Novidade

Este blogue mudou-se. Está agora no facebook. Um dia voltará a viver no blogger, numa casa nova e moderna. Até lá, boas novelas!
Para TODOS os fãs de telenovelas Brasileiras e Portuguesas espalhados pelo mundo.
Portuguese blog about Brasilian/Portuguese tv soaps for fans all over the world.

email desactivado por google devido a spam
alternativa: novelas para recordar npr arroba gmail.com

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Dancin ' Days portuguesa - melhores personagens (so far...)

Após um longo período em que se deu mais importância a histórias rurais e a realidades mais afastadas daquelas que correspondem à maioria da vida das pessoas actualmente, heis que surgem 2 novelas nacionais com trama contemporâneaDancin'Days (SIC) e Louco Amor (TVI) podem ter títulos de anteriores telenovelas brasileiras de sucesso feitas nos anos 80, mas nada têm de desactuais. 

Em Dancin'Days o que mais me impressiona em toda a trama é a forma ampla de abordar as diferentes realidades dos relacionamentos entre homem e mulher, desde os casados aos divorciados até os casais que se namoram, ou aqueles que andam no mercado em busca de namorar.   

Teresa Sousa Prado
Temos Teresa Sousa Prado (Cristina Homem de Melo), talvez a minha personagem feminina favorita  até ao momento, esposa de Francisco (Júlio César). Teresa tem a postura típica das mulheres bem criadas sob um conjunto de valores tradicionais dentro do seio de uma família de posses. Ela não tem profissão nem ocupação que não seja cuidar da casa e da família e talvez por ter tanto tempo livre, acaba por meter-se demasiado nas decisões de vida dos dois filhos adultos, Duarte, o diplomata que quer ser artista e Guilherme, que faz faculdade de Direito mas não sabe se é isso que quer. Teresa sente-se só e acaba por não ser valorizada, nem pelos filhos nem pelo marido, o qual quase nunca vê, pois este está sempre ocupado profissionalmente ou sempre de saída para o trabalho. Francisco trabalha no ministério Público, como juiz, parece-me. Ao final do dia Teresa também não vê muito o marido, sendo frequente este passar noites sem ir dormir a casa, por se encontrar "a trabalhar no escritório". De manhã, sozinha ou brevemente acompanhada à mesa do pequeno almoço, Teresa toma o seu comprimido para a tensão, enquanto vê os filhos irem às suas vidas sem terem também muito tempo para lhe dispensar mais atenção e sem demonstrarem muita paciência para as perguntas invasivas da mãe. E como nem tudo o que parece é, aquilo que Teresa dá como certo, está em risco de perder: a sua casa. Sem sequer sonhar, o marido deve muito dinheiro ao fisco e corre o risco de ter os seus bens apreendidos. A falta de dinheiro e a grave situação financeira é algo que Teresa desconhece. A sua maior felicidade é a casa onde habita com a família, o seu porto seguro, casa que herdou do pai e que tem estado há gerações na família.
Francisco Sousa Prado
Francisco não é um esposo fiel, como já deu para perceber e acaba por embeiçar-se por uma jovem, acabando por lhe dar presentes caros e por lhe prometer ajudar a realizar os seus sonhos para obter os seus favores sexuais. Na cobardia que caracteriza este comportamento típico do género masculino, ele mente constantemente e oculta a vida dupla e a situação de emergência económica em que colocou a família. Francisco também parece pouco habilitado de capacidades para dar a volta à situação. A catástrofe está eminente... Porém, como pai, Francisco não fracassa como acontece como chefe de família e esposo. Ele escuta os filhos e tenta perceber se estes estão felizes com as escolhas de rumo de vida que fazem, disponibilizando-se para os ajudar, mas não desonestamente, como se verificou quando o filho mais novo pede-lhe para meter uma palavrinha a um professor da faculdade por causa de um fraco desempenho seu num exame.  

Num outro extremo temos a família Galvão, outra com origens na tradição de um nome e no dinheiro. Encabeçada (mas só aparentemente) pelo patriarca Alberto Galvão (Igor Sampaio), esposo de Ester (Margarida Carpinteiro), Alberto é a minha personagem masculina predilecta com uma interpretação que considero perfeita.


Aqui o dinheiro já desapareceu faz muito tempo. A família vive enterrada em dívidas que o próprio Alberto contrai, a um ritmo quase diário, tanto em negócios falhados nos quais sempre se mete, como no jogo ou em compras supérfluas como um televisor plasma. Mesmo não tendo dinheiro para pagar a conta da água, a luz, o gás, mesmo sobrecarregando a filha que se mata a trabalhar e a pedir ajuda a todos para conseguir dinheiro para manter o pouco que ainda têm  - a casa onde vivem, ainda assim Alberto não é capaz de mudar de postura. Ele é um sonhador, que ainda se vê sem dificuldades financeiras e acredita mesmo que um dia vai criar algo no mercado que vai ser um tremendo sucesso e lhe vai dar prestígio e uma enorme riqueza. Mas enquanto o tenta sem contenções, vai submetendo a família a muita pressão e preocupações. 
Carminho
Carminho (Joana Seixas), a filha solteira, toma as rédeas e as responsabilidades para si e com isso o sonho de casar, ter casa e construir uma vida independente é adiada há anos. A família Galvão tem muitos problemas mas salta à vista que ninguém é individualista e ali todos dão apoio uns aos outros. Até a empregada Amélia (Catarina Avelar), que não perde uma oportunidade de dizer na cara do patrão e diante de quem estiver a escutar que este não lhe paga salário faz meses e fracassa em todos os negócios em que se mete, acaba por disponibilizar as suas economias para pagar uma das suas dívidas. Mas pelos vistos o afecto fala mais alto e isso é o denominador comum deste núcleo familiar, que é ainda composto por uma outra filha do casal, Áurea (Custódia Galego), casada com Aníbal  (Vitor Norte), mãe de dois filhos: Inês (Maya Booth), uma jovem  licenciada que vive para o trabalho num atelier de arquitectura com vista a construir uma sólida carreira e mal tem tempo para o noivo e Bruno (Diogo Carmona), de 12 anos. A juntar a todos estes vivem ainda debaixo do mesmo tecto Paulo (Henrique Gil), neto da empregada Amélia e Vera (Vitoria Dias), filha de uma prima de Alberto, que ficou órfã aos seis anos e foi acolhida pelo casal. Ao todo são 10 bocas para sustentar, ás quais se vai juntar a protagonista, Júlia Matos (Joana Santos), cujo dinheiro da renda de um quarto vai permitir à família subsistir. 

Áurea
E assim foquei detalhadamente as minhas duas personagens favoritas até ao momento, por toda a complexidade que as suas escolhas e relações como casal e a família se desenrolam em aparências, mentiras e dificuldades. Mas mais há para falar, como por exemplo Hernani Peixoto (João Ricardo), que vive a querer se aproximar da ex-mulher, que o apanhou em flagrante adultério dentro da própria casa e ainda é censurada por alguns por ter pedido o divórcio, ao invés de aguentar calada as traições. Hernani quer a esposa de volta não para deixar de ser boémio e vigarista, mas para ter uma empregada em casa e uma mulher fixa na cama. Ainda está por descobrir se lhe tem afecto genuíno. Outra coisa que está por descobrir é o que está mal na relação de Áurea e Aníbal. Os dois vivem frustrados e em constante picardia. Sabe-se que mais para a frente vai-se descobrir que Aníbal é, na verdade, um homossexual não assumido e Áurea também tem os seus problemas... Uma realidade que acontece para além das paredes de alguns lares, e que continua a fazer os seus estragos. 


Read more...

sábado, 9 de junho de 2012

Discrepâncias cénicas de Louco Amor

Salta-me à vista como as decorações dos apartamentos das personagens da novela "Louco Amor" são muito idênticas. A casa de Tomás tem uma decoração demasiado feminina. Está certo que foram ali colocados uns elementos para "disfarçar" mas no tudo e todo, em pouco ou nada se diferencia do apartamento de Berta (Bárbara Norton de Matos) e outros que por ali dão o seu ar de graça.

Pastelaria em Castelo de Vide

O café do sr. Óscar, situado em Lisboa, tem um aspecto a seu favor: um background com figurantes sentados às mesas, a fazer de clientela, coisa muito em falta no café de Hortense (novela da TVI Remédio Santo). Mas peca pelas portas. Onde já se viu um café com, não UMA, mas DUAS portas duplas de abrir? Que ainda por cima estão sempre fechadas. A menos que se trate de um café de beira de estrada, não é comum ver pastelarias de portas de madeira, opacas e DUPLAS, ainda por cima FECHADAS. Obrigar o cliente a abrir a porta, seguida de outra porta é o suficiente para ele ir a outro lado cuja porta envidraçada e transparente já se encontra aberta e convida a entrar.

Read more...

terça-feira, 5 de junho de 2012

Escalagem em novelas

Toda a gente sabe. Basta ver algumas novelas seguidas para se perceber que os actores que entram numa, entram noutra, formando novamente equipa com os mesmos produtores e directores. Existe um claro desgaste de imagem para o público e acho que a história também perde um pouco de credibilidade mas tirando isso, o fenómeno da ESCALAGEM dos mesmos actores não é muito de estranhar. Se formos a pensar que qualquer pessoa em qualquer ramo de actividade dada a possibilidade de escolha, faria o mesmo. Ia escolher trabalhar com bons profissionais e amigos. Mas não é esta a questão que vou levantar.   

Quando intitulei o post de ESCALAGEM, queria referir ao actor preencher os requisitos da personagem. Porque temos de ser realistas: se um papel exige determinado tipo físico, dificilmente algo diferente vai permitir uma adaptação credível. Por isso é que ver um lingrinhas sem musculatura ser o grande herói em todas as brigas é pouco credível.

Nas novelas DANCIN DAYS (SIC) e LOUCO AMOR (TVI) existem grandes erros de escalagem. E todos se prendem, presumo, com o factor "AMIZADE". 

Por amizade o autor de Louco Amor, Tozé Martinho fez questão de reunir um elenco da "velha guarda". Os seus amigos pioneiros nestas andanças, os grandes atores, as grandes promessas. E assim temos Nicolay Breyner no papel de galã, papel que não veste na perfeição. Não só fisicamente não está para isso mas também na composição o seu "Carlos" é suposto ser dotado de carisma, charme e eloquência, quando não entrega nada daquilo. É desapontante ver as personagens a reagir ao que está no guião mas não sai pelo actor. O problema de "Louco Amor" é que temos um homem de 82 anos a fazer-se passar por um de 50. Ver Nicolau como par romântico de Fernanda Serrano (39) é pouco ou nada credível. Ela está perfeita ao incorporar essa sua paixão irresistível por Carlos mas mesmo que se tenha apaixonado muito nova por aquele homem, as idades continuam a não bater muito bem. Serrano teria de ser frangota demais para entretanto esperar 18 anos até este sair da prisão. Supondo que ela está no final dos 30 ou mesmo início dos 40 anos de idade, tirando 18, sobra pouco... Outro erro de casting é Helena Isabel, pelos mesmos motivos de incompatibilidade física com o perfil da personagem. Nós sabemos a idade que Helena tem e mesmo que não se soubesse e embora a ache uma das mulheres portuguesas que melhor conservou o seu rostinho, a idade manifesta-se no corpo de outras formas, formas que ninguém disfarça... no modo demorado como se senta no sofá, os gestos mais vagarosos... É impossível que Helena Isabel seja mãe biológica de uma criança que não tem mais de 12 anos de idade.
Mais um erro de casting é o protagonista masculino Duarte, vivido por José Carlos Pereira. Nota-se que é requerido a "Duarte" uma aparência mais jovial, mais solta, mais de moleque. E JCP parece um trintão quase nos 40 que tenta passar por 18 ou 20 e assim fazer par romântico com a heroína da história, uma moça jovem que acabou de entrar na faculdade. Não pega. E ela, coitada, também não está lá muito bem conseguida. Se ao menos as restantes personagens parassem de elogiar a sua estonteante beleza, referindo-se a ela como a rapariga "mais gira" da Brodway (espécie de bar-discoteca, outro erro da novela que não especifica o que aquele espaço é) ainda passava... é que, por terem escalado uma jovem normal sem uma beleza estonteante, é pelo CARISMA que "Margarida" tem de convencer o espectador. E os outros podem dizer que ela é fantástica e fala muito rápido e é brilhante que não nos convencem, porque não é isso que se vê. O que passa é uma rapariga extremamente comum e sem grandes brilhantismos. Como pode uma pessoa assim brilhar como é suposto no guião? Erro de escalagem.


Dancyn Days peca pelo mesmo. Ao escalarem Joana Santos como protagonista e, o que é PIOR, fazerem-na passar por 16 anos na prisão sem sequer lhe mudarem o corte ou comprimento do cabelo, é uma perfeita estupidez. Já se sabia que não veríamos rugas e que ia ficar com aquele ar angelical de jovem menina. Era por isso mesmo Tão MAIS IMPORTANTE incutirem uma diferença substancial no seu look. Ao menos mudavam-lhe o cabelo!! Metiam algodão nas bochechas para parecer que tinha um rosto mais arredondado, usavam truques de maquilhagem, vestiam-lhe roupas que visassem aparentar outra idade... Não foi feito. E assim vamos ver uma miúda de 26 anos a emocionar-se com uma que deve ter no mínimo uns 18 e chamá-la de filha... No sense!! Um bom actor faz bons papéis mas há limites para tudo. Acho que ia preferir ver a Ana Guiomar como protagonista porque, apesar de jovem, parece mais camaleão e capaz de "envelhecer" e endurecer como manda o guião.

Nota curiosa: Actores de Dancin' Days que transitam da novela "Laços de Sangue": num total de 17 pessoas (por enquanto):  Alexandre de Sousa, Ana Guiomar, Ana Teixeira, Custódia Gallego, Emília Silvestre, Fernando Pires, Gracinda Nave, Joana Santos, Joana Seixas, João Ricardo, José Fidalgo,  Margarida Carpinteiro, Pedro Diogo, Pêpê Rapazote, Sofia Sá da Bandeira, Sílvia Filipe, Sisley Dias.  

"Louco Amor" vale por reunir um elenco de "cotas da antiga guarda". É uma oportunidade única, última, de voltar a juntar "a  malta". É uma novela que não é toda feita só para os jovens, o que é bom. Mas nem por isso se torna credível.

Read more...

sábado, 2 de junho de 2012

Louco amor e os amores

O que é que os patrões têm a ver com a vida amorosa dos empregados? O que é que os empregados têm de meter o bedelho nos afectos dos colegas?

Na novela "Louco Amor", os empregados têm uma atitude de subserviência e receio dos patrões, se estes aprovam ou desaprovam as pessoas com quem namoram. Para mim isto não faz qualquer sentido. Que os colegas dêm as suas  bocas, ainda vá lá, agora que a opinião seja decisiva e imposta com legitimidade, isso não é muito realista.

Violeta põe tudo em pratos limpos: se um empregado que namora com  uma empregada magoar os sentimentos da rapariga, é imediatamente despedido. Uau! Mas quem lhe deu DIREITO de sentenciar as relações alheias?                                         

Read more...

face

    © Blogger template by Emporium Digital 2008

Back to TOP