Estreia de "Cheias de Charme"
A SIC estreou esta semana a novela brasileira "Cheias de Charme". Os episódios semanais estão novamente no ar, naquela que deverá ser uma "semi-maratona" noveleira de madrugada de Domingo. Cinco capítulos de uma vez só...
Esperava algo animado, divertido e um tanto mais original do que aquilo que estou a observar. Já com 1h de novela no ar e nada na história me empolga. Para cúmulo a cena que acabou de passar causou-me alguma náusea de plágio. A cena do pacto na prisão.
Está certo que as histórias não são todas originais, são variantes de situações comuns. Mas nada desculpa a cena fraca e deficiente que foi para o ar tão débil, apagada e sem brilho quando em comparação com a MESMA CENA na novela "Quatro por Quatro", de autoria de Carlos Lombardi.
Apenas o autor tem direito de se plagiar a si próprio. De forma assim, tão descarada. Está certo que nem sempre a autoria original é do autor que recordamos, mas uma vez «imposta» uma impressão «digital» que fica na memória do público e faz parte da «sinopse» de apresentação de uma novela, dificilmente alguém que queira fazer o mesmo deverá fazer exatamente igual.... e ficar tão, mas tão atrás. A única diferença nestas "mulheres" de «charme» e as de «quatro por quatro» é como o próprio título explica: Na primeira novela eram QUATRO as mulheres. Nesta tiraram uma, talvez a da personagem que caberia a Elizabete Savala, por ter sido a actriz que se mostrou descontente com a sua personagem e «estragou» o ambiente nos bastidores eheh. Isso NÃO BASTA para tirar a impressão de «cópia» de algo já visto e que funcionou...
Sei que ainda é cedo para tirar conclusões duradouras mas talvez nem tenha oportunidade de tirar muitas mais, pois tirando uma ou outra situação, as restantes histórias na novela são mais que vistas e não despertam interesse. Aracy Balabanian acabou de entrar em cena, é emigrante.... A empregada doméstica (cida) não convence, falta naturalidade e tem ar de patricinha, as relações e complicações das protagonistas não convencem nem agarram...
Não devo acompanhar esta novela.
(nem todos têm talento para a escrita com humor...)
Cheias de Charme, tem brilho. Tem glitter e estrelinhas brilhantes sim, mas só no genérico de abertura. Não comprar um produto pelo embrulho...
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Novelista, adorei seu comentário! Que bom-humor!!
Olha, acabei de ler o comentário que você deixou no meu blog no dia 2. Estive viajando desde o início do mês até agora, abrindo e-mails no celular, e me embabano absurdos com a maquininha.
Você não vai crer, mas Cheias de Charme foi um fenômeno no Brasil. Eu não a acompanhei porque era muito cedo, e Avenida Brasil pegou-me demais (até um certo ponto, porque de três quartos pro final ela virou uma enrolação só).
As minhas impressões, do tanto que vi, confirmam muito a sua: falta naturalidade e as atrizes não convencem como empregadas. É uma visão fabulística do trabalho das domésticas, e teve gente até argumentando que ele ganhou status depois da novela. O sucesso foi sobretudo de venda de acessórios das meninas para as crianças (outra novela fraca que faz atualmente sucesso entre os pequenos é "Carrossel", que também tem um embrulho vistoso mas como produto não vale grande coisa).
Em Cheias de Charme quem arrasa é a vilã Cláudia Abreu, que está extravagante na medida em que pede o papel. Uma verdadeira primadona do brega! Logo as empregadas alcançarão o sucesso, começarão a fazer aqueles clipes que colam nas cabeças dos pimpolhos mas que não valem grande coisa como música, estética ou dramaturgia, e viverão situações igualmente pouco inspiradoras. Pode acompanhar só por cima que você não estará perdendo muita coisa!
Abraços! Não acompanhei Guerra dos Sexos mas amanhã leio a sua resenha e a comento. Estou morando perto de você nos últimos meses; aqui são quase 2 da manhã!
Danielle
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