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Este blogue mudou-se. Está agora no facebook. Um dia voltará a viver no blogger, numa casa nova e moderna. Até lá, boas novelas!
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quarta-feira, 22 de junho de 2022

Pantanal sem Tuiuius só vegetação

 

A impressão com que fico ao ver este remake de Pantanal é que a região em si continuou a sofrer grandes impactos ambientais, estando hoje, 30 anos depois, muito vazio da natureza que a habitava. 


A novela mostra exteriores onde só se vê vegetação e água. Aves a cruzar os céus? Nos ramos das árvores? Jacarés a ondular a água? Isso não aparece mais.

O que se vê? Um bando de árvores secas, mortas, retorcidas. 

É isto o Pantanal?

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sábado, 18 de junho de 2022

Remake de Pantanal: O que deveria ter mudado

 

Há trinta anos não haviam muitos telemóveis nem a tecnologia de que dispomos hoje. Fica bem, aqui e ali, o remake da novela Pantanal introduzir essas mudanças - fazendo a pálida e esquisita pretendente paulista de Jove entrar na sua conta do facebook e postar instagrams. 

Mas não basta isso para trazer a trama para os tempos de hoje. ENTENDER as personagens e dar-lhes um rumo mais consistente teria sido uma mudança mais acolhedora. 

IRMA é uma desgraçada. Tem força e é agradável enquanto a viver em S. Paulo, mas quando, por preguiça, o autor original decidiu mudar todas as personagens para o Pantanal - inclusive D. Mariana - Irma foi das que mais perdeu força. Ficou uma iludida, quase de doença, querendo voltar atrás no tempo. 

Mas o que o episódio do Remake de hoje me fez entender (ep. 34) é que, há 20 anos, nós não chegámos a saber qual o desfecho imaginado para Madeleine e José Leôncio. Porque a actriz que interpretou Madeleine PEDIU para abandonar a novela. O autor, ao invés de a substituir por outra, achou melhor MATAR a personagem. 

E assim, uma actriz MUDOU o ruma desta história que se tornou um MARCO nas novelas.
O que será que ela nos roubou?

Hoje percebi - pelo entusiasmo de José Leôncio ao informar a ex-esposa de que o filho está vivo - que os dois iam juntar-se novamente - graças a Jove. O impulso que o fez pensar nela foi AMOR. E o ciúme no olhar de Filó - por saber que ele NUNCA parou de amar a esposa, mesmo depois de todos aqueles anos. 

Era ESTA a história que nos estava destinada. E a que fazia mais sentido. Ia atar as pontas soltas, explicar porquê, em 20 anos,  e com outros companheiros, os dois nunca se divorciaram. 

Hoje acredito que MADELEINE e LEÔNCIO iam VOLTAR A FICAR JUNTOS.

Para mal da doce Filó - que Jussara Freire interpretou com tanta douçura, inteligência emocional e autenticidade. O ciúme de Filó por Madeleine - sempre presente, sempre nos olhos doces de Filó que entendia até o pensamento de Leôncio a pensar nela. 

Creio que a descoberta de que Tadeu não é seu filho - teria sido o ponto em que Leôncio ia esquecer Filó para sempre e aproximar-se de Madeleine. Filó acabou por mentir para ele por 20 anos! Para quem não gosta de ser enganado, a versão original simplificou e descaracterizou a reacção de Leôncio.  Ele devia ficar furioso, não grato. Continuaria a adoptar Tadeu como seu, mostrando assim que, mesmo sabendo-o não seu, o aceitava e o amava. Fazendo com que Tadeu, FINALMENTE, sinta a validação que procurou a novela inteirinha. 

MADELEINE e LEÔNCIO juntos - faz sentido para mim. Junta as pontas soltas da trama: porquê o casal nunca se divorciou, porquê continuavam a sentir algo quando se viam. Ainda que dissessem que era raiva - ainda era amor. Adulto, o filho dos dois ia UNI-LOS, não separá-los. 

Oh! Que pena que não foi esta a história original!
E uma pena que o Remake não tenha ousado alterar o rumo de algumas personagens, principalmente Madeleine.  

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quarta-feira, 15 de junho de 2022

Remake de Pantanal: nada a ver

 
Não foi só a PAIXÃO que tiraram desta nova versão da trama de Benedito Ruy Barbosa. Foi também a emoção. Aquele "olhar" especial, aquele "enquadramento" e principalmente, aquelas PAUSAS e SILÊNCIOS.

Ah, a falta que faz um Monjardim no comando!

Por vezes parece que os actores estão a citar um roteiro. Um guião. As falas saem disparadas com a velocidade de uma trama dos tempos modernos - influência dos seriados médicos e dos dramas americanos. Não fica bem no Brasil de fala arrastada e mansa...

A primeira versão entendia isso. 
Esta segunda, até entretém. Vou ver com apreço. Mas a EMOÇÃO é o que mais faz falta na forma como a história está a ser contada. Todo o drama e dor que Claúdio Marzo deu quando julgou Juventino morto - não está lá. E eu que não gostei na altura, achei que não batia bem... gostava agora de ver aflição, desespero, angústia, dor, culpa - tudo o que Cláudio deu ao seu José Leôncio. 

Falta também CARISMA. 
Os interpretes até podem ser competentes para dar vida às personagens. Mas tem aquele mel na voz da Guta, aquele olhar de índia, aquele rebolar, e, principalmente, as PAUSAS. Não só nos diálogos, como também nos sentidos. A música de fundo parece que invade todas as cenas, muitas vezes soa desnecessária. Também não é bem escolhida. A primeira versão tinha aqueles acordes, sons únicos que eram tão eficientes a demonstrar tensão, perigo, amor, medo. Esta versão tem um violino a tocar constantemente, quer seja perigo, tensão... Acabei de ver Guta confrontar Juma na sua tapera em busca de Joventino e aquele violino, a forma como o diálogo saiu rápido, sem termos tempo para absorver os pensamentos das personagens.... não fiquei convencida que Juma estava a proteger sua área, que mete medo. Ela fez tudo direitinho: quase a copiar os movimentos da primeira e carregando no sotaque. Mas faltou... uma pausa. Um olhar. Uma tensão no ar. 

Foi representado. Mas não foi sentido.

Convenceu. Mas não emocionou.

Acho que é isto a segunda versão de Pantanal. 

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sábado, 11 de junho de 2022

Tiraram a paixão (remake Pantanal)

 No episodio de hoje Guta confronta obpai com a existência da sua segunda familia. Ela desbobina tudo sobre a forma como descobriu: quase foi para a cama com o irmão.

Porém neste remake Guta não se mostra apaixonada. Diz que descobriu mesmo antes de ir para a cama com ele e que fugiu, ele nem ficou sabendo.

Se bem me lembro da versao original, o sofrimento de Guta deriva de ter se apaixonado de verdade por um homem, ser correspondida e aos poucos acharem muita coincidencia que os pais tinham coisas em comum. Quando se descobrem irmaos ficam.arrasados.

Mas AMBOS decobriam juntos. E Guta ia provocando Tenório, mandando indirectas, fala que sabe que ele tem outra familia mas nao diz logo como o descobriu.

No remake Guta perde força e vantagem. Afinal ela so queria ir para a cama com.um gajo. Não existia amor.

Mataram a paixão nesta versão.

Mas andam a anunciar que esta novela e sobre o AMOR. O AMOR é que move tudo.

Outra coisa que, por comparação, achei que ficou muito aquem foi toda a cena de Jove ser mordido pela cobra. Para que cobrir o rapaz de folhas ate lhe taparem o rosto e corpo? Para que mostrar o velho do rio? Ficou muito enrolado mesmo ao estilo Globo.

E o velho do rio? Aparece porquê? Na primeira novela esta era uma figura muito enigmatica. So aparecia quando queria. Aparecia quase como espirito. Com cenas que cortavam para o seu rosto em perfil. Era misterioso. Ao mesmo tempo intimidava.

Acho este velho do rio mais fraco nesse aspecto.

Jose leoncio tambem me pateceu bem mais tranquilo aquando recebe a noticia de aue o filho sumiu e provavelmente esta morto. 

Gosto de ver a novela mas o que de mais valor existiu na manchete - é o que estão a negligenciar mais na globo: a emoção que motiva as personagens. E a forma de o mostrar.

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sexta-feira, 10 de junho de 2022

REMAKE PANTANAL

 

Está no ar na SIC, no "belo" horário da meia-noite. 

Ao contrário do que pareceu ser a previsão de uma maioria, aquando a notícia de que a Globo ia fazer um remake da clássica Pantanal (Manchete) não achei que ia "estragar um clássico". Não achei que ia fazer pior e falhar. Temi, no máximo, que não conseguisse desligar-se daquele "padrão Globo" - que faz todas as personagens parecer que sairam de um salão de beleza e enquadra os planos de uma história quase sempre da mesma maneira. Tirando esse temor, achei que podia dar certo. 

Depois começou a debater-se qual versão seria melhor. Mais uma vez, impor que uma tem de ser melhor que a outra, não faz sentido. Comparações são naturais de surgir. Preferências na forma como se mostra uma cena ou um ator interpreta uma situação. Mas definir que só uma pode ser boa é muito limitado. É a mesma história, mas recriada em épocas distintas. Ambas podem ser boas. 

E não é isso que se quer? Ter uma história bem contada?

Romeu e Julieta, Amor e Preconceito - há histórias contadas vezes sem conta e não é por isso que perdem para o seu original - perdido no tempo. 

PRIMEIRAS IMPRESSÕES

A primeira impressão começa pelo genérico (abertura). Gostei. Recorre à tecnologia que não estava disponível na altura, é todo digital mas está ali escarrapachado o Pantanal que a história quer contar. Pegaram a música do grupo Sagrado Coração da Terra - Pantanal, deram uma re-leitura e temperaram as imagens com essa melodia. Está bem feito. Não temos mais a mulher nua a virar onça - mas não tem importância. Está um genérico contemporâneo. Qual o melhor? Mais uma vez, essa questão não faz sentido. São ambos bons e cada qual pertence ao seu tempo. Se for a ponderar todos os "ses" - vou dar mais valor ao primeiro. Porque TUDO na primeira novela foi mais DIFÍCIL de fazer. Foi um trabalho pioneiro, arriscado, desconhecido. Filmar no Pantanal? A Globo recusou a novela por isso. Portanto, nada nem ninguém pode retirar da Manchete e da novela de 1991 esse marco, essa conquista. 

Se para a versão de 2022 muitos atores lutariam para ter um papel nesta novela, é porque ela já vem com o rótulo de "vencedora". Mas em 1991 ninguém fazia a mínima ideia de como a novela ia singrar na opinião do público. A verba era reduzida. O patriocínio difícil. O amor à arte, a visão de um realizador, o acreditar com paixão na história, o empenho de actores - levou-a para a frente.

Preocupações que não existiram para a versão de 2022. 
A novela mais recente já sabe que vai ter um guião de sucesso. Tem até as cenas todas filmadas, a posição das cameras e dos atores em determinados momentos - que já constatei ser, em muitos casos, um copy-paste das decisões tomadas pelos realizadores há 31 anos. 

Trinta e um anos gente! Nossa! O tempo voa!

Nesse tempo, o que realmente quero saber é COMO ESTÁ O PANTANAL?

Se na altura já se falava na importância de preservar aquele refúgio ecológico, o que lhe aconteceu nesse tempo?

Pelo pouco que a nova versão mostra da zona, sinto-me desapontada. Não vejo o esplendor, a peculiaridade da natureza. Vejo mato. Igual a mato em qualquer outro lado. Aquela cena fantástica que o Jaime Monjardim nos mostrou no seu "Pantanal", da ponta do barco a cruzar as águas e subitamente as cores das mesmas vão mudando para o vermelho, laranja, amarelo, dourado e transparente, até bater no areal... não vejo mais. 

Não vejo as garças a voar. Não vejo o crocodilo a espreitar nas águas. Não SINTO a presença da natureza nesta segunda versão da novela. Em imagens filmadas do céu, sim, dá para perceber a magnitude da área. Mas rasteirinho.... nada. Tudo seco. Sem vida. 

Numa cena em que Juventino diz ao pai que quer ir visitar o Ninhal - este lhe responde que o ninhal ainda existe mas não é nada daquilo que era há uns anos. Juventino pergunta como era antes. E a descrição é mais grandiosa. 

Sinto que este diálogo representa a realidade do Pantanal, 31 anos depois do que já foi uma altura de alerta máximo e consciencialização. 

Isso é triste. 
............

Voltanto à novela, acho que tem momentos chave em que a escolha fica aquém do impacto do original. Vi a cena em que Juma rouba as roupas de Jove e Guta. Essa cena, que impunha alguma nudez, parece ter recebido um grau de censura maior. Ficou muito fraquinha. Não que quisesse ver os atores nus - queria mais autenticidade nessa nudez. Queria sentir o embaraço de Guta - ao invés disso estava bem desembaraçada. Queria perceber o interesse de Juventino com um plano próximo de rosto e um certo "olhar". Queria perceber que Guta nem se deu conta disso. Mas nesta versão ela até brinca que sabe muito bem porquê ele rondava a casa de Juma. Jove até lhe pergunta se ela está com ciúmes. 

O que sinto falta nesta versão são esses detalhes que enaltecem o sentimento vivido na altura. O olhar, a cumplicidade, o embaraço. Não basta reproduzir com detalhe a posição com que o casal faz amor nas águas e conversa à beira-rio. O que importa é a forma como essas emoções nos são transmitidas.

Outro exemplo no episódio 30 é quando Leôncio, que viajou a negócios, recebe no hotel um telefonema da fazenda. Na primeira versão, sempre me surpreendi porquê o actor decidiu entrar "em pânico" assim que foi pegar o telefone. Ele próprio diz: "desembucha logo! Aconteceu alguma coisa com o meu filho?" - parece que estava a adivinhar. Agora percebo. Ele SABIA que só algo muito grave ia fazer com que a fazenda o contactasse. Logo, ele ADIVINHOU. A sua preocupação anterior com o filho em ir sozinho para o Ninhal e aquele telefonema... ele ADIVINHOU.

Nesta versão faltou esse "pânico", essa certeza que não queria ser confirmada mas vai ouvir o que receia, o horror nos olhos do pai que perdeu seu pai sumido nas matas e agora perdia o filho da mesma forma... A dor, o trauma a regressarem ao coração e à emoção. 

E eu que nem gostei muito da interpretação do Leoncio original, vejo agora que aqui ele foi precipitado mas entendeu bem o seu personagem. 
 

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quarta-feira, 8 de junho de 2022

VAMP - novamente no ar em Portugal

 


Vamp é uma novela escrita por António Calmon e foi para o ar em 1991. É uma comédia com vampiros. Está de volta em exibição no canal Globo Portugal. 

Está a ser uma delícia revisitar a história e as performances. Impossível não soltar umas risadas com o ridículo vampiresco. O fracasso das tentativas em morder pescocinhos e as tiradas fantásticas e canastronas. Destaque para Octávio Augusto e Patrícia Travassos - responsáveis pelas personagens mais engraçadas da trama a quem dão uma interpretação cheia de detalhes humorísticos. 


A família "do bem", os Rocha, são uma seca - vistos sobre uma lupa do tempo. Nada mais natural - as personagens certinhas são quase sempre assim. O capitão "lobo do mar" que parece pouco ou nada familiarizado com a arte, sempre correcto, armado em Popey tendo como parceira a sua "Olívia Palito" - Carmen, interpretada por Joanna Foom. 


E das crianças destaco a interpretação de Fred Mayrink - a quem calhou talvez uma das personagens do núcleo mirim mais complexas e ricas para interpretar. Acho que fez o "Pedro" de forma sublime, acima da média do que se via por ali - adulto ou criança.

O delicioso padre Eusébio inunda-nos com bondade e esperança. Características reconhecidas e valorizadas por "Jurandir" - intepretado por Nuno Leal Maia. Um bandido que se vê forçado a tomar a identidade de um padre para escapar de um bandido bem pior que ele. E que afinal, tem bom fundo. 

Natasha - a roqueira triste por se ter transformado numa vampira e Simão, o coalho - uma personagem da qual continuo a não gostar mesmo passados todos estes anos. Tem em comum com os Rocha a capacidade de falar muito sem dizer nada que não soe a propaganda. Aparece para esticar a trama quando falta tempo para desenvolver as principais. Toda a turma do circo não tem realmente qualquer finalidade na história, podia ser descartada. 


Tem o "anjo" Rafa - interpretado por Marcos Breda, que combate as forças do mal, aqui personificado por Vlad (Ney Latorraca). 

Uma história ainda bonita de se ver, que mantém o interesse exatamente pela crueza com que foi conseguia, pela forma declarada como se homenageia mitos da arte, tanto de filmes de terror como cenas marcantes de filmes e videoclips. É uma novela feita com leveza para divertir, despretensiosa e com efeitos especiais de quinta, que só a tornam mais divertida de assistir. 

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face

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