Doce Tentação - 1ª semana
Tal e qual um Pedrito dos Alpes, Diogo Amaral, o protagonista masculino desta trama, vive algures numa zona remota, numa casa de madeira. É um rapaz (passado da idade) revoltado, pouco instruído, irado mas de bom coração. Diogo Amaral troca assim de papel com a sua namorada e desta feita é ele o «bronco» e pouco instruído do par romântico, papel que de resto já pertenceu a Vera Kolodzic na novela "Espírito Indomável". A sua personagem, tal e qual o avozinho da Heidi, tem o cabelo desalinhado, uma barba e bigode a condizer e veste sempre um colete.
No outro lado está a protagonista feminina, interpretada por Mariana Monteiro. Trajando um vestido folhado sempre amparado por um corpete/colete com cordõezinhos, a roupa, a lembrar o próprio desenho animado da Branca de Neve, fica-lhe muito, muito mal! Além disso aqueles «espartilhos» parecem ser desconfortáveis, pois a actriz quando se levanta ou se movimenta tem de reajustar aquele coletezito. Esta má escolha de vestuário até retira credibilidade à personagem como aliás, já havia acontecido com a «Zé» de Espírito Indomável. É possível recriar a partir desse conceito mas saber fazê-lo bem é que marca a diferença. Espero que com o tempo reajustem aquela escolha patética de vestuário para uma versão modernizada. Para uma miúda caída do céu, que não tem roupa própria, foi logo criar um estilo de uma época remota e importada, cujas roupas não se encontram em qualquer loja de esquina por ai, ainda mais num lugarejo qualquer algures no país.
Mas não são só as histórias recicladas a fazer lembrar os contos de fantasia da Walt Disney e o respectivo plágio do vestuário que faz «pecar» Doce Tentação.
Aos poucos vamos reconhecendo os rostos da maioria dos actores e percebe-se que bastantes deles fizeram também parte do elenco da novela "Espírito Indomável". Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove rostos... e mais um, e outro.... hi, tanta repetição! É demais. Tantos desempregados e a implorar por uma oportunidade e sempre os mesmos rostos. O exemplo mais flagrante é o de Pedro Lima. De pobre e simples passa a «rico e instruído» mas o seu papel na história é repetir aquilo que fez na novela antecessora.
Já aqui disse que a repetição não é tanto o problema tanto quanto é que o façam da mesma maneira e com as mesmas pessoas ou da mesma forma.
Uma Casa na Pradaria? Séc. XVII? Não! Mas parece... |
Quanto às melhores prestações, esta primeira semana parece confirmar as primeiras impressões do primeiro capítulo desta história em que a Branca de Neve e o Pedrinho dos Alpes se apaixonam, mas a madrasta má não vai deixar!
Sofia Ribeiro, Miguel Guilherme, a jornalista e também Pedro Lima são os que melhor conseguiram apanhar as personagens. Aquelas duas pindéricas que fazem mãe e filha (Jessica Athayde e Carla Andrino) entraram numa linha muito estereotipada que francamente não gosto nem acho piada alguma. Pode ser que com o tempo ganhem "unha" naquilo mas agora.... que frustrante é ver sempre a mesma coisa. Carla Andrino que esteve tão bem como doméstica em Espírito Indomável deve pensar que está a fazer um sketch dos Malucos do Riso.
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