments of passion, of love, of war, of suffering and hurt, there’s the appropriate melody. As you can understand by the video example above.

I must say that, in what sound tracks are concerned, TV Manchete is the major responsible for the melodies that entered my skin direct to my emotions. Not only with “Dona Beija”, but also with “Pantanal”, “Ana Raio e Zé Trovão” etc.

Another point worth mentioning is the lovely costumes and sceneries. Let’s not forget the amazing hair styles, so sophisticated, beautifully arranged and accessorized with jewellery. The image and photograph of “Dona Beija” is actually simple. The all product has a consistence that doesn’t slip. That’s why “Dona Beija” and so many other Machete’s tv soaps will always make a shadow, if not a imposition to the best the adversary has to offer.



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sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

FELICIDADE

Novela bem aceite pelo público, da autoria de Manoel Carlos. Marcou o seu regresso à TV Globo após oito anos de ausência. A maior crítica que a novela recebeu diz respeito à prestação de Maitê Proença no papel de protagonista. Tenho de concordar. Ainda hoje, passados tantos anos, continuo a não gostar do que vejo em todas as cenas. Isto de ser actor de TV tem este grande inconveniente! Uma coisa mal feita será perpectuada para todo o sempre!

Estreando-se em televisão, Vivianne Pasmanter deu um show como a vilã Débora. Ela é neurótica no momento certo e consegue transmitir apenas pelas expressões a dualidade da personagem. (veja em: http://br.youtube.com/watch?v=qOpTjPOXcyA e também em http://br.youtube.com/watch?v=Xn1KJNVHxjg) Recordo de algo que vinha na imprensa da época, que fez referência à metodologia de composição da personagem e à exigência da mesma. A actriz teve muito trabalho e foi muito desgastante fazer "Débora". Vivianne ficava fechada no quarto a estudar as cenas, isolando-se um pouco de tudo o resto. Mas também, imagino que essa é a realidade da maioria dos actores que entram numa big personagem em novelas de televisão. A menos, claro, que tenham a sorte de ter uns dias de semana de folga! Vantagem de alguns veteranos que só gravam a dias fixos.

Tatianne Goulart recebeu vaticínios de uma futura brilhante carreira na arte de representar. Ela simplesmente tocou os corações e emoções de todos, com a sua sincera e frontal BIA. Chegando mesmo a "roubar a cena" quando contracena com a "mãe" (Maitê Proença).

Como todas as novelas de Manoel Carlos, ela tem momentos deliciosos mas também alguns outros de "barriga" (incómodos e longos, como uma gravidez). Talvez os mais marcantes eram os momentos de delírio de Ataxerxes e os que se desenrolavam no núcleo da família de "João", o homem que tinha verdadeira adoração e uma relação emocional muito grande com o seu piano. Um núcleo mais depressivo, o núcleo pobre a passar por dificuldades que proporcionou momentos de pura exaustão de tanto se falar de música e de piano.

Brilhante interpretação de Sebastião Vasconcelos, a quem não me canso de elogiar. Elogio também Marcos Winter, que sempre gosto de ver nos seus papéis e que surpreende e intimida quando tem de explodir. Herson Capri deu ao seu Mário, um homem formado, informado e educado um estilo que levaria muitas mulheres no lugar de Helena a dispensar o Tony Ramos (Álvaro)! Laura Cardoso foi uma excelente mãe, Ariclê Perez e Umberto Magnani (Ametista e Ataxerxes) um show de boa interpretação, Cristina Prochaska foi deliciosa como a cobrinha intigrista e falsa que era a sua Sheyla e podia continuar por aí fora, já que o elenco desta novela é bastante vasto.

O que mais gostava de recordar nesta novela é a história contada nos primeiros capítulos. Lembro-me vagamente. Tudo começa em "Vila Feliz", um local pequeno com pessoas de falsa moral, ávidas para massacrar alguém como hobby para passar o tempo morto. O facto de todos os homens se babarem pela menininha mais bonitinha do pedaço e serem sacanas o suficiente para tentarem obter algo à força, mas diante dos amigos e esposas armarem-se em indiferentes. Toda essa atmosfera intriguista, de mesquinhez e mediocridade moral, por vezes típica de zonas pequenas (embora deteste esta presunção e discordo com a generalização) repugna-me e por isso, é a parte que mais mexe comigo.

Gostava de a rever!
E você? Deixe aqui um comentáriozinho sobre o que você acha desta novela!

Álbum sonoro da novela para download: http://rapidshare.com/files/7051341/Felicidade_-_Nacional.rar

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TOP MODEL

Estava a mexer em papéis antigos quando dei com um apontamento a opinar sobre a novela TOP MODEL, que acabava de chegar ao fim. Dizia assim: "...por todos considerada um êxito, mas uma grande seca, que eu teria reduzido a menos de metade." Ao mesmo tempo, deparei-me também com o último capítulo. (veja em: http://br.youtube.com/watch?v=2YZzDxASz8A)


O tempo só reforçou esta opinião. De facto a novela foi um sucesso mas é daqueles sucessos que pertencem a um tempo e não continuam a encantar, porque a qualidade deixa a desejar.


O tempo também não me fez ficar mais fã de Malu Mader. A sua função na trama é demasiado estética. A novela usa e abusa do estilo "teledisco". São longas cenas a cada capítulo de imagens em câmera lenta de "Duda" a trocar de roupa, a experimentar chapéus e a mostrar as longas pernas sobe um qualquer embalo sonoro.


Penso que o encanto e sucesso da história deveu-se ao núcleo infantil e à louca família de "Gaspar" e seus cinco filhos que mais parecem uma dúzia de tanta bagunça e actividade que circula naquele lar. Cada filho de uma mulher diferente, a este núcleo encabeçado por Nuno Leal Maia, responsável pelos momentos de diversão, surf e praia se deve a adesão do público à novela. Em termos de romance, o casal Taumaturgo Ferreira e Malu Mader (eram mesmo um casal nessa altura, se me recordo bem) só ficaram a ganhar com a música "Oceano" de Djavan. (ouvir em: http://br.youtube.com/watch?v=CH6vud7PZck) Top Model foi uma novela que conquistou também pela banda sonora, composta de muitas músicas em inglês, como a célebre "Hey Jude", dos Beatles, numa versão traduzida para português.


Muitos actores e actrizes ganharam projecção nesta novela. Adriana Esteves estreou-se aqui, no papel de Tininha. Gabriela Duarte contracenou pela primeira vez com a mãe, ao caber a esta uma participação especial como uma das ex-mulheres de Gaspar. A novela teve aliás, muitas participações especiais, além do seu vasto núcleo, onde se incluia uns caninos.


Em termos pessoais, sem saber exactamente porquê, a actriz Zezé Polessa irritava-me profundamente. Algo no seu método de representar chocava com o veículo televisivo. Talvez fosse uma certa altivez, o nariz empinado para o ar, que continuou a me irritar também quando entrou em "Vamp". Ás vezes sucedem-se destas coisas e é algo que me lembrei agora. Assim como me recordo de muita gente da família mencionar as semelhanças físicas de Taumaturgo Ferreira com um familiar. É que não conseguiam ver a novela sem estar a pensar nas semelhanças, que estava no seu ar, mas mais na postura e gestos. São coisas que acontecem...


E você? O que quer dizer sobre esta novela?

link para fazer o download de TODA a trilha/banda sonora desta novela:
http://rapidshare.com/files/8162666/Top_Model__1989_.rar.html


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quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

XICA DA SILVA

Escolhida neste blog como a melhor novela de época, Xica da Silva remota ao ano de 1996.

Com um elenco de luxo onde se incluiu o maior número de actores portugueses até hoje numa telenovela brasileira, é protagonizada pela então estreante Taís Araújo, de 17 anos. Assim que a actriz fez 18 apareceu nua na novela. Até então, quase a meio dos capítulos, as cenas de nudez e erotismo que fizeram parte da identidade da novela, eram entregues a uma dupla.

Mas não foi só a personagem de Taís a recorrer a duplos para as cenas de nudez. Giovanna Antonelli, que aqui tem um papel e um desempenho por demais para apreciar, ao encarnar uma mulher que vira a prostituta mais solicitada do arraial do Tijuco, recorreu também a uma dupla.

Tida como feita com base numa história real, é no entanto difícil separar os possíveis factos da ficção. É sabido contudo, que existiu uma escrava de nome Xica que acabou por se tornar a amante oficial do ouvidor da corte, tornando-se assim numa mulher poderosa e rica. Teve pelo menos três filhos dessa relação. Há verdadeira Xica são atribuídos actos de pura crueldade para com os seus semelhantes, tivessem eles a cor de pele que tivessem. Uma prova de que o poder corrompe os pobres de espírito e esses não se distinguem pela cor, género ou proveniência social.

Tenho de revelar que o maior feito que atribuo à novela "Xica da Silva" é o de ter conseguido, no remoto ano de 1996, juntar à volta de um só televisor, a família inteira: pai, mãe e filhos. Diferentes idades, interesses e géneros que se reuniam num só espaço. Um feito que à muito uma telenovela ou qualquer outro programa já não conseguia: o interesse de todos.

English Version:

Xica da Silva is the Brazilian tv soap elected by the readers of this blog as the best historical soap. It has the most number of Portuguese actors ever, and was the first soap of actress Taís Araujo who, by the time, was only seventeen and started to appear on nudity scenes only by the middle of the story, as she reached the majority age of 18. A body double was used in hers and Giovana Antonelli´s nude scenes.

Based on a true story of a black slave who becomes the lover of the richer and most powerful men in the region, who answered only to the King, she shows how power and richness do corrupt the week of spirit. She got known by her eccentric will and acts of violence that made no colour, race or social status discrimination.

The biggest achievement of this production, in my view, was the unexpected ability of putting the all family in the same room, watching the soap together on a single tv. An ability that soaps and other tv products seemed to have lost forever.

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quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O CLONE

Não gostei desta novela. Gostava de saber de mais pessoas com esta opinião e saber as razões.

Não gosto da sua linguagem. Tudo soa a falso. A direcção da novela abusa dos planos muito próximos de rosto. Fica claro que é na sala de edição que o texto debitado pelos actores de uma vez só é montado. Um excesso de primeiros-planos, uma história chata, com barriga por todo o lado, que ultrapassa o limite em que nos deixamos levar pela fantasia. Mais alguém concorda?

Numa determinada cena, foram reutilizados os mesmos gritos e palavras da personagem interpretada por Débora Falabella umas três vezes e de forma tão óbvia que achei de uma falta de consideração pelo espectador e de um amadorismo para uma telenovela nobre da Globo. A mesma sensação de insulto emergia com o suposto envelhecimento das personagens. Quem viu Neuza Borges a envelhecer para "A Indomada" e quem a viu a seguir aqui... que fantochada! Li na imprensa que Vera Fisher recusou-se a envelhecer adequadamente. Ela ou outro qualquer, a verdade é que o processo deixou muito a desejar. E a mãe de "Léo"? Podia bem ser sua namorada!

Considero como piores as interpretações de Daniela Escobar e Juca de Oliveira. Não basta ter muitas cenas. É preciso ter o que dar a elas.

Mais razões existiram para desgostar desta novela. Mas não vale a pena aprofundá-las mais. Agora ao de longe, só lhe vejo uma vantagem escondida: mostrar relações afectivas que se regem por regras diferentes das ocidentais a que estamos habituados. Não sei se com muita fidelidade nem o avalio mas, se tiver de apontar um aspecto de interesse, seria esse.

http://br.youtube.com/watch?v=SKFx_tZT_pg

Contem-me vocês o que acharam. Porque não gostam ou porque a consideram a 8ª maravilha do mundo em novelas!


Faça aqui o Download da trilha/banda sonora complecta! Siga o link! É tão simples! http://rapidshare.com/files/51249351/OC-Nac.rar

Veja a novela:
último capítulo (nº 248): http://www.megaupload.com/?d=J4RAOG5A
Cenas de bastidores: http://www.megaupload.com/?d=9OS8NBXQ
Outros episódios: http://www.megaupload.com/?d=QIKYY29H

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ENQUETES FECHADAS

Caro Leitor,

Continuarei a apelar ao seu contributo para este site. Escreva, dê a sua opinião, concordando ou discordando e participe nas enquetes!
Três delas encerraram e duas vão já encerrar. Vote enquanto tem oportunidade!


Vira Lata é a telenovela da autoria de Carlos Lombardi indicada pelos leitores do blogue como a favorita. Humm.... será? Ou é a que mais desejam rever? Eu por mim adoraria que voltassem a exibir em Portugal "Perigosas Peruas" ou "Bebé a Bordo". Ia adorar rever aquela performance cómica do Tony Ramos e restante elenco!
Xica da Silva é a novela de época que, em ambas as enquetes, a que encerrou e a que está por encerrar, leva a preferência dos leitores como a melhor novela de época de sempre. Por incrível que pareça, Escrava Isaura vem logo atrás, o que é surpreendente. Esta obra não sai do trono!
A preferida comédia de época, entre as escolhas Chocolate com Pimenta e O Cravo e a Rosa, foi renhida mas por um voto, ganha a última. Outra que gostava de rever, já que não a vi com muita assiduidade e gostei de rever as cenas que tenho gravadas.

Então já sabe!

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ESSAS MULHERES

Novela da Record, passou em Portugal (RTP1 14.30) no ano de 2006, com relativo sucesso.




É uma adaptação dos romances Senhora, Diva e Lucíola, do escritor José de Alencar.


Aquando a sua exibição o seu horário sofreu oscilações, chegando o episódio do dia a ser exibido antes e depois do telejornal da tarde. A duração dos capítulos foi variável, desde mais de duas horas a culminar em poucos minutos aquando se exibiram as últimas cenas.


AVALIANDO A OBRA:


Nem tudo nesta novela é um bom exemplo de representação. Os primeiros episódios são fracos e não agarram o espectador. Mas se persistir, acaba por seguir a trama. No global, talvez sustentada pela história e pela óptima reconstituíção de época, com aqueles figuridos de invejar, a novela deu um bom resultado e ganhou fãs.


O que me entristece nesta obra, além de fracas prestações aqui, aqui, e mais ali, é seguir a fórmula. Ou seja: perto do fim, começam os criminosos a cometer erros estratégicos muito pouco a ver com o seu carácter, acabando desmascarados. Vejamos:


- Lemos introduz Firmina na casa de Aurélia, para a vigiar. O espectador conhecendo as personagens como já conhece, não acredita que Aurélia aceite colocar em sua casa uma pessoa indicada pelo tio cujo péssimo carácter bem conhece, ainda mais com o pretexto de a ajudar por ser viúva: Lemos também tem casa e Aurélia chegou a trabalhar nela. Porquê não a empregou ele? Pior é Firmina não usar outro nome enquanto infiltrada.


Aberta esta frecha, o final pode precipitar-se para chegar o castigo de Lemos. Muito pouco prevenido, ele deixa o campo aberto para os seus inimigos o desmascararem. Vejam só o que se sucede de seguida: Firmina, a viver com o marido em segurança, longe e em paradeiro desconhecido, regressa à corte, deixa-se prender, só para inocentar Lúcia/Maria da Glória e desmascarar Lemos.


Tendo o espectador visto já o que os vilões conseguiam fazer para escapar das garras da transparência, parece pouco credível. Assim como o é também a personagem de Maria da Glória/Lúcia quando interpretada por Carla Regina. Tenho de dizer que preferia ter visto a actriz que encarnou a verdadeira Lúcia, a ter este papel. O rosto desta prestava-se a mais autenticidade para as exigências da personagem. Uma rapariga humilde, simples e que desconhece a vida, que vira contrariada a mais famosa cortesã da Corte. Carla Regina não me convenceu quando tentava passar inocência, nem quando devia dominar as artes da sedução.


Não foi o único papel que não me convenceu, mas foi o mais flagrante. É que o seu romance com Paulo foi dos piores que já vi na telinha. Para dois loucamente apaixonados, a coisa foi muito pouco sentida. E chorar a morte do amado, sem lágrimas, não convence. Deviam ter deitado umas gotas de água no rosto da moça! Então o amor da sua vida morre com um tiro na sua frente e esta não chora nem grita mais que o que choraria por um qualquer aborrecimento? Além disso, recuperou-se bem depressa ao apenas em algumas horas já estar a corresponder ás atenções de Ferreira. Na prisão volta a ser um tanto ingénua e inocente, o que não faz sentido e a representação não convence.


Irei mais adiante abrir um tópico sobre atribuição de personagens a actores. É que estamos sempre a vê-los iguais e isso ás vezes não é o que se adapta no momento à sua figura. Quando olho para Carla Regina, principalmente com a maquilhagem desta personagem, vejo uma vilã. Uma pessoa muito má e ruím, de fazer sombra a Lemos! Porquê tem de ser a boazinha?? A Carolina, de Cidadão Brasileiro, sei que era suposto ser uma espécie de cabloca, agradar ao povo, e passar uma impressão de mulher guerreira, desejada e admirável. Mas por acaso não a suportava e a achei uma grande ca.... um papel assumidamente malévolo seria melhor.


O par romântico principal desta história foi vivido por Christine Fernandes (magnânima) e Gabriel Braga Nunes (sempre igual). Para variar, gostava de ver um final diferente aos das histórias de encantar. Adoraria que Aurélia ficasse com Eduardo Abreu. Esse sim, soube sempre apreciá-la e não é que nunca mais gostou de ninguém? Merecia melhor sorte... Além disso, esta alternativa presta-se a ser mais autêntica. Na vida real quem conseguiria continuar a amar a mesma pessoa após tantos mal entendidos? Ser preterida por dinheiro e depois escolhida pelo mesmo motivo é de uma falha de carácter repulsiva. Além disso, Fernando é arrogante. Metido a intelectual e culto. Enfim, histórias de príncipes e cinderelas...

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E você? Alteraria o destino de que personagens? Aceite o desafio de pensar no assunto. Conte o desfecho que escolheria e divirta-se!


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sexta-feira, 16 de novembro de 2007

SAUDADES DE?

Tenho saudades de ver determinados actores de volta à "telinha". Um desses é Jackson Antunes. Gostava de o voltar a ver numa novela e não sei porquê, em comédia. Algo no estilo de Carlos Lombardi.

Ás vezes temos saudades de actores que deixaram de aparecer. Mais um desafio vos lanço. Espero que adiram. Não custa nada, só uns "tap-taps" nas teclas do computador! Escreva a dizer de quem sente saudades de ver na Tv e em que tipo de papel o gostava de ver. Quem sabe mais alguém com influência compreenda e concorde?

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quarta-feira, 14 de novembro de 2007

SER FÃ

Vejo telenovelas brasileiras desde pequena. Comecei a fidelizar-me com “Guerra dos Sexos”, que em Portugal foi para o ar em 1984. Daí para a frente continuei a vê-las e sem o perceber, fui adquirindo conhecimentos sobre as mesmas. Conheço o nome de cada actor, facilmente assimilei também o nome dos estreantes, interiorizei os trabalhos que já tinham feito em Tv, cinema e teatro e os que pretendiam fazer, soube o que diziam e pensavam, através das entrevistas que se publicavam na imprensa e como viviam a sua vida pessoal. Depressa fiquei com uma espécie de “ficheiro informático” de mais de 1000 nomes, que me chegou naturalmente, e de facto, desde actores, autores, realizadores, figurinistas etc, tudo ficou gravado. Mantive esta característica, sem lhe atribuir importância ou a revelar publicamente, por cerca de 15 anos. Aí num certo momento, essas “actualizações” automáticas deixaram de se efectuar e desliguei-me deste interesse que mantinha actualizado apenas por lhe ter gosto.

Explico tudo isto para chegar ao conceito de fã. Não sei o que é ser fã de uma pessoa em particular. Penso que admiro a arte de representar e por isso aprecio quem a executa. Admiro quem o faz brilhantemente, aprecio uma obra bem dirigida e bem filmada, pensando também nas pessoas atrás das câmaras. Imagino as dificuldades de produção, os entendimentos e desentendimentos de bastidores que por vezes se notam no resultado da obra. Penso de uma forma global. Não compreendo assim a particularização de um ídolo e não sei o que é ser fã que agarra, grita, berra e puxa os cabelos como se o juízo lhe escapasse.

Noutro dia vi umas imagens em que uma fã chega perto de Brad Pitt. A expressão no seu rosto era de puro temor! Claro que, como todos nós, conduziu a coisa com aparente descontracção. Mas o facto dos cinco seguranças que o rodeavam não terem visto aquela mulher a lhe puxar para si, deve tê-lo desagradado.

E começo a pensar no horror que é ser uma celebridade. A falta de privacidade, o risco de vida que se corre, para se temer uma mulher que simplesmente nos toca. É que no meio disto tudo existem as ameaças de morte, o risco de fazerem mal aos filhos, o rapto, a extorsão e chantagem, a difamação, as fotografias do tempo da carochinha em que se aparece de cuequinhas, os paparazzi a produzir imagens comprometedoras, o uso exploratório de imagens íntimas de um filme, as declarações dos “amigos da onça” e as invenções diárias. E se aquela mulher lhe espetasse uma seringa e o contaminasse com HIV? E se tivesse uma faca, uma garrafa com ácido, ou qualquer outra arma de agressão?

Sim, de facto, manter a distância é algo necessário. Ser celebridade é uma seca! É um horror! Abençoados aqueles que lá conseguem ter o seu público e serem admirados, mas ao mesmo tempo não lhes andam a tirar o retrato a toda a hora, e podem ir passear com os filhos na praia e andar de chinelo e bermudas, sem maquilhagem e despenteados!

Já me cruzei com pessoas conhecidas. Não lhes peço autógrafo, não lhes dirijo a palavra a menos que haja razão para isso. Sempre as vi como pessoas normais, que estão a passar por mim e que eu reconheço, mas não conheço.

Uma vez fazia um zapping quando parei numa cena de telenovela porque a presença e desempenho de um actor me chamou a atenção. A personagem diz umas poucas falas e continua com a cabeça enfiada no jornal. Disse para mim: “este é mesmo um bom actor!”. No dia seguinte, eis que me aparece à frente. Lá estava eu, com vontade de lhe dizer que admirei o seu desempenho ainda na véspera, mas por algum motivo não me pareceu adequado. Ao mesmo tempo penso: um actor quer ver o seu trabalho reconhecido. Mas a situação não se prestou a isso.

Entretanto, deu-se o fenómeno que é costume ocorrer. Assim que o actor se ausenta, os presentes começam a comentar uns com os outros quem esteve ali. Há quem sinta necessidade de dizer que atendeu esta e aquela “celebridade”. Seja ela actor, cantor ou apresentador. Há quem passe anos a contar que serviu um hambúrguer do MacDonalds a uma actriz de tv, e há quem conte que é amiga da amiga daquela cantora que foi àquele programa, e quem diga que o vizinho daquele casal conhece os vizinhos de um certo apresentador. O que me leva também a me interrogar porquê as pessoas só se sentem fascinadas por quem aparece na Tv.

Em Portugal não existem celebridades como noutros locais e mesmo actores só são assediados de vez em vez, sendo que o fenómeno de assédio constante é recente. Foi produzido e trazido pelas adaptações portuguesas que se iniciaram com o exclusivo da Sic sobre os produtos da tv Globo e as principais responsáveis são as novelas infanto-juvenis importadas de modelos Brasileiros e Argentinos, como “Malhação”, “New-wave” e “Floribella”.

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CAVALGAR EM NOVELAS

Muitas vezes os actores têm de andar a cavalo nas novelas. Em cenas esporádicas, durante um momento de lazer, como em novelas como “História de Amor” ou constantemente, pois o ambiente da novela se desenrola no meio rural onde este animal de quatro patas é o veículo de transporte de eleição.

Eu não sei montar a cavalo, mas já experimentei. A primeira experiência deu-se talvez com uns 9 anos, quando as escolas levam os meninos à GNR equestre. A experiência não me atemorizou, mas colocou os meus sentidos em atenção máxima, quando o cavalo, sereno e cabisbaixo, decidiu levantar as patas dianteiras e abanar o pescoço, sendo repreendido pelo polícia que segurava a corda enquanto o animal dava a sua enésima volta.

Confesso que o que mais me marcou das vezes em que estive perto de cavalos foi o ar apático e triste do animal. Sentia-me triste e não desejava montar. Interrogava-me com que direito o homem subjuga assim um animal para dele usufruir como veículo de lazer. Nunca se colocou a hipótese de aprender mas se me desse para fazê-lo, sei que primeiro precisaria de criar uma relação com ele.

Com actores passa-se o mesmo. Nem todos foram criados em fazendas com cavalos, nem todos aprenderam a montar. Para interpretar personagens que montam a cavalo, muitos têm de ir aprender. A própria emissora se encarrega de encontrar um mestre e efectuar a formação. Muitos foram os casos necessários. Actores que precisam aprender porque nunca montaram e actores que um dia aprenderam mas estão enferrujados. E os que sentem medo, têm de enfrentá-lo.

Lembro que Glória Pires teve de aprender para a sua “Maria Moura”. No entanto, o seu co-star Chico Diaz parece dominar o animal muito bem. Cristiana Oliveira, que interpretou em Pantanal uma espécie de Amazona, não sabia montar. Aliás, as cenas da novela parecem ter sido todas muito bem planeadas para não mostrar a falta de à vontade. Podia apostar que a actriz até tinha algum receio do animal. Já Jove, interpretado por Marcos Winter, o jovem da cidade que tinha fobia a cavalo, domina o animal com mestria invejável.

E assim têm havido muitos casos de actores que têm de contracenar em cima deste animal, disfarçando a falta de jeito. O pior é quando têm de cavalgar. Além de irem a passo, vão em linha recta e se for necessário conduzir o animal, ficam em apuros. É aí que uns planos de corte entram em acção para dar a sensação de acção fluida.

Pretendo colocar aqui cenas só com cavalos. Aí o leitor pode avaliar e tirar a sua própria conclusão. Aviso já que são muitas (parece que no Brasil segundo as novelas, toda a gente nasce e aprende a andar a cavalo!) e que vai levar tempo a reunir as melhorzinhas, mas vai ser um exercício lúdico e divertido.

Para já, deseja ver alguma cena específica? (excluindo à partida a de nudez de Maitê Proença como D. Beija no cavalo – uma cena justificável na novela em que, por sinal também parece que a actriz não levava jeito). Escreva e pergunte.


Cavalgadas:
1)- Pantanal - http://br.youtube.com/watch?v=qT5JU6OPuak

English Version:
In many occasions an actor has to know how to ride a horse. Sometimes only for a particular scene, in other occasions during the curse of the tv soap duration. This was the case of Cristiana Oliveira in Pantanal. The actress doesn’t seam to be very comfortable with a horse witch is not what one should want for a Amazon character has Juma. But she portraits such a good one, that the poor horse scenes don’t get knowtest. To contrast with her abilities, there’s Marcos Winter, her romance co-star Jove. He’s suppose to have horse phobia but then has the ability of riding any horse with such mastery.

Also Glória Pires and Chico Dias, for the Tv series “Memorial de Maria Moura” had to be on top of a horse. She had learning lessons witch allowed her to portrait the character more reliably and I don’t know about him, but he seems very good.

My intention is to upload horse videos so that the reader can judge by himself how the actors go along. So, is there any video in particular that you wish to see? For now, lets exclude the Maitê Proença´s nudity scene in D. Beija. Although is a well done one, well inserted in the story and with good taste, let’s leave nudity out has a prove of respect to the actor and to his craft. By the way, she doesn’t seem to be part of that group who possesses that improved horse-riding skills.

Write and tell witch one you will like to remember. It will take some time, because there are a lot of horse scenes in tv soaps (as if in Brazil everyone is born knowing how it goes!) and a selection is necessary.

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A MELHOR TELENOVELA DE SEMPRE

Está na hora de revelar qual a novela brasileira melhor de todas.

Costumava pensar que escolher a melhor telenovela brasileira era uma equação impossível. Cada uma se expressa num género e retrata uma época. É injusto comparar e eleger vencedores que não pertencem á mesma categoria, ou à mesma idade ou geração.

Mas há uns tempos atrás deu-se o impossível. De todas as novelas a que assisti na minha vida, consigo eleger a que merece o impulso. Para surpresa minha, trata-se de Fera Ferida. A melhor das melhores. Porquê?

Basta revê-la. Tem actuações soberbas e um elenco tão vasto, que de facto a enriquece, ao invés de a tornar fraca. Todas as personagens têm o seu destaque e a sua importância. Todas inseridas na trama e com os seus momentos de desenvolvimento. Depois temos as histórias. Toda a fantasia, o carácter das personagens, a forma como se brinca e desconstrói alusões a factos políticos e históricos. Cada personagem está bem construída e cada uma delas retrata o que de facto se passa na sociedade. As nuances que os actores atribuem às personagens parecem-me planeadas ao milímetro, e no entanto, naturais. É que cada expressão, cada insinuação, por mais leve que seja, recebe do “adversário” a respectiva resposta corporal. E não é massante. Não tem partes muito longas e monótonas (ok, talvez as da mocinha Sigrifida Weber, e as suas intermináveis referências à cultura alemã e ás operas de Wagner). Adoro ver. É um tesouro.

Aqui encontro a interpretação de Lima Duarte. (http://br.youtube.com/watch?v=PlNdghvDuIY)

Confesso que nunca lhe achei tanta graça quanto a que lhe atribuem, mas também pouco vi e acho que não me cabe ousar criticar. Contudo, tiro-lhe o chapéu com o uso que deu a esta personagem. O major é um velho pérfido, sempre atrás de cuequinhas de menininhas e só o olhar de predador a planear apanhar a presa me repulsa.

Mas não há como destacar uma interpretação, sem desmerecer todas as outras. São todas deliciosas! Como fazer jus a todas? Desde as principais, ás secundárias e mais secundárias ainda. As histórias que as envolvem são tão cativantes, que as projectam. Mesmo inexperientes actores e estreantes com muita falta de jeito, tudo se encaixa tão bem que não importa.

O senhor Ataliba Tibó, sempre com uma boa performance por parte de Paulo Gorgulho, é uma das personagens que são como o vinho: quanto mais tempo passa, melhor ficam.

O mesmo para a Ilka Tibiriça de Cássia Kiss. Imagino só o prazer que deve ter sido interpretar aquela figura e os seus traquejos!

José Wilker consegue ser um perfeito que sabemos corrupto, ganancioso e envolvido em podres escabrosos, mas projecta aquele charme de “malandro” que acaba por ludibriar o povo com galanteios. Tem o lado de pai, que é sensível e amoroso, e o lado de homem, que ama uma mulher. Muito bem construída a personagem.

Temos também Marcos Winter, um actor que acho que merece mais reconhecimento que aquele que parece possuir. Algo mais proporcional ao talento que já mostrou nos papéis que fez na Tv. Faz uma dupla inquietante com Joana Foom, que interpreta uma vilã que nada fica a dever à sua Perpéctua em “Tieta” no que respeita à malvadez, mas que tem identidade própria que nem dá para lembrar que uma e outra são interpretadas pela mesma actriz.

E o Chico da Tirana? Uma personagem secundária, mas que tem ali uma interpretação de Tonico Pereira que é fantástica. Aliás, são todas! É mesmo necessário frisar que nesta dissertação alguns ficam de fora. Como Rubra Rosa, a perua que se acha o máximo. Sem classe, sem educação, e com vestimentas que revelam a sua vulgaridade, produz-se dessa maneira achando-se a mais formosa de todas. Ama o marido, diz adorar o filho, mas anula-os e não dispensa sexo tórrido com o amante. E conheci eu depois da novela jovens iguais a esta personagem, todas uma a mais do que gostava de ter conhecido!

A MELHOR TELENOVELA

Como vem explicado, se tivesse de eleger a melhor novela do meu tempo, seria Fera Ferida. Curiosa a respeito das opiniões alheias, levantei uma pesquisa a este respeito e aos poucos, fui percebendo que PANTANAL e POR AMOR são as novelas mais mencionadas.

Devo dizer que me agrada estas escolhas porque, de facto, PANTANAL será sempre a melhor novela em muitos sentidos e POR AMOR também. A primeira é detentora de um fascínio hipnotizador, que nos faz envolver vezes sem conta na história daquelas personagens que já tão bem conhecemos. Estou sempre pronta a rever a Juma, o Jove, aquelas paisagens embaladas pelas melodias de Marcus Viana. Aliás, acho que fui conquistada primeiro pelo som, depois pela imagem! E claro, as personagens.

O que penso de Por Amor já está aqui noutro tópico. É uma novela fenomenal, com situações muito bem exploradas pelo autor e com interpretações fantásticas. É uma Bomba!

Temos o tesouro, a magia e a bomba.


English Version:
Is time to elect the best brazilian tv soap ever. A task that used to seam impossible to me, suddenly became possible. That happened when I re-seen Fera Ferida. It became clear this is the best of my time. Why?

Because is a treasure. It as a large range of characters that actually makes the plot richer, instead of weakening it, what is more common to happen. This characters are very well interpreted by the actors to the minimum detail. That’s why it’s the greatest!

THE BEST EVER GENERAL OPINION:

Curious about other’s people opinion, I lanced this question to the web public and realized the more referred soaps are PANTANAL and POR AMOR. I must confess to be satisfied with the choices. Competing head to head, the “winner” as soon is one as is the other. Both get in first place. And I agree. Pantanal will always be the best soap ever. It has a charming to it, almost a hypnotising ability, in witch the music gets to you first, and then the sceneries and characters enter to the kill. Is a great tv soap, intemporal. I’m always ready to watch it again. About POR AMOR, I’ve already wrote here why I found it to be a great soap. Also intemporal its strength is to be powerful. It’s a bomb!

There you have it: the treasure, the magic and the bomb!

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domingo, 4 de novembro de 2007

INTERCÂMBIO - Tópico para o Leitor

Caros leitores,
conforme vem explicado ao lado, lanço um tópico para que sejam colocadas questões relaccionadas com tudo o que diga respeito a telenovelas que marcaram a nossa vida. Com isso espero encontrar questões do tipo "tem imagens da novela X?", "sabe quem interpretou o papel Y?", "qual a música de H?" - entre tantas outras questões relaccionadas que podem surgir.

Por isso já sabe. Aqui tem a oportunidade de vir a encontrar algo que procura e que talvez exista para partilhar. O tópico será sempre este do mês de Novembro. Você só tem de estar atento e arriscar. Ficarei a aguardar. Aproveite.


English Version:
Dear readers, as you can see being explained on the side, this topic is for you. The objective is to provide an interchange of information. For example: if you’re searching for something related with Tv soaps, meaning with this, a certain brazilian soap, or the name of an actor or some music, here is were you can post it. And who knows? Maybe what you’re looking for is something I got! Enjoy it.

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VIRA-LATA Vira-Sucesso


Já aqui falei desta novela. Vira-Lata, escrita por Carlos Lombardi a seguir a “Quatro por Quatro”. Foi para o ar em Portugal e no Brasil no ano de 1996. Mas um fenómeno diferente ocorreu nos dois países. No de origem, um fracasso, no “irmão” um sucesso. O mesmo produto, recepções diferentes. O que realmente contribuiu para a disparidade?

Neste Blogue gostava de ouvir a opinião de terceiros. Por isso invoco a vossa contribuição. Quero saber onde a viram e o que acharam. Em que condições a novela foi para o ar, que possam ter contribuído para a forma como foi recebida? Escrevam e contem, pois tenho curiosidade. Percebo que existem fãs da mesma que ocasionalmente, aqui e ali, procuram rever algumas cenas.

Já expliquei que em Portugal a novela sofreu três mudanças de horário, sendo que as últimas serviram já para conduzir a audiência que estava a receber para o horário em que a necessitavam. Mas ainda não disse que só comecei a acompanhar esta novela quando mudou para o horário do almoço, já a uns capítulos avançados. O que não é meu hábito. Vi os primeiros, que passaram, se não estou em erro, num horário nocturno de fim-de-semana, e não gostei. Existiu uma sequência de helicóptero envolvendo a personagem “Lenin” que foi absurda: num momento estava pendurado neste, no outro caminhava em solo firme. Também existiu uma certa imperceptibilidade de diálogo, rápido e muito expressivo, que perturbou o acompanhamento. Tudo isto fez-me desligar de Vira-Lata. Até um dia ter chegado a casa para almoçar, ter ligado a TV e não ter conseguido deixar de a ver.

Então, é o horário o factor mais importante? Existiu alguma alteração de texto ou direcção nesses poucos capítulos de avanço? O que aconteceu no Brasil? Que faixa etária de público mais agradou?

Respondam dando as suas impressões pois é uma questão interessante.

PS: No entanto me apetece referir que, mais agora do que quando estava envolvida a assistir a história, me parece existir pouco à-vontade entre os actores Marcelo Novaes e Carolina Dieckman, o par mais romântico da história. Principalmente da parte dela, ainda muito crua como actriz e com falas por vezes imperceptíveis, denoto um certo pouco à-vontade com cenas íntimas ou nas que surge em lingerie ou embrulhada numa toalha http://br.youtube.com/watch?v=DzGXMtWOVs0. Fiquei até com a impressão que se dependesse da vontade de outros, a heroína apareceria mais despida. Talvez o impedimento maior, além da falta de vontade, fosse a idade. Penso que Carolina atingiu a maioridade a meio das gravações da novela. Ainda assim, passando-se a novela na praia, seria naturalíssimo ver a personagem em fato-de-banho! E para estar vestido adequadamente na praia não é preciso ser-se maior de idade.

English Version:
I’ve already spoke about the soap “Vira Lata”. Written by Carlos Lombardi after “Quatro por Quatro”, it went on air both in Portugal and in Brasil in 1996. But different phenomena occurred. It was a success in the recipient country and a failure in the country from origin. What happen?

I’ve already explained the soap suffered three schedule changes in Portugal, but haven’t said I didn’t enjoy it the first time I saw it. I believe, if I’m not mistaken, it first went on air on weekend’s nights. The first episode showed a confuse non-sense sequence with the character “Lenin” hugging from a chopper and immediately after running inside a building or something. It killed my interest. I’ve only started to watch this soap one day, after arriving home to make myself lunch and switched on the television. I got hook.

In this Blog I’m interested in hearing about other people experiences. What is your opinion about this soap? Is schedule that important? How was Vira Lata received in Brasil? What do fans think about it? About what age were they in?

Please leave your opinion here.

PS: about this soap I still feel the need to refer that I find that the couple of actors who interpreted Deu and Renata, the most romantic pair of the story, were not very in tune with each other. Specially her, who was still very raw in acting skills. It seems to me that she is uncomfortable with intimate scenes and the ones in witch she as to be in less clothes. ( Humm… a beach oriented soap that never showed this character in a biquini….). Maybe she was not still at age, maybe… or not. Although I believe that if it depended on other people’s will, this main character would have showed herself less uptide and more within the soap spirit.

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sábado, 3 de novembro de 2007

Por Amor - novela



Há novelas que melhoram com a idade. É o caso de "Por Amor".

Estive a rever dois episódios riquíssimos em tramas e pude percebê-lo. Isso se deve não só à novela mas como ao receptor. Nós também envelhecemos, colectamos mais experiências e então interpretamos as mensagens da história através da sensibilidade de um maior número de nervos sensitivos.

Quando "Por Amor" foi para o ar "Milena" era a personagem que mais atraia as jovens da minha geração, sendo que muitas se inspiravam nela para viver as suas relações amorosas. Pessoalmente não cheguei a esse ponto. Até porque a beleza de "Por Amor" é ser rica em todas as histórias de todas as personagens. Em comum com "Milena" só tive um pouco da sua situação familiar - decerto a parte não invejável por entre aqueles que admiravam a personagem e copiavam o seu estilo de "moleca" adulta. Esta característica rica da novela é o que lhe faculta uma áurea itemporal. Em "Por Amor" são explorados temas de uma variedade surpreendente. Isto permite a qualquer indivíduo se identificar com vários pontos da trama, por já ter passado, estar a passar ou poder vir a passar por situações idênticas ou semelhantes. Eis alguns dos assuntos explorados:

1) A família Dupla - nas figuras de Sirléia, Catarina e Nestor
(veja em:
http://br.youtube.com/watch?v=2xebPwM0_dc)
2) Abuso Psicológico a filhos - nas figuras de Branca, Milena, Leonardo e Marcelo
3) As Amantes - na figura de Isabel e Sílvia
4) O homossexualismo no casamento - nas figuras de Virgínia e Rafael
5) O amor Doentio - Na figura de Laura
(ver em:
http://br.youtube.com/watch?v=ApIT_iNJG90)
6) Amor Maternal - em Helena
(veja em:
http://br.youtube.com/watch?v=AdnZdPtL3Pk)
7) Atração pelo marido de amiga - em Flávia
8) Imaturidade no Casamento - em Marcelo e Eduarda
(ver em:
http://br.youtube.com/watch?v=R-Kg4D9op4E)

Considero todos estes tópicos interessantes para serem debatidos. O modo como o autor nos apresenta estes quotidianos é feito de uma forma tão natural que é mesmo necessário reflectir. Sirléia, por exemplo, a mulher que aceita a traição do marido por ter 50 anos, não trabalhar e para isso ter sido educada, necessita de ser "acordada" pela jovem filha, aqui interpretada de forma ainda muito crua por Carolina Dieckman. Até mesmo a mãe, D. Leonor, aconcelha-a a relevar, porque todo o homem trái. E assim o autor explora este tópico atravessando-o pelas gerações. É muito inteligente.

Laura é uma personagem toda especial. A vilã da história não passa de uma doente com uma obsessão: Marcelo. Ela anula-se, não tem auto-estima, só sabe funcionar naquele modo. Mas é um óptimo empecilho entre a relação de Eduarda com o marido. Por sua vez, este casal jovem e imaturo, consegue passar a mensagem do que é um casamento nesses parâmetros. A interpretação dos actores está bem conseguida, na medida em que, mesmo a brigar e no meio de um divórcio litigioso, ambos conseguem passar ao espectador a atracção mútua que sentem, dando assim esperanças que talvez dali a uns tempos os dois se acertem.
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Isabel e Sílvia são as amantes. Mas diferentes. Uma é independente e totalmente dedicada ao trabalho, sendo uma profissional bastante eficaz, que ás tantas se revolta com a sua condição de solteira mal amada, lutadora, trabalhadora mas pobre e decide viver as regalias de amante. Uma personagem interessante, bem interpretada por Cássia Kiss a quem o autor fornece diálogos fascinantes. A outra chegou a essa condição ainda menina, ao engravidar de um homem mais velho, casado e com filhos, acabando por aceitar com normalidade o que o destino lhe colocou na frente. Não lhe faz impressão dividir um homem com a esposa, nem saber que este almoça numa casa e janta noutra.
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Temos também a fascinante e assustadora história de Rafael e Virgínia. Formam o casal perfeito. Com demonstrações de afecto e carinho constantes, um casamento duradouro, filhos adolescentes, dinheiro e um negócio bem sucedido. Mas quando o marido decide se aposentar, Virgínia não vai tê-lo só para si, para viverem ambos a sonhada aposentadoria de luxo e conforto com que muitos sonham. Rafael esconde de si mesmo um segredo e é nessa altura da vida que o deixa sair do armário, ao conhecer e se entregar a um amor homossexual. A família vai sofrer muito com o desmoronar de tudo o que conheciam até então. Finalmente, o amor que Helena sente pela filha. Um amor protector e altruísta. Helena é mesmo o tipo de mãe que se põe diante de um camião para ser atropelada no lugar da filha. E assim sendo, quando esta sofre o trauma de perder o filho recém-nascido e ver as suas trompas laqueadas em consequência do parto complicado Helena, que está também a ter outro filho, opta por assumir a maternidade do nato-morto, colocando o irmão nos braços da irmã para ser criado como filho. Quando o casamento de Eduarda e Marcelo está a extinguir-se, a custódia da criança é muito disputada e Helena vai sofrer várias acusações e privações das quais não consegue se aliviar.

Ainda temos Flávia, melhor amiga de Helena que não consegue disfarçar a atracção que sente pelo marido desta, sendo que aproveita a oportunidade assim que os dois se separam. E finalmente surge Branca. A grande matriarca da família do núcleo nobre (pobre só empregada né?). Branca dita as leis em casa. Tem uma preferência óbvia pelo filho mais velho, Marcelo, a quem trata bem e mima incondicionalmente. De resto, trata mal o marido e os restantes dois filhos, Milena e Leonardo. Se faz de tudo para fazer a filha se sentir inútil, o mesmo faz com o filho e o marido. Aliás, tudo o que faz é semear a discórdia e o conflicto, minando a auto-estima de Leonardo com constantes observações de pura maldade e recusando os gestos afectuosos e carentes do filho. Milena já está numa fase mais evolutiva na sua relação com a mãe. Ela não procura mais o seu afecto nem aprovação. Só quer ser livre e feliz e é exactamente isso que a mãe não permite ao conspirar contra o seu namoro. Branca "mina" a relação entre os elementos da própria família, fazendo com que o pai se mostre também tendencioso em relação aos filhos e fazendo com que os próprios filhos sintam entre si uma diferença de valor. A maneira como Marcelo trata os irmãos revela isso mesmo.

"Por Amor" é uma novela recheada de histórias perturbadoras. Todas bem escritas, bem executadas e representadas, que se desenrolam num cenário requintado e de luxo, talvez para equilibrar com um pouco de glamour as tramas que se desenrolam na vida de todas estas personagens.
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Ora veja lá um pouco e delicie-se:




Faça o DOWNLOAD complecto da excelente Banda Sonora desta novela em:
http://rapidshare.com/files/15577787/Por_Amor_Nacional.rar

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sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Porque Gostamos de Novelas?

Como todo o produto artístico que se exprime com imagens em movimento, as novelas tendem a mostrar uma realidade de fantasia.


Nas novelas, existem sempre os ricos e os pobres. Qualquer pobre vê a sua vida se cruzar com um rico e começa a sua ascenção. O vilão interesseiro, como a Fátima de Vale Tudo, procura a ascenção por casamento. As heroínas sobem há custa de muito trabalho. Seja como fôr, dificilmente a pobreza extrema ou mesmo mediana das novelas, deixa de ser retratada de uma forma saudável. (http://br.youtube.com/watch?v=5snv_ApIWk4)

O pobre não tem dinheiro, mas possuí o bem mais essêncial: dignidade, honestidade e são bons pais e filhos na família. Em compensação ao rico não lhe falta dinheiro, mas lhe falta tudo o resto: bom carácter, amor, amigos, uma família unida. No geral estas são as mensagens das novelas. E por isso gostamos delas. Porque entramos na fantasia. Porque a vida não é assim e através das novelas é igual para todos.

Outra realidade comum das novelas é fazer justiça, mais que não seja, no último episódio. Existem finais felizes para todas as pessoas de bom carácter e não tão felizes para os vilões. Embora a tendência da década, desde o final escolhido para "César e Fátima" em "Vale Tudo", é deixar os vilões a continuar as suas artimanhas noutro lugar e privá-los de toda a riqueza e bens adquiridos imoralmente.

Enquanto tivermos a capacidade de sonhar e acreditar numa vida melhor, a novela terá sempre o seu espaço pois ela nos mostra as nossas fantasias, retrata-nos nas suas personagens, e faz a justiça que muitas vezes não temos na vida real.

English Version:

Like every artistic product that works with moving images, a soap opera tends to show us a fantasy reality.

Soap always has the rich and the poor. Both of these opposites collides with each other and the poor guy as always the opportunity of changing his status. For the rich the opportunity is to find out what family union is, what love is and what is important in life is people and not money. The villains do everything they can to achieve the rich status trough marriage or stealing and cheating. The heroes work they health out, suffer a great deal of deception and betrayal but in the end, they achieve every goal having kipping their integrity. The villains, by other hand, are punished, disposed of there immoral richness and let to star over again, since a new tendency of letting villains go free and without suffer a sever punish started when “Fátima and César” from “Vale Tudo” got their imagined happy end.

The soap will always have it space within us, as long as we keep our ability to dream, to believe that a better live is stored for us.

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