O Silicone 80
O conceito de belo difere muito de pessoa para pessoa. Mas existem modas, existem padrões universais. Uns dizem que é a moda que os dita. Será? Pessoalmente, acho que cada indivíduo faz a sua moda. Mas ao que parece, para a maioria é mais cómodo seguir o que os outros estão a fazer.
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Peitos de silicone. Dentes branqueados e direitinhos. Para quem quiser se tornar artista, hoje parece ser este um requisito obrigatório: ter usado aparelho nos dentes. Por isso, se seus pais ou quem cuidou de si se deram a esse gasto, pode querer que é um investimento para o futuro!
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No meu apreço de beleza física não entra o peito de silicone. Principalmente se estes ficarem duas bolas, perfeitamente simétricas e pior: desproporcionais ao corpo que os sustenta. A beleza esteriotipada, também não me diz nada. Não a vejo nos rostos que se parecem todos uns com os outros. Os artistas usam o mesmo tipo de corte de cabelo, colocam extenções da mesma maneira, todo o cabelo é pintado, a maquilhagem é feita toda igual e todos recorrem aos mesmos serviços de cosmética. E assim parecem robots, saídos em série da fábrica.
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O conceito já não é novo. Nos anos 60 já se faziam programas futurísticos (lembro-me do Hitchcock) sobre o assunto. Mas nunca antes como agora este tipo de beleza passa-me mais despercebida. Colocam-na na minha frente através de um écran, e nada vejo.
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O artista pode ser bom. Talvez seja uma excelente pessoa. Mas tem toda aquela parnafenalia standard a impedir a comunicação visual. É uma barreira. Tem uma imagem falsa e se não for muito bom, também o resto vai parecer falso.
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Não sou contra recorrer-se aos serviços modernos de estética e a técnicas de embelezamento. Ao contrário: sempre fui a favor! Mesmo no tempo em que ainda não se tinha desenvolvido um terço do que parece existir hoje. Mesmo quando a ignorância ainda fazia gritar a maioria das vozes. Mas o que dizer à padronização? Porquê ficam tantos tão parecidos uns com os outros? E porquê se dá tanta importância há aparência?
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Isto tudo tem origem nos peitos redondos que tenho visto por aí e numa troca de ideias num grupo de amigos. Estava a rever uma cena fantástica de novela e subitamente percebi que as duas actrizes a dar um show de interpretação, eram 100% naturais nesse departamento. Uma até tem muito pouco peito. Admiro quem se mantêm a gostar do que tem. Também admiro quem decido fazer um "upgradezinho" mas aquelas bolas de ténis logo abaixo dos ombros... é anti natural. Gritam sozinhas: FALSO!
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O artista pode ser bom. Talvez seja uma excelente pessoa. Mas tem toda aquela parnafenalia standard a impedir a comunicação visual. É uma barreira. Tem uma imagem falsa e se não for muito bom, também o resto vai parecer falso.
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Não sou contra recorrer-se aos serviços modernos de estética e a técnicas de embelezamento. Ao contrário: sempre fui a favor! Mesmo no tempo em que ainda não se tinha desenvolvido um terço do que parece existir hoje. Mesmo quando a ignorância ainda fazia gritar a maioria das vozes. Mas o que dizer à padronização? Porquê ficam tantos tão parecidos uns com os outros? E porquê se dá tanta importância há aparência?
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Isto tudo tem origem nos peitos redondos que tenho visto por aí e numa troca de ideias num grupo de amigos. Estava a rever uma cena fantástica de novela e subitamente percebi que as duas actrizes a dar um show de interpretação, eram 100% naturais nesse departamento. Uma até tem muito pouco peito. Admiro quem se mantêm a gostar do que tem. Também admiro quem decido fazer um "upgradezinho" mas aquelas bolas de ténis logo abaixo dos ombros... é anti natural. Gritam sozinhas: FALSO!
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E depois acrescentam mais um falso, e outro, e outro e se julgam lindas!
.Como disse, cada qual tem o seu padrão de beleza. Mas ver jovens mulheres de 20 e poucos anos, já todas apetrechadas é ver algo belo a envelhecer 20 anos muito depressa. É o cabelo tingido, os peitos que parecem estar a segurar bolas de ténis que apetece tirar fora e experimentar lançar, é a maquilhagem mais pesada, ás vezes exagerada, que torna uma menina bonita de 22 anos numa mulher batida de 32.
.Lembram-se dos anos 80? Da moda? Vamos relembrar: as roupas eram do mais largo e do mais justo que pudesse existir, mas tudo no lugar errado. Os cabelos queriam-se altos, volumosos, com popas e franjinhas em farripas e muita laca. Toda a peça superior de corpo tinha enxumaços (pequenas almofadas nos ombros). As calças eram largas nas ancas e rabo e estreitavam nas pernas. As cores e os padrões assemelhavam-se aos dos palhaços no circo. Podiamos ver na rua uma mulher usar uma saia larga e comprida com meias ás riscas verde e amarelas. Os sapatos eram todos de verniz e com berloques e franjinhas. Era a moda. Todos a vestiam e se achavam especiais. No entanto, quem a seguiu religiosamente e ficou cheio de ares por estar tão in, é quem menos gosta de lembrar hoje.
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Para mim, estes peitos de silicone fraudulentos são os enxumaços nos ombros dos anos 80.
.Leita outros blogs sobre o assunto:
http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://tecnocientista.info/blog/wp-content/uploads/2007/04/breast-implants1.jpg&imgrefurl=http://tecnocientista.info/blog/%3Fp%3D42&h=492&w=400&sz=42&hl=pt-PT&start=1&um=1&tbnid=xzTgVn5XUv4KyM:&tbnh=130&tbnw=106&prev=/images%3Fq%3Dpeito%2Bsilicone%26svnum%3D10%26um%3D1%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN (LINK BASTANTE ASSUNTADOR!!!!)http://amoreumlugarestranho.blog.com/1953015/ http://claudia.abril.com.br/materias/2381/
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