Caminho Índias: os finais felizes...
Já li um «zum-zum» sobre o final da novelas "Caminho das Índias". Raj fica com Maya, perdoando-a pela mentira. Os dois criam o filho dela com o Dalit. Que pena! Não gosto deste final! Queria justiça, não emocional mas ética. Uma coisa mais credível e menos de «contos de fadas».
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Na mesma linha de pensamento, tenho de mencionar uma coisa que sempre me fez confusão. A maldade de Ivone. É que a moça não me parece tão má como devia ser. Não vinga, como gostaria que vingasse. Pôr a personagem sempre a justificar as suas loucuras para Mike, intercalando-as com os delírios do dr. Castanho, é muito forçado! Parece que estamos na sala de aula de uma escola, com o professor a ditar matéria...
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Mas o que mais incomoda na história toda da vilã, é que não acredito que, na vida real, uma pessoa manipuladora e calculista como Ivone alguma vez deixasse cair a máscara diante de Raul, como ela fez. A verdadeira maldade, o requinte do gozo da pessoa que gosta de manipular tudo à sua volta, é acreditar na sua mentira. Ou seja: é vaidosa e não quer deixar de ser vista pelo seduzido com idolatração. Ivone ia embora sim, com o dinheiro de Raul. Mas fazia-o de forma a que este nunca suspeitasse do seu envolvimento e encarasse o desaparecimento dela como uma catástrofe provocada pelos "verdadeiros" ladrões. Raul ia ficar a vida toda a correr atrás de notícias de Ivone, sem pensar duas vezes seguidas na família que trocou para ficar com ela. Acho que o verdadeiro psicopata ia agir assim... pelo menos, conheci mais gente assim. Se não são psicopatas, são exímias na arte da manipulação e essas, por quererem manter a fantasia que criam, são até mais assustadoras!
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