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domingo, 15 de janeiro de 2012

Remédio Santo - os elogios em falta

Há muito, muito tempo que estou em falta com os «upgrades» sobre a novela Remédio Santo. Um pouco "maltratada" aquando os três meses de exibição do programa "Casa dos Segredos", teve um período de longa exibição após o término do reality show mas voltou à normalidade com a estreia de "Doce Tentação". Quer dizer... mais ou menos. Ao que parece já não é a primeira novela a ir para o ar, mas a segunda. Uma estratégia bem pensada porque se não quisesse continuar a ver Remédio Santo acho que não colocaria muito os olhos na outra.


Há muito que estou para vir aqui escrever sobre a excelente interpretação que Rodrigo Menezes faz na novela. Desde o início a sua veia cómica destacou a personagem, já de si muito rica e bem conseguida. Mas ultimamente tem andado ainda melhor. E se inicialmente o trio das irmãs Marias parecia-me patético, acho que mais para a frente as três interpretes conseguiram apanhar as personagens. Rejubilo com a prestação de Julie Sergeant, que está delirante nas suas tiradas e tiques. Tanto quanto contracena com a interesseira carpideira Evangelina (Patrícia Tavares) outra bem conseguida interpretação, como quando está com o seu «Zac bebé», as irmãs ou o Naná (Rodrigo Menezes). Estes dois em particular conseguem espremer todo o «sumo» das personagens e deixar o espectador sorver.




Mas há mais casos assim nesta novela. Margarida Marinho sempre tão poderosa surge aqui com uma Violante muito bem conseguida. É sabido que a atriz pediu ao autor para não carregar demasiado a personagem com dramas e cenas e, de facto, não precisa de estar sempre a aparecer para deixar uma forte impressão no ar. A sua personagem tem de falar espanhol e também fazer linguagem gestual. Sofia Alves é outra que está bem numa personagem que facilita por poder ser interpretada quase como uma caricatura mas acaba por ter algo particular.

SOBRE A HISTÓRIA que está cheeeeia de mistérios, ainda há muito a adivinhar. Nomeadamente quem é o assassino(s). Se continuar a morrer gente daqui a pouco renovam o elenco inteiro :) Deixou de se perceber se existiam cartas, pelo que não se sabe se só uma pessoa anda a cometer o crime.

Quanto a outros mistérios, diria que o sr. Presidente da Junta (Sabri Lucas), outra bem conseguida interpretação, é virgem. Para recusar ser íntimo com Amélia (Marta Melro), outra boa interpretação, aliada à sua conhecida fobia por germes e hipocondria, uma pessoa com estes sintomas pode muito bem nem conseguir beijar alguém na boca sem sentir repulsa pelos germes trocados no acto, quanto mais sexo...

A grande surpresa nesta altura da trama é descobrir o alto nível de vilanagem do carácter de Sara, a tão sofrida ex-mulher de Renato que trabalhou toda a vida como empregada doméstica para sustentar o marido e a filha. Também muito bem interpretada por Paula Lobo Antunes. Com esta mudança de carácter pode até ter virado uma potencial assassina.

E o que dizer daquela Maria Polícia (Rita Loureiro)? É um zerinho à esquerda! Uma policial que não vale um tostão furado e que, quando coagida, decide forjar provas para parecer uma grande detective que soluciona o caso dos assassinatos, acusando um morto. Mas o lado cómico desta personagem está na quantidade de vezes em que falha miseravelmente como policial. Na ocasião em que leva o sobrinho ao consultório médico e este passa tão mal que tem de ser levado para o hospital, a policial está tão distraída que nem dá pela agitação e saída dos médicos e do paciente. Noutra situação decide proteger a vida de Renato, acaba por adormecer no sofá sem acordar nem quando chamam por ela. Bem que bandidos podiam entrar e sair que ela não dava por nada.

Existem prestações que não acho por aí além bem conseguidas. Adriano Luz não me convence e é demasiado calado e imóvel perante determinadas acções dramáticas. Pode ser que o guião o dite assim mas se assim é não combina com ele e deviam ajustar ao intérprete. Sílvia Rizzo... como me irrita! Irrita-me a postura de inocente e vítima que ganha na história quando cometeu o maior acto de traição e vilania. Mas enerva-me também a sua prestação porque não lhe reconheço a necessária expressividade. Parece de plástico... uma mulher tão bonita mas que andou ali a fazer algo ao rosto que lhe estragou a boca e a expressão natural que esta teria. Por isso não consigo desviar o olhar dali nem acreditar no seu choro ou ódio. De resto de intervenções plásticas também Adriano Luz acusa algumas e a grande Manuela Maria, que faz de Jacinta.

Pelo meio desta história que tem quase um ano de exibição vou destacar também a inclusão de Joaquim da Garça (David Almeida) que faz o papel de um músico que é anão e vai tocar nos salsifreres das manas Maria, acabando por se apaixonar pela «excelentíssima Dona» Graça Monforte, interpretada por Simone de Oliveira.

MAS... E OS MISTÉRIOS?
Descoberta uma razão para andarem a matar todos com ligações aos Monforte, descobre-se o assassino. Ou talvez não. É que em novelas em que o autor nunca decide quem é o assassino não é possível seguir pistas, porque não as há. E se as inventassem só serviam para confundir e não levar a lado algum. É a única mudança na dramaturgia mundial no que respeita a trillers que lamento. Assim sendo a identidade do assassino tanto pode ser alguém DENTRO da trama, que faz sentido, como alguém fora dela. QUEM É O PAI DE SEBASTIÃO? QUEM FORAM OS PAIS DE CLARINHA E EDGAR? QUEM FOI A ESPOSA DE ZÉ TAVARES? OU OS PAIS DA SANTINHA DA LUZ?

Todos defuntos cujas mortes podem ou não estar relacionadas com as actuais. Mas ao menos um dos mistérios creio que posso disparatar um desfecho: os três potes da viúva Branca (Sofia Alves), que contém as cinzas dos falecidos maridos e que são «mágicas», visto que os ditos-cujos continuam a aparecer para cumprir as suas «performances» matrimoniais. Com quem vão ficar? Bem, temos 3 Marias solitárias atrás de um só Renato que gosta é de notas verdinhas. Além disso deve ser pai de uns 456 miúdos e miúdas, já que troca sémen por dinheiro. Três Marias, três Zés em potes. É só fazer a aritmética.


2 FEED-BACK -DEIXE OPINIÃO:

glb 1 de fevereiro de 2012 às 15:23  

Não sou o maior fã de novelas. Actualmente acompanho alguma coisa do Rosa Fogo, a doce Tentação e a brasileira. A minha preferência é por ordem crescente.

Comecei por acompanhar o "Anjo Meu" que achava interessante mas perdeu muito com a entrada de novas personagens que não se percebe o que andam lá a fazer.

A Rosa Fogo também é uma confusão mas ainda dou uma olhada.

Estou a gostar dos primeiros episódios do "Doce Tentação".

Nunca vi qualquer episódio inteiro do "Remédio Santo" e não sinto qualquer atração pela história e pelas personagens.

A que estou a gostar mais é da brasileira apesar de ter alguns excessos.

glb 1 de fevereiro de 2012 às 15:29  

A minha novela portuguesa preferida dos últimos tempos é sem sombra de dúvida o "Perfeito Coração" mesmo com alguns excessos do marido da Sara Barata Belo. As novelas que venceram o emmy não me convenceram porque penso que apenas analisam os primeiros episódios mas são prémios sempre bem vindos.

Acho que os autores deveriam delinear a história e não andar sempre a mudar a rota das mesmas.

A entrada de novas personagens deve ser para melhorar e não estragar.

Não se devem esticar as novelas em demasia e o horário deveria ser cumprido e não andar sempre a mudar.

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