Aposta vencedora

No Brasil, o canal SBT de televisão está a fazer aquilo que o público de novelas brasileiras não se cansa de pedir: «Deixem-nos ver novelas antigas»!

Em Portugal, no Brasil, em Angola, na Venezuela, na Rússia - em todos os lugares, todos os dias, milhares de pessoas recorrem ao Youtube para recordar novelas de antigamente. A fazer ouvidos de mercador, a Globo faz reprises de novelas recentes e achando que não compensa, a Sic imita a congénere.

Depois chega o SBT e decide dar ouvidos ao público. Vai ao baú empoeirado de uma grande emissora que a concorrência esmagou, de nome Manchete, e recupera do lixo produções como Dona Beija. O episódio que se segue, é o penúltimo exibido no Brasil.

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Há dias contactaram-me pelo youtube para saber o desfecho desta história. Será que Beija fica com o seu amor? Neste ponto da história, tudo está indefinido e o espectador sofre na expectativa. Receoso, torce pelo sucesso do amor brutalmente interrompido. É este o encanto de Dona Beija e de todas as histórias que nos envolviam nos anos 80.

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Como será que vai acabar? Os dois ficam juntos? - foram estas as questões que me colocaram. Talvez não devesse ter dado resposta e quebrado o mistério. Mas também não é algo que uma pesquisa bem feita na internet não acaba por revelar. Que o desfecho desta história de amor fique então também aqui registado.

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Beija eventualmente consegue viver com António, de quem acaba por ter uma filha. Mas o orgulho de ambos e a força de Beija acaba por atrapalhar António, que parte para o confronto. Os dois rompem e começam a se agredir com guerras psicológicas e braços de ferro. A história só termina, quando António morre a mando de Beija. Ela é julgada e absolvida em tribunal, após esse acontecimento, abandona o arraial.

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Em breve, veja aqui um vídeo musical com o resumo de toda a história.

A PEDIDO PESSOAL POR EMAIL, AQUI FICA O LINK PARA A MÚSICA VIOLA E MEL

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Personagens e finais

Tenho pena do Januário na novela "O Cravo e a Rosa". O rapaz é bom de doer, mas o que dói é constatar a maneira como é tratado pelos outros. Não me conformo com a forma como os da fazenda o tratam, logo ele, o mais trabalhador de todos. Até deixava de receber o salário e fez noitadas só para não deixar a fazenda ir para o brejo. Parece que a ficção imita a realidade, mas sobre uma lupa. Na vida real, não havendo "Januários", com o jeito parvo deste, existe o João, a Maria, o Manuel, a Luisa etc, comuns a qualquer outra pessoa com que nos cruzamos na rua, que são verdadeiros "Januários": trabalham muito para receber patadas em troca.

Vontando ao Januário, o seu sonho desde o início da novela é casar com Lindinha. Mas da moça, o pobre do rapaz só recebe agressões. No final, os dois ficam juntos.

Não me conformo com este final. Não dá a cada um o que eles merecem. Januário devia chegar ao último episódio e encontrar outra moça igualmente da roça que se interessasse genuinamente por ele. Com isso ele ia descobrir o que é receber o amor de alguém e concluir que Lindinha não lhe interessa mais e as atitudes dela acabaram por matar o sentimento que ele nutria. Lindinha (que de linda tem pouco!) merecia ficar como a Neca: seca e encroada - como Lindinha tantas vezes diz para magoar a outra. O seu coração de pedra merecia ter esse fim. Quiçá, ela se tornaria uma "rival" de Kiki, na vida?

Isto é que é fim justo. Mas a ficção gosta de imitar a realidade exagerando-a mas quando chega ao fim, é invenção total!

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Dona Beija Regressa

Até parece que não é coincidência! Este blogue disponibilizou para visualização a novela "Pantanal", da extinta TV Manchete e meses depois uma "bomba" estoura no Brasil: o canal SBT ia exibir a novela!

E foi um sucesso.

O ano passado, o Novelas para Recordar começou a disponibilizar um compacto da novela "Dona Beija" e outra bomba estoura: o canal SBT está a exibir a novela!

Ao que parece, a estreia foi ante-ontem. Estou curiosa para ver com que qualidade será a novela exibida mas mais curiosidade tenho para ver se há uma terceira coincidência. Se colocar outra novela da extinta Manchete disponível para visualização aqui no blogue, será que o SBT vai passá-la de seguida?

Pois mais vale tentar! Aceitam-se sugestões... :O)

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Podia Acabar o Mundo - preferidos e preteridos

Esta novela portuguesa está replecta de interpretações tão fracas e pouco autênticas, que se torna difícil aponta o pior do que é mau. Há tantos ruíns, que numerá-los é uma tarefa exaustiva que deixo para os comentários.


Homens: os melhores

Sem dúvida que Geraldo, de Gonçalo Diniz, é o melhor que está ali. Virgílio Castelo é o segundo melhor e ganha esta classificação porque o vilão Eduardo, mais um da carreira do actor, não tem o mesmo grau de dificuldade de composição que o homossexual Geraldo. É mais difícil fazer um, que outro. Da próxima Virgílio, fica gay... se tiveres coragem!


Mulheres: as melhores

Sem grandes destaques para o sexo feminino, duas interpretações sobressaiem mais. A de Adelaide Ferreira com a sua Mercedes, e a de Diana Costa e Silva, com a sua Catarina. Esta última, no meio de tanta mediocridade dentro da sua faixa etária, é a mais convincente. Pela expressão do olhar, até dá para acreditar que ama loucamente Rui (Ricardo Abril). Mas formam o casal com menos química e mais insonso que alguma vez vi em Tv. Para quem é suposto estar super-mega apaixonados, é de brandar aos céus tanta falta de emoção! Mais por culpa dele, que parece uma estátua dictafone. Adelaide Ferreira, cuja participação nem merece inclusão como personagem da trama no SITE OFICIAL da novela, está óptima como a espanhola Mercedes. Adoro também a sua caracterização, com os cabelos encaracolados.


Homens: os piores

Ui! Quem escolher primeiro? Vou começar por aquele médico, ou por aquele padre... venha o diabo e escolha. Mas quem quiser, pode ingressar pelo ramo da advocacia e é só escolher. A oferta é muita, se não total, e para todos os gostos e faixas etárias. Hurr! Que maus!


Mulheres: as piores

Foi até com alguma surpresa que vi actrizes que um dia já achei talentosas, espalharem-se por inteiro nesta novela. Aquela Luísa está muito mal conseguida por Ana Padrão, não acham? Mas o rol não acaba aí e mais uma vez, enveredando pela profissão da advocacia, o mal nunca vem só, embora se salvem mais almas femininas que masculinas. O óscar para a pior das piores vai, sem dúvida alguma, para a inexpressiva e "estatuestica" prestação de Ana Cunha (Rosário). Horrível até mais não, não vos parece? Nesta novela, as Anas estão em baixa...


No geral, deixo já aqui uma crítica MASSIVA à SIC.

Não sabe promover as suas novelas! Nem os seus artistas. É uma tristeza de causar choro. Se duvidam, façam este simples exercício: pesquisem na net por imagens das personagens. Se encontrarem Adelaide Ferreira como "Mercedes", encontram uma pérola...

Para perceberem do que falo, pesquisem novelas da concorrência e os artistas. Aliás, procurem o que for e vão encontrar, em grande número, diversas imagens para ilustrar qualquer ponto de vista. Com as coisas "made by SIC", HIC! É como se nada estivesse a ir para o ar, são produções, obras e artistas fantasmas.

É caso para se concluir: podia acabar o mundo, que a SIC continuará a fazer asneiras com a produção própria.

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