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quarta-feira, 15 de junho de 2022

Remake de Pantanal: nada a ver

 
Não foi só a PAIXÃO que tiraram desta nova versão da trama de Benedito Ruy Barbosa. Foi também a emoção. Aquele "olhar" especial, aquele "enquadramento" e principalmente, aquelas PAUSAS e SILÊNCIOS.

Ah, a falta que faz um Monjardim no comando!

Por vezes parece que os actores estão a citar um roteiro. Um guião. As falas saem disparadas com a velocidade de uma trama dos tempos modernos - influência dos seriados médicos e dos dramas americanos. Não fica bem no Brasil de fala arrastada e mansa...

A primeira versão entendia isso. 
Esta segunda, até entretém. Vou ver com apreço. Mas a EMOÇÃO é o que mais faz falta na forma como a história está a ser contada. Todo o drama e dor que Claúdio Marzo deu quando julgou Juventino morto - não está lá. E eu que não gostei na altura, achei que não batia bem... gostava agora de ver aflição, desespero, angústia, dor, culpa - tudo o que Cláudio deu ao seu José Leôncio. 

Falta também CARISMA. 
Os interpretes até podem ser competentes para dar vida às personagens. Mas tem aquele mel na voz da Guta, aquele olhar de índia, aquele rebolar, e, principalmente, as PAUSAS. Não só nos diálogos, como também nos sentidos. A música de fundo parece que invade todas as cenas, muitas vezes soa desnecessária. Também não é bem escolhida. A primeira versão tinha aqueles acordes, sons únicos que eram tão eficientes a demonstrar tensão, perigo, amor, medo. Esta versão tem um violino a tocar constantemente, quer seja perigo, tensão... Acabei de ver Guta confrontar Juma na sua tapera em busca de Joventino e aquele violino, a forma como o diálogo saiu rápido, sem termos tempo para absorver os pensamentos das personagens.... não fiquei convencida que Juma estava a proteger sua área, que mete medo. Ela fez tudo direitinho: quase a copiar os movimentos da primeira e carregando no sotaque. Mas faltou... uma pausa. Um olhar. Uma tensão no ar. 

Foi representado. Mas não foi sentido.

Convenceu. Mas não emocionou.

Acho que é isto a segunda versão de Pantanal. 

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