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Este blogue mudou-se. Está agora no facebook. Um dia voltará a viver no blogger, numa casa nova e moderna. Até lá, boas novelas!
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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Remakes: vem aí VALE TUDO!!

Bom, se este remake não tiver o MARCOS PALMEIRA no elenco, já arranca com uma forte possibilidade de entregar algo de jeito. 


É que o remake de Pantanal - a melhor novela de sempre a par com Vale Tudo, foi a PIOR coisa já emitida pela Globo nos últimos tempos. Depois surgiu RENASCER - mais um remake, novamente protagonizado por Marcos Palmeira. Não sei se é culpa do ator mas a verdade é que fez parte do elenco de DUAS BOSTAS de remake. 

Tenho muito receio do que possam vir a fazer neste remake. VALE TUDO era muito importante. Tinha uma mensagem ainda válida nos dias de hoje. É uma novela intemporal, embora a possamos assistir e ser relembrados que na altura se usava mangas de balão em vestidos de casamento, tudo muito largo e farfalhudo e os telefones sem fio eram do tamanho de tijolos. 

Mas tirando as modas e a tecnologia disponível - tudo o que a novela dos anos 80 retrata ainda está - e suspeito que estará sempre - muito atual. 

Receio que a globo estrague OUTRO remake. 
Três atentados seria demais... 

Porque é assim que sinto, quando apanho cenas do remake de Renascer - sem qualquer atrativo.... sem paixão, força. 

Temo que Vale TUDO entre na mesma linha de fabrica, já que a Globo é cada vez mais uma fábrica que entrega sempre o mesmo enchido de carne, com promessa de ser filé minón.

É indicada para protagonista Taís Araújo. Teremos uma raquel de raça mista, que provavelmente terá de ter uma vilã de filha também de raça mista. Nada contra mas também muita apreensão por esta recente tendencia da Globo em querer ser "politicamente correta". É que, a julgar por renascer e por Família é Tudo - essa obvia necessidade de ser POLITICAMENTE CORRETO - fazendo com que as famílias sejam mistas de raças - com pai branco e filha oriental, irmãos que são branquinhos e negros ao mesmo tempo - pode até vir a estragar a trama. Isto porque a prioridade está em manter este equilíbrio de cor de pele em prol da coerência e credibilidade. Quem sabe até, até mesmo em prol do talento?

A cor de pele é o que menos me importa assistir. Mas queria muito, muito mesmo, que não fosse uma preocupação fruto do receio do CANCELAMENTO que vigora nos dias de hoje. Porque quem teme assim, não é capaz de infrigir regras, passar uma barreira, ousar em favor de um princípio, da arte. 

E porquê gostamos tanto das novelas de décadas atrás? Exatamente por causa da ousadia dos seus autores! Que corriam riscos - inclusive o de serem postos de parte, mas que defendiam certos princípios de autenticidade e realismo e não queriam se dobrar ao poder superior da repressão. 

Ceder ao politicamente correto e ao cancelamento é deixar a repressão crescer. E é só por isso que me deixa desconfortável esta obvia tendencia da Globo nos seus castings. 

Agora espero que Vale Tudo - o remake, traga um pouco de magia e seja FIEL à obra que copia. Porque se for mais do mesmo, nem vale a pena... é deitar na lata de lixo. 

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terça-feira, 30 de julho de 2024

Relembrando WALMOR CHAGAS (1930 - 2013)

Um grande ator, um homem interessante, uma figura.



Quase sempre, nas novelas, lhe calhava o papel de um homem distinto, rico. Ou era médico, ou era empresário... mas no cinema, expandiu-se em outras personagens e quem o viu em comédia noveleira, sabe que o ator era FANTÁSTICO. 



Julgo que que nos recordaremos para sempre dele como um excelente ator dono de uma impressionante farta cabeleira branca! 

nota: encontrei um escandaloso site chamado desciclopedia. Penso que é irónico e pretende ter graça com isso. Mas diz com cada coisa!
 

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segunda-feira, 24 de junho de 2024

O GRANDE Tony Ramos

 

O que faz o Tony Ramos "grande"?

Pois...


Porque ele é. E o que o faz grande é que, no monitor, ele se faz grande. Como pessoa provavelmente é pacato, calmo, quieto, calado. Pega uma personagem e.... EXPLODE!


Explode na forma como mostra tudo e mais um bocado daquele "ser humano" que existe apenas em palavras num papel. Subitamente, este ganha vida. E não uma qualquer, mas uma cheia de nuances, profundidade. Subitamente estamos mesmo a olhar para um fazendeiro ambicioso e sem escrúpulos. Um assassino. E dá... MEDO. 

Tony Ramos incutiu-me temor e medo em determinadas cenas da novela "Terra Paixão". Pelo episódio 10 vi também que, entre o jeito rude, agressivo mesmo, existia uma verdadeira preocupação pela filha, Petra. Vi um pai. Apesar de ser agressivo e constantemente magoar e pisar nos sentimentos dos filhos - sem dúvida os ama. Petra é viciada em "tarja preta" - medicamentos. Está sempre a enfiar uns comprimidos na boca. Naturalmente o pai, sendo como é, atira-lhe isso à cara com a agressividade que o caracteriza, mas ele quer o bem dela. Acaba que é o principal causador dela sentir necessidade de ir atrás dos mesmos. 

Petra também está muito bem conseguida. Interpretada com mestria. A fragilidade, o ciúme, a emoção, a dependência... tudo lá. Nota-se o potencial incrível de uma mente brilhante para os negócios e para a vida em geral, que ainda não descobriu a sua força pessoal por estar tão carente de amor. Amor esse que começou por lhe escassear pela figura paterna. A forma como responde ao clima familiar tenso é tomando comprimidos para deixar de se sentir tensa. Fica "dopada" o tempo todo. 

Até a evolução do próprio "Tony Ramos" - faz imaginar que vem ali uma mudança de epifania. Os seus dois filhos homens - que vão acabar por mimicar o desentendimento dos tios (presumo), dão-se tão bem que até parece que não podem existir irmãos que se gostam tanto. Ambos são "do bem" - ou seja, reprovam os métodos "à antiga" do pai, que cresceu habituado que quem tem dinheiro pode tudo, inclusive apropriar-se de terras e ver-se "livre" de pessoas que se metam no seu caminho. 

O episódio da novela começa com uma perseguição de carro que culmina com um assassinato a queima roupa. Um homem morre com bala no peito e a polícia nem faz nada, fica tudo por isso mesmo... A impunidade parece reinar diante do dinheiro e poder de "Antenor" - personagem de Tony. Ninguém lhe faz frente e ele sabe como manter as pessoas na ponta dos pés. 

Mas depois vem o lado familiar. Uma esposa - segunda porque a primeira morreu - que só se casou com ele pelo dinheiro e dedica cada instante da sua vida a tentar convencer o marido de que os dois filhos dos dois devem ser os únicos a suceder o pai nos negócios. Já que o filho mais velho - fruto do primeiro casamento, ela não gosta nem um pouco. 

Caio, seu nome, até agora é uma personagem que me soa melhor no papel do que na forma como a vejo a sair do ecrâ. Ter um rosto conhecido e já entrado nos anos a fazer o papel, talvez contribua para isso mas, se a interpretação conseguisse ser mais credível e atingisse a profundidade que se nota existir no papel, seria bem mais interessante. 

Já o ator que faz de irmão de Caio, está muito bem. Consegue passar sentimentos múltiplos, embora o veja a noivar e a desejar outra mulher e, na parte de trás da cabeça, fique a imaginar que se apaixonaria sim é por um homem. Algo no ar do ator dá essa vibe. Mas em termos interpretativos, estou a gostar das expressões faciais que transmitem emoções não verbais, tais como desconfiança, espanto, desilusão, tristeza, dúvida, angústia..

Por enquanto só vi 12 episódios mas já dá para tentar adivinhar parte do enredo que se avizinha. Diria que os dois irmãos, que se dão tão bem, vão desentender-se a sério, tal como, no passado, se desentenderam os tios. O motivo é desconhecido, mas adivinha-se que terá sido mulher. A primeira esposa... mãe de Caio. Ela é a chave para se desvendarem muitos mistérios. 

Morreu de parto. Caio tem um amor incondicional pela sua memória mas vive triste porque o pai sempre o culpou por ter matado a mãe ao nascer. Ou assim pensa. Contudo, em todos os momentos em que vemos a atual esposa (Glória Pires) a tentar convencer o marido de que os filhos dela são os únicos com direito a tomar conta da riqueza da família, lá está Tony Ramos, grande ator que é, a dar-nos aquele olhar, aquele silêncio, que nos diz que também ele sabe o que ela está a tentar fazer e não gosta. Mas deixa-a estar... afinal, casou com ela. Mas ela que se prepare que decerto algo rasteiro lhe vai acontecer... Ao que parece, a esposa gostaria muito de ter oportunidade de "pular a cerca". O que é super perigoso com um marido acostumado a matar pessoas. O destino de "Glória Pires" parece vir a ser um horrível. E se, como em quase todo o bom foletim, vier-se a descobrir que ela teve algo a ver com a morte da primeira mulher... ui! Mas aqui já estrapolo um pouco. É que a ambição de poder dela é tão grande, que não seria inconcebível que tivesse feito algo para prejudicar a gravidez daquela que, talvez um dia, tenha sido sua amiga. 

E Caio e o "tio"? Que se passa ali? Será mesmo ele seu tio? Queria ele ser seu pai? O desentendimento dos irmãos começou por amarem a mesma mulher? É que isso é o que parece estar escrito que vai acontecer com os filhos agora... que conheceram a "viúva" que o pai deles providenciou como tal: Aline. Até agora apenas uma personagem plana, interpretada por alguém sem o carisma necessário para tornar credível toda a admiração que todos sentem por ela. Não passa aquela energia de pessoa que é líder e faz todos querer ser satélites à sua volta. Aline só faz é "passear" nas terras e "passear" conduzindo o seu carro. E inúmeros e infindáveis passeios noturnos - pouco adequados a quem passa o dia inteiro a trabalhar e se sente exausto. Nesses passeios noturnos sem razão aparente é onde ela sempre interage com todos os seus três pretendentes secretos: O primo, e os dois irmãos. 

É muito homem fascinado pelo magnetismo de uma mulher que... não convence ter um. 




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sexta-feira, 10 de maio de 2024

TUDO EM FAMÍLIA - a novela

 

Apetece-me acompanhar esta história mas tenho de realçar o quão previsível e esteriotipada é. Tem de se ter cuidado com as mensagens que se passam para o grande público e a Globo, cada vez mais, parece uma fábrica de reciclagem de material reciclado de terceira categoria. 

Bons visuais, mas sempre o mesmo tempero. 


Tudo em Família começa, claro, com luxo e riqueza. Daquelas que se presta a todos os gastos, não tem limite. Esse é o primeiro erro da novela. Mas como é novela, dá-se desconto. Uma rede de produtoras de música é a única fonte apresentada para justificar a fortuna sem fim, que permite a uma senhora de idade viver infindáveis aventuras por todo o planeta. Também pouco provável, pois não só isso não é tão rentável assim e um milionário de verdade NUNCA se fica por um só negócio, mas expande-se por múltiplos, em diferentes ramos, para salvaguardar o próprio dinheiro. Em perpétua viagem, a dona da "Mansini music" também banca financeiramente os 5 netos. Dois deles só com "pequenas" ajudas, mas três na totalidade. Gostando de luxos, viagens para Ibiza, com tudo incluído, jato privado, etc. O tipo de fortuna que precisa-se ser tão milionário quanto o Cristiano Ronaldo e mesmo assim, não sei se dava para bancar todas essas bocas. 


Os cinco irmãos são filhos do mesmo pai com mães diferentes. E de etnias diferentes, que é para se criar um núcleo diversificado como o politicamente correto manda. Assim, temos cinco irmãos, dois mulatos, três caucasianos. A irmã gémea da milionária vivida pela caucasiana Arlete Salles tem um filho, que nem mulato é, mas negro. Este namora com uma colega asiática, que tem um pai não asiático, dono de uma pensão, onde "Lupita", a heroína disfarçada da história, uma cópia deslavada de "Betty a feia", supostamente feia e desastrada mas com bom coração que, aposto desde já (episódio 10) vai virar uma cantora sensação e vai ser ela a responsável por os irmãos conseguirem quadruplicar o milhão e manter a fortuna. 

Portanto, vou precisar ver mais de 100 episódios para, finalmente, chegar a este momento previsível, porque todas as histórias da Globo ficaram assim. Percebe-se logo para onde rumam, temos de acompanhar a engorda...


 Quando em jovens, os cinco irmãos davam-se TODOS bem. Mas depois da morte do pai, separaram-se. Logo aqui existe a maior discrepância com a realidade. Com cinco mães é normal existir rivalidade e afastamento. É muito pouco comum os CINCO irmãos viverem juntos na mesma casa. Geralmente, as crianças ficam com as mães e vêm os pais e meio-irmãos semana sim, semana não, nas melhores das hipóteses. Tem a logística de escola, área de residência, etc, etc. Mas aqui na novela, tudo isso é detalhe que nem vale a pena mostrar. Focam-se num laço de união familiar quebrado que, graças ao testamento "americano" da avó, que, palpito, no final do capítulo ainda se descobre viva e volta para "desmascarar" o sobrinho-vilão. Provavelmente foi parar numa ilha deserta ou sofre de amnésia... o básico. 

Mas para tirar este palpite a limpo, vou ter de esperar quase pelo penúltimo capítulo...  (provavelmente).

E depois temos os AMORES.

Ah, as histórias de amor das novelas... são de vómito. 

Temos dois casais perdidamente apaixonados, mas separados pelas circunstâncias. Circunstâncias essas que não passam de armação de invejosos. Estes casais são básicos e lineares que até dá DÓ. Muito inverosímil.  Temos Tom e Venus, muito apaixonados desde crianças. Vão para se casar mas um dia ela visita-o em Londres (onde vive em total luxo, nunca se explicando bem como conseguem sempre viver em luxo) e encontra uma mulher a sair do chuveiro. Convence-se de que foi traída, a pesar deste jurar que não, que foi uma armação. Separam-se para sempre e isto dita o fim da relação. Lá se vai o "amor para a vida"... Reencontram-se anos depois, já ele está divorciado e com dois filhos. Mais uma vez, a "integração racial" é aproveitada, pois a sua ex-mulher é negra e seus filhos, mulatos. Sendo que Tom, a pesar de ter mãe e pai branquinhos como fantasmas, dá ares de marroquino. Vénus está noiva, de um malandro que a rouba e a deixa com dívidas. Coisa que Tom suspeita e a alerta múltiplas vezes para a falta de carácter do noivo. Ela não acredita nele, até que é roubada. Vénus age como uma mulher independente e muito dada a ajudar os necessitados, ao mesmo tempo que é extremamente burra e ingénua. Não deu uma oportunidade a Tom a pesar do muito amor que lhe tinha. Uma suspeita de traição foi o que bastou... para todo aquele amor chegar a um fim. Que radicalismo! 

Claro, sem noivo que fugiu com o seu dinheiro e ele sem esposa - mas a querer reconciliação, os dois voltam a namorar. Claro que é só uma questão de tempo para armarem novamente para os separar (Foi a ex-esposa e a mãe de Tom que plantaram uma atriz para se fazer passar por curte), recorrendo ao mesmo velho truque. E tudo aquilo que nos pouparam, vamos ter de ver: as acusações, as suspeitas... o ir à caça do autor que, pela segunda vez, aprontou--- para ir desaguar à psicótica da ex-mulher. 

Mas ela não é a única psicótica. A outra irmã dela ficou 5 anos na prisão, por tentativa de assassinato do namorado. Mais uma paixão avassaladora, para toda a vida, que se nota continuar nos dois. Mas o comportamento segue o protocolo - e o namorado, que sobreviveu a uma facada, não a quer ver, a pesar de ainda a amar. Está noivo da melhor amiga (olha a surpresa!). Resta saber se a facada também foi dada por esta ou pelo irmão dele, visto que ambos têm uma fixação nos respectivos. A "melhor amiga" apaixonava-se pelos "relatos" sobre o namorado que a outra lhe fazia e o irmão deste também deve ter-se engraçado... 

Que nenhum destes AMADOS tenham dado uma chance à pessoa que mais amam no mundo de se explicarem, ou ter conjecturado a possibilidade delas estarem a falar a verdade é... idiota face ao tão proclamado amor que dura décadas e não termina nunca. 

Um amor de novela mesmo... 
Básico, protótipo e... pouco ou nada credível nas mãos dos protagonistas. 
Parece aquilo que é: palavras num guião. 




Destaque para o talento da irmã que faz que quer ser uma cantora de sucesso mas tem uma voz horrível. Tomara que, ao longo da história, ela descubra que um produto qualquer dos muitos que toma para se manter bela, seja responsável pela sua voz não "melhorar" e consiga cantar alguma coisinha. Mas está visto que vai sentir inveja da falsa "Guatalama" que fala um falso espanhol e vai ser uma "revelação" no mundo da música, libertando-se daquelas roupas espalhafatosas e aquele penteado feito só para criar figura. Há, e claro... vai tirar os óculos porque, como se sabe, toda a criatura FEIA da ficção, tem de usar óculos... 

Abraço. 

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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Remakes que ofendem os originais

 

Se é um remake e mete o Marcos Palmeira: não veja!


Qual o meu espanto quando vejo na Globo Portugal uma still da novela Renascer, como Marcos Palmeira no papel de filho e a Adriana Esteves no papel da jovem sedutora. 

Quando carrego no play não encontro os personagens. Outros rostos, pouco expressivos, pouco destintos uns dos outros, pouco credíveis, sem carisma algum, estão a soltar suas falas. "Paínho"... Paínho? Mas isso é expressão da novela Renascer... será que fizeram uma segunda versão? 



Ao que parece sim. Reconheço o mais envelhecido Marcos Palmeira a desempenhar um papel, que presumo ser o do Protagonista. Parece que está na moda. À sua volta, outros atores, mais jovens, desbobinam suas falas. Não se entende o que dizem. Não se entende onde estão, o que fazem, qual o assunto. O ambiente também não se distingue. As roupas que usam todas em tons pastéis, sem padrões, o cenário pastel, sem identidade - tudo contribuí para a nova norma de inviabilidade que parece ser a marca registada das produções de novela da Globo. Só se consegue confundir ainda mais os rostos sem expressão ou tónica distinta, que desbobinam texto que não soa credível ou desperta interesse. 

O monitor diz que se trata de uma novela, por episódios, chamada "Renascer". Se o pedaço que tentei ver era a personagem principal rodeada dos seus "filhos", então é mesmo caso para se dizer: ACABEM com os REMAKES! É que estão a humilhar, não a honrar a história... a primeira era bonita, colorida, tinha uma boa vibe. Fica tudo substituído por uma gosma sem credibilidade, em que os "jovens" de 20 são interpretados por trintões para os quarenta anos de aparência, que vestem todos igual, falam igual, têm a mesma forma de entregar o texto... 

Que praga é esta?
O Brasil - e a GLOBO, deixou de saber fazer novela? 

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domingo, 3 de julho de 2022

Assistir Remake está a causar-me saudades de Juma e Jove

 

Este Pantanal (2022) está a deixar-me a sentir SAUDADES da Juma e do Jove. 
Estes que surgem aqui só têm o nome e mimicam a história. Mas não são iguais na essência. E isso é triste.

Pantanal devia ter sido re-escrito por alguém apaixonado pela história. Não por quem partilha genes com o autor. 

No episódio que assisti hoje - Jove leva Juma para a cidade. 

Ai.. que falta de emoção!
Todas as frases chave REMOVIDAS. 

A Juma a ser interpretada como uma menina com conhecimento das coisas da cidade e a agir como alguém com deficiência mental só por não saber onde colocar o olhar. Nossa! Na história original Cristiana Oliveira fez isso mas estava de acordo com o momento que a personagem estava a viver naquele instante. Não é para fazer SEMPRE. Parece parvinha e idiota. 

Neste episódio notei também que o autor foi tirar inspiração - conscientemente ou não - das cenas icónicas do filme Titanic. 

O quê?? O Titanic e o Pantanal?
Sim, meus amigos. 

Braços abertos??

Quando vi Juma de braços estendidos em frente ao avião pensei: 


"Porque é que esta menina que nunca foi criada na cidade, nunca conheceu mais ninguém que não fosse a mãe, estende os braços?" Ela não tem essa referência. No máximo, para ela, abrir os braços seria se alguma vez tivesse visto uma ave a abrir as asas para voar. A Juma original... nossa. Nunca pensei que ia gostar muito mais da interpretação da Cristiana Oliveira e lhe dar ainda mais valor passados todos estes 30 anos. Ela e Marcos Winter... nossa, que SAUDADE do Jove meio debochado, corajoso, brincalhão... este diz uma fala, fazem-lhe uma pergunta ele demora 5 segundos para responder.

Parece que foi ele o criado na lerdeza da vida do campo. O Jove original era um miúdo esperto, rápido, que nunca perdia as palavras. No entanto nesta nova versão a Juma fala mais que ele!

E a forma como aprendeu as letras na areia? Que apressadinhos! Pegou na faca e rabiscou com a mestria de quem já fez aquilo centenas de vezes. Traçou o "a, e, i, o, u" em dois segundos. Até mesmo os detalhes de traçar da esquerda para a direita ou de baixo para cima, ou sem interromper o traço ao fazer a curva do "A"... Para quem desenhou esta letra pela primeira vez FALTOU SENTIR ISSO!!!!

Faltou levar tempo, pensar, assimilar... tudo o que Cristiana Oliveira fez num areal com uma extensão de respeito, com um pauzinho que havia por ali. Estes acharam melhor encontrar um pedacinho pequeno de areal molhado e serem rápidos a rabiscar as letras usando uma faca. Pronto. Feito. Aprendido. Sério??

Totalmente sem sal! Sem impacto. Sem envolvência. Só factual. Sem sabor.  

Estou neste instante a SOFRER. 

A sofrer porque podiam fazer 1000 remakes e mudar muita coisa. Mas JAMAIS a essência destas duas personagens. 

Esta geração é mesmo apressadinha. Só é lerda a falar. Nos beijos - todos modernos à Hollywood e bem descarados - vai com língua logo. Total peganço. Se o guião não dissesse que Juma não quer sexo, estes dois teriam ido para a cama no instante em que se aceitaram. Logo ali, nas águas do rio. Passado dois anos, no máximo, estavam separados e cada qual sem poder ver o outro. 

A inspiração no Titanic não se limitou aos braços abertos, o grito do "casalinho romantico" do filme também foi transferido para o guião de Pantanal. Assim não sei se terei coragem para continuar a ver. Salva-me Zaqueu! Volta, núcleo citadino! Não morras, Madeleine! 


Estou na capitulo 40 e pouco e desde o 30 que anseio para que termine logo porque é um tanto maçante.  

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