Novidade

Este blogue mudou-se. Está agora no facebook. Um dia voltará a viver no blogger, numa casa nova e moderna. Até lá, boas novelas!
Para TODOS os fãs de telenovelas Brasileiras e Portuguesas espalhados pelo mundo.
Portuguese blog about Brasilian/Portuguese tv soaps for fans all over the world.

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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Windeck - novela angolana na RTP1

Windeck é, desde há três semanas, a nova novela angolana com alguns actores de Portugal a ser exibida na RTP1. Praticamente a sua estreia não foi divulgada, o que não é novidade no canal estatal. Veio ocupar o horário de Éramos Seis, logo após o telejornal da uma e relegando esta segunda para uma exibição posterior e de duração cortada para metade.

Windeck, pelo que vi, tem um bom texto. O texto é bom, o que fazem com ele nem por isso. A história não tem nada de especial. Homem, mulher, disputa... Nada de novo. Tenta dar um ar "moderno", avançado mas se funciona ou não só lá em Angola poderão dizer. Entre uns bons e outros mais ou menos, o produto surge, aos meus experientes olhos noveleiros, como algo que se vê sem prestar atenção à história. Vê-se para rir. Porque às tantas, aquilo dá mesmo piada. Seja pela forma como os atores apresentam o texto com menos credibilidade ou com excesso dela. Há momentos comecei a gargalhar, e não foi por maldade, mas numa cena em que uma mulher tem de ser enciumada, a interpretação não é credível e é exagerada, com o cabelo da peruca a balouçar e as mãos de unhas pintadas de cores garridas a serem lançadas constantemente à cabeça. Acho que ri a bom rir por um minuto e meio! Só à conta desta cena.


Em termos de imagem, tenta inovar, apostando como sempre, em cenários luxuosos, pessoas com dinheiro e sucesso e nas "gajas boas", nas figuras femininas de cintura exageradamente fina - no caso desta novela, altas, como se saídas de uma passarele. Os gajos já não: podem ser o que quiserem: gordos, baixos, carecas ou mais geitosinhos. Elas forçadamente têm de sofrer uma transformação "americana", com vestidos que se querem modernos (nem sempre conseguem e alguns parecem que sairam da década de 80 diretamente da série O principe de Bel Air), cabelos frisados esticados ou em cachos, maquilhagem qb, luxo à sua volta como requer um bom folhetim e tudo o que a sociedade ocidental "estipulou" como desejável para todas as mulheres. (Uma nova forma de mulher-objecto). Imagino se, lá em Angola, que não conheço sem ser por ouvir falar e da boca de conterrâneos, uma sociedade que ainda tem raízes muito profundas em estilos de vidas mais simples e em que um homem pode ter não-sei-quantas mulheres além de outros hábitos culturais relacionados com práticas do oculto, imagino eu um desses homens a ver esta novela. Será que segue a história ou simplesmente está ali para ver as mulheres bonitas?

Seja como for, Windeck tenta dar esse passo e romper na medida do que pode, com o passado, rumo à inovação. A fórmula não me parece nada nova, mas o esforço está lá. Preferia - mas isso sou eu, uma história bem Angolana, real, verdadeira. Uma que mostrasse bem aquele "chão", a sociedade e os novos desafios, que revelasse tudo o que por lá passa e se deixasse de agarrar tanto ao glamour e histórias de fantasia. Algo romântico sim, porque novelas é isso mesmo, mas também cru, real, verdadeiro. Uma espécie de "Pantanal" da verdade Angolana.

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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Dancin Days Portugal - as discrepâncias

Deixei de ver a novela Dancin Days faz muito tempo. Não me sobrou paciência para assistir ao esticar das histórias de vai-e-vem de casais...  Ainda tem o agravante da personagem principal não estar bem conseguida e sendo assim, fica difícil de ver durante mais tempo após o ponto de saturação. Abandonei o visionamento gradualmente, assistindo a um episódio "quando dava" mas ainda antes do 100º episódio. Ora, se já estava cansada de toda aquela enrolação antes do 100º e decididamente já no 120º, reparei que hoje foi para o ar o 226º episódio. Haja paciência!! Para nada mudar e estar a ver as mesmas histórias serem apresentadas continuamente e alternadamente. E não há meio daquilo terminar. Pelos vistos está tudo muito igual à altura em que abandonei a trama. Mesmo! Para quê, pergunto eu, tanta enrolação e tanta história repetida? E depois dois graves erros saltam à vista e torna ainda todas as fragilidades da trama ainda mais frágeis. Foi PENOSO assistir as personagens durante todo o RIGOROSO inverno, de vestidinhos de mangas curtas e cheias de calor, a falar de idas à praia em pleno Dezembro... com um vendaval de deitar abaixo árvores e destruir infraestruturas, as personagens "iam para a praia".... Isto não é o Brasil, lá é que é verão no Natal. Para uma história que se apresentou como portuguesa, esta falha é brutal e prolongou-se ao longo de toda a trama. A discrepância das estações continua e agora, que, acreditem ou não, chegou por cá a Primavera e os primeiros raios de sol começam timidamente e sem grande força a começar a substituir o frio, é que as personagens surgem de polos de mangas compridas, casacos com camisas abotoadas até ao pescoço e gravatas. Ou seja: agora que vem o tempo de "praia", vamos ver as personagens a prepararem-se para o Inverno. Quando chegar a Agosto, o pico do Verão, e esta novela ainda estiver a alongar-se como uma lesma na programação da SIC, então é que será Natal em Dacin Days! E provavelmente, para comemorarem alguma felicidade, as personagens ainda vão todas para um passeio na neve na Serra da Estrela.

Mas deixei para o fim a PIOR discrepância de todas. Aquela Carolina é criança que não cresce!!! Nunca mais gatinha, nunca mais caminha, não cresce. Ou melhor, tem um crescimento muito, muito lento. Calculo que o seu "nascimento" deu-se por volta de Julho do ano passado, no entanto a criança ainda nem palra, ou gatinha...  E mesmo os outros personagens parecendo ter uma passagem de tempo bem mais extendida, a pequena Carolina continua pequena, continua a andar no colo e no ovinho...  Uns casam, divorciam, voltam a casar, matam, são chantageados, voltam a matar, voltam a juntar, voltam a separar, casam, descasam, morrem, vão presos e saem da prisão e NADA da criança crescer.

Pode ter sido uma novela interessante no início mas acabou por se desgraçar. A protagonista não segura a trama e esta não tinha de ser esticada da forma que tem sido, só para dar algum share à SIC. Programas como a Casa dos Segredos 3, especial, A tua cara não me é estranha 3, 4, e até um Big Brother chegaram e se foram na concorrência. E NADA da SIC largar o osso...

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Chorar como uma Maria Madalena

Vocês leitores não sabem mas eu pertenço àquela categoria a que os outros chamam de "Maria Madalena". Porquê? Porque verto água com facilidade quando vejo televisão. Sempre fui assim desde pequena, sendo alvo de alguma gozação e piadinha por ter esta sensibilidade que leva às lágrimas. Mas também, assim como  sei chorar, também sei rir, e é me ouvir a dar risadas quando outros não encontram a piada (ou não a alcançam) naquilo que estão a ver.

O que também não sabem é que nas últimas semanas, tenho chorado durante todo um episódio da novela Éramos Seis. O episódio inteiro... se alguém me vir logo depois percebe que estive a lacrimejar, mas não sabem que fico assim por assistir TV. Um dia dei por mim a perceber que não existiu um dia de minha vida em que a lágrima não estivesse presente, eheh. É como se fosse uma alergia de Primavera: é inevitável. O que às vezes não se consegue é controlar estas emoções em público, como nas poucas vezes a que assisti a algum espetáculo ou TV na presença de estranhos. Acho até que nem deveria me conter, acho que faz mal mas a verdade é que para não revelar essa sensibilidade que é algo tão pessoal, as lágrimas são rapidamente limpas com a manga da camisa, ou começo a olhar para o alto a ver se a coisa funciona... É curioso.

Enfim. Mas tudo isto para revelar a capacidade extraordinária que os produtos de ficção têm de mexer com as emoções e o quanto nesta novela em particular - Éramos 6 - isso tem acontecido. "Fartei-me" de chorar nos últimos episódios! E nem é porque aquilo é para chorar. É porque é muito emotivo. É humano. São sentimentos, fragilidades, receios...


Éramos 6 é uma novela da SBT datada de 1994, com uma trama familiar, numa adaptação da obra literária que Maria José Dupré brilhantemente escreveu em 1943, já adaptada anteriormente para TV três vezes. (1977, 1967 e 1958) e certamente continuará a ter essa distinção por largos anos. Quando a vi pela primeira vez, lembro de a achar ligeiramente parada. Mas não é. Eu é que era jovem e apreciava melhor acções dinâmicas. Uma novela destas é como o vinho do porto: com a idade fica melhor. 

De todas actualmente em exibição, esta é a que me agrada mais. Outras vejo também com interesse mas me proporcionam mais descontracção e menos emoção. Éramos 6 faz reflectir. Qualquer um se identifica com as questões ali abordadas. Eu vejo-a e penso no que seria viver naqueles anos 30, em São Paulo ou no Rio de Janeiro... ou aqui. Aqui tenho as minhas noções, as coisas mudaram mas não tanto assim. Aquele "Júlio" foi meu avô, bisavô, tetravô... Existiram muitas "Lolas" mas talvez não tantas quanto seria desejável e também algumas Clotildes, mais do que desejável, algumas Olgas, Emílias, Alfredos, Carlos e Julinhos... Enfim. Todas as personagens são reais. Deliciosas.

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terça-feira, 23 de abril de 2013

As personagens com as quais sonhamos ser nas novelas

Acho que é normal, no sub-consciente (ou nem tanto), quando as pessoas assistem a uma novela, terem personagens preferidas ora porque os actores são lindos, ou porque a personagem é maravilhosa, ou porque se identificam ou gostavam e ser como aquela «pessoa».

Se é verdade que nunca ninguém se revê no bandido, todos se gostam de rever nas «mocinhas» e mocinhos, nas heroínas romanticas e sofridas. Enquanto na adolescência, os jovens casais das novelas captam a atenção e fantasia dos jovens que os assistem, assim como provavelmente os casais mais maduros captam a atenção dos casais mais maduros. Cada qual fantasia um pouco. "Acho que eu sou um pouco assim" - pensam para si mesmos.

Ora, já alguém parou para pensar QUEM realmente seria numa personagem de novela? Vou buscar como exemplo Avenida Brasil. Todos gostariam de ser o Tufão, grande jogador de bola, ricaço a viver às custas do dinheiro amealhado, mas aposto que ninguém se revê nele por ser um grande chifrudo. Logo, não escolheriam essa personagem para se identificarem com ela. Talvez escolheriam Jorginho, mas mais uma vez, por ser jogador de futebol e um rapaz que pega todas e que se dá com todos. Mas o lado da maluqueira dele aposto que dispensavam. 

Na vida real, digo eu, se calhar é esse lado «relegado» e pouco atraente das personagens ficcionais aquele que se aproxima mais da pessoa comum. O homem que leva o chifre da mulher ( e que também dá), o rapaz doidinho da cabeça que tem todas as miúdas atrás dele achando que aquele tipo «problemático» é deveras atraente mas depois se cansam...

É surpreendente perceber quem «somos» nas novelas que assistimos. Por vezes não somos quem gostariamos ser. Não somos os personagens principais e sim, coadjuvantes. Não somos os mais jovens, somos mais velhos, ou não somos tão velhos, somos crianças. Gostava de colocar o DESAFIO de me dizerem que personagens acham que são e em que novelas. E pensem nas que preferiam ser. Experimentem e depois, contem tudo!

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domingo, 21 de abril de 2013

Momentos forçados *2 - Avenida Brasil

No seguimento dos "momentos forçados" nas novelas - todos aqueles que não batem muito bem, quem reparou que naquele quartinho de empregada da Nina só não é possível escutar o que se diz e faz lá dentro quando CONVÉM?

Exemplo1: 
Nina e Jorginho entregam-se em paixão ou então discutem alto, gritam. Nunca ninguém os ouve! Aliás, em todo este tempo, ninguém alguma vez deu conta do rapaz andar por aquela bandas. 

Exemplo2:
Quando MAX manda assaltar a mansão e Nina activa o alarme, depois esconde Lúcio no seu quarto. A sempre desconfiada e atenta Zézé nem aparece. Terá tido uma noite de folga ou foi mesmo falta de credibilidade na história? Nina já havia dito que o quarto dela era mesmo ao lado e ela tinha sono leve...

Exemplo3:
Quando Nina está a conversar com Max no quarto, falando alto, escuta a voz de Janaína gritando para que se apresentasse à patroa. Nina responde através da porta. Mas para escutarem os sons de Max lá dentro é que nada...

Exemplo4:
Carminha manda Zézé escutar atrás da porta a conversa de Nina com a irmã. Esta não tem muita dificuldade em as ouvir, tim tim por tim tim o que as duas conversavam no quarto, quase a sussurrar. Haja ouvidos!

Uns MOUCOS para não escutarem os sons da paixão e os gritos da discussão. Outros bem apuradinhos, para escutar uma agulha a cozer um tecido. Novelas...

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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Prémios revista CONTIGO!

A Revista "Contigo" (br) está a promover mais uma votação para eleger o melhor dos melhores em televisão de entretenimento, nas categorias de Melhor Novela, Melhor Actor, Melhor Actriz, Melhor ator coadjuvante, melhor atriz coadjuvante, melhor actor e atriz mirim e por aí fora... No total de 13 categorias, todas recaindo sobre as produções televisivas brasileiras, não só de programas da rede Globo mas de todas as outras networks também.

Eu já votei! Nas categorias que achei que podia, claro está, pois não tendo acesso a todas as mini-séries e prestações, torna-se injusto votar com base em critérios parciais. Mas todo a noção em si é um tanto parcial e sem sentido, pelo que mais vale «entrar na brincadeira». Aqui fica o link, caso apeteça ao leitor também dar uma opiniãozinha. E porque não revelar minhas preferências? Cá vão:

Assinalado com a cor rosa, surge a prestação preferida e a amarelo o piorzinho, porque sempre tem mais graça. Se concordar ou discordar, é favor comentar! :)

                                                                                      

    
    


   


 E é isto gente. Para alguns pode parecer injusto mas pesando o todo estas são as minhas escolhas. Um tanto injusto para aqueles cujas novelas não vi mas tendo em conta o "papelão" dos que vi e o todo do conjunto de personagens dos actores, deu nisto. É pra brincar...


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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Momentos forçados *1 - Avenida Brasil

Este post já está para sair faz tempo. A novela Avenida Brasil é das melhores que tem sido feita nos últimos tempos no registo contemporâneo mas, ainda assim, tem vários momentos em que a trama se desenrola com base em situações forçadas. Vejamos algumas sobre as quais tenho vindo a querer falar.

1- JORGINHO
E a sua memória prodigiosa.
Com que idade é que ele foi para o lixão? Eu digo: três anos. Mas ainda assim ele consegue-se lembrar da existência da mãe, do homem que seria o pai e também da casa, da arquitectura da casa, como das escadas, depois do cachorro... Como se não bastasse tudo isto, tem uma sorte para caraças: não é que descobre uma madrinha, depois o nome de baptismo e para cúmulo, no lixão está a sua roupa de bebé e o peluche, do qual se lembra. É aí que ele lembra que teve cachorro e como este era. Mas olhem só a sorte deste perturbado com o passado, que não acaba aqui. Ele logo de seguida entra em casa e está ali na sua frente um porta-retrato de Carminha, segurando o cachorro que ele acabou de lembrar. Associa logo uma coisa à outra. Isto é um momento forçado. Carminha rica ia guardar uma foto dos tempos em que era jovem e pobre a segurar um cachorro e ainda por cima mandar emoldurar no meio da sala. Tudo o que levou à descoberta de Jorginho foi forçado demais.

2- NINA
E a sua incapacidade de reunir provas incriminatórias mais cedo
Nossa! Com acesso a dinheiro, esperta, capaz até de se meter no meio de um sequestro sem ser detectada e ainda sair com metade do dinheiro que ia servir de resgate, é um feito! No entanto, a esperteza não lhe serviu para comprar um telemóvel com câmara de filmar... Tentou fotografar Carminha a beijar Max mas enquanto pressionava o obliterador, o momento passou! Tadinha... Teve de ralar mais 80 capítulos para conseguir alguma coisa. É que nem se lembrou de colocar minúsculas câmaras de vigilância nos locais de rendezvous dos dois namorados. Não tem cabimento.    


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