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sábado, 2 de julho de 2022

Pantanal: Decepção atrás de decepção

 Volta MANCHETE!!

Alguém tem de terminar com aquele padrão globo de contar histórias. O remake de Pantanal é algo insonso, feito para se enquadrar nos tempos modernos e por isso não tem de seguir à risca os diálogos e circunstâncias do original.

Mas, caramba!
O que fizeram foi ELIMINAR as partes mais importantes, que nos emocionaram e também estão um pouco a destruir as qualidades e características de cada personagem. Em particular Juma e Jove. 

Para onça, que reage quando ameaçada, esta tá mais para gatinha sem sal. Nunca pensei que ia ver uma Juma com menos força, com menos doçura com Jove, tão modernizada que tá mais para oferecida e até, pasme-se, quando Jove pega na máquina de retrato para a fotografar no rio, ela POUSA para ele. Sem ser instruída. Uma mulher que até então NUNCA tinha visto uma camera e tão pouco sabe o que esta faz, soube instantaneamente os ângulos e os olhares que devia exibir diante da lente. Por pouco não fez biquinho.

Repulsa.

Isto descaracteriza a personagem totalmente.  

Depois vem esta cena: Zé Leôncio vai até a tapera de Juma para levar Joventino com ele e ao ouvir que ele pretende mandar a tapera a baixo, Juma corre para o interior da casa e aparece com uma arma apontada mesmo no meio da testa de Leôncio. "Pai e mãe tão enterrado aqui!" - diz com raiva nos olhos e emoção na voz. 

Uma cena forte. Descrevi-a como a vi na novela original. Para mim foi filmada (e editada) de uma maneira que fez sentido. Mas no remake, Juma parece usar a arma como adereço. Surge logo com ela erguida, depois, parece que se cansa e baixa em arma sem mais nada. Para a voltar a erguer depois. No original é Jove que lhe dá o toque, porque ela estava em "modo defesa" e só Jove a podia tranquilizar.  Esta segunda Juma recorre à arma como se fosse uma brincadeirinha. Nesta versão desta cena quiseram dar mais força a Leôncio e este, com arma na frente, caminha até a mira e exige que Juma dispare, mostrando que é onça.

Ora, todo mundo sabe que Juma não ia ter problemas. Pelo menos antes dele avançar, ela daria um tiro de aviso. Nem o deixaria dar um passo. Amedrontando, porque o som e a bala a sair do rifle ia com certeza, ser bastante dissuasor da aproximação que este Leôncio decide fazer. A sua tapera foi ameaçada e isso sempre a fez reagir. Por isso ela ficaria com RAIVA e teria agido menos... sem sal. 

No remake desta cena, Juma surge fraca, sem coragem, notou-se no olhar que nunca iria atirar. Se o povo descobre isto, porquê haveriam de ter medo dela? Isto não é a Juma. 


E é por isso que este remake falha. Os únicos que podem dizer o contrário são os milenais, que não viram ou só espreitaram cenas cortadas da novela original e nem têm paciência para dedicar mais tempo a uma obra que não tem sequer a qualidade digital que nasceram acostumados a ver. Logo aí, já julgam estar a assistir a um produto inferior e anseiam pela familiaridade padrão. Padrão de agir, padrão de falar, padrão de reações... Padrão. 

Volta Manchete - que eras fora do padrão! 


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