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domingo, 3 de julho de 2022

Assistir Remake está a causar-me saudades de Juma e Jove

 

Este Pantanal (2022) está a deixar-me a sentir SAUDADES da Juma e do Jove. 
Estes que surgem aqui só têm o nome e mimicam a história. Mas não são iguais na essência. E isso é triste.

Pantanal devia ter sido re-escrito por alguém apaixonado pela história. Não por quem partilha genes com o autor. 

No episódio que assisti hoje - Jove leva Juma para a cidade. 

Ai.. que falta de emoção!
Todas as frases chave REMOVIDAS. 

A Juma a ser interpretada como uma menina com conhecimento das coisas da cidade e a agir como alguém com deficiência mental só por não saber onde colocar o olhar. Nossa! Na história original Cristiana Oliveira fez isso mas estava de acordo com o momento que a personagem estava a viver naquele instante. Não é para fazer SEMPRE. Parece parvinha e idiota. 

Neste episódio notei também que o autor foi tirar inspiração - conscientemente ou não - das cenas icónicas do filme Titanic. 

O quê?? O Titanic e o Pantanal?
Sim, meus amigos. 

Braços abertos??

Quando vi Juma de braços estendidos em frente ao avião pensei: 


"Porque é que esta menina que nunca foi criada na cidade, nunca conheceu mais ninguém que não fosse a mãe, estende os braços?" Ela não tem essa referência. No máximo, para ela, abrir os braços seria se alguma vez tivesse visto uma ave a abrir as asas para voar. A Juma original... nossa. Nunca pensei que ia gostar muito mais da interpretação da Cristiana Oliveira e lhe dar ainda mais valor passados todos estes 30 anos. Ela e Marcos Winter... nossa, que SAUDADE do Jove meio debochado, corajoso, brincalhão... este diz uma fala, fazem-lhe uma pergunta ele demora 5 segundos para responder.

Parece que foi ele o criado na lerdeza da vida do campo. O Jove original era um miúdo esperto, rápido, que nunca perdia as palavras. No entanto nesta nova versão a Juma fala mais que ele!

E a forma como aprendeu as letras na areia? Que apressadinhos! Pegou na faca e rabiscou com a mestria de quem já fez aquilo centenas de vezes. Traçou o "a, e, i, o, u" em dois segundos. Até mesmo os detalhes de traçar da esquerda para a direita ou de baixo para cima, ou sem interromper o traço ao fazer a curva do "A"... Para quem desenhou esta letra pela primeira vez FALTOU SENTIR ISSO!!!!

Faltou levar tempo, pensar, assimilar... tudo o que Cristiana Oliveira fez num areal com uma extensão de respeito, com um pauzinho que havia por ali. Estes acharam melhor encontrar um pedacinho pequeno de areal molhado e serem rápidos a rabiscar as letras usando uma faca. Pronto. Feito. Aprendido. Sério??

Totalmente sem sal! Sem impacto. Sem envolvência. Só factual. Sem sabor.  

Estou neste instante a SOFRER. 

A sofrer porque podiam fazer 1000 remakes e mudar muita coisa. Mas JAMAIS a essência destas duas personagens. 

Esta geração é mesmo apressadinha. Só é lerda a falar. Nos beijos - todos modernos à Hollywood e bem descarados - vai com língua logo. Total peganço. Se o guião não dissesse que Juma não quer sexo, estes dois teriam ido para a cama no instante em que se aceitaram. Logo ali, nas águas do rio. Passado dois anos, no máximo, estavam separados e cada qual sem poder ver o outro. 

A inspiração no Titanic não se limitou aos braços abertos, o grito do "casalinho romantico" do filme também foi transferido para o guião de Pantanal. Assim não sei se terei coragem para continuar a ver. Salva-me Zaqueu! Volta, núcleo citadino! Não morras, Madeleine! 


Estou na capitulo 40 e pouco e desde o 30 que anseio para que termine logo porque é um tanto maçante.  

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