Novidade

Este blogue mudou-se. Está agora no facebook. Um dia voltará a viver no blogger, numa casa nova e moderna. Até lá, boas novelas!
Para TODOS os fãs de telenovelas Brasileiras e Portuguesas espalhados pelo mundo.
Portuguese blog about Brasilian/Portuguese tv soaps for fans all over the world.

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terça-feira, 30 de junho de 2009

C. Índias: diferenças culturais 2

Ter continuado a assistir à novela "Caminho das Índias" fez-me entender mais duas diferenças culturais entre o triângulo de povos "Indianos-Brasileiros-Portugueses".
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Os costumes durante a cerimónia de casamento, por exemplo. Numa parte da cena, Ravi e sua esposa Camila permanecem sentados, enquanto todos os convidados pousam atrás deles, para serem fotografados com os noivos. A família da "pirangui" estrangeira (sempre me soa a «piranha» estrangeira... mas acho que a autora não quis repetir o chavão) comenta com espanto o facto, lamentando a má sorte dos noivos. Bem... não sei como é no Brasil, mas em Portugal é da praxe todos os convidados tirarem fotografias com os noivos. Varia é a situação: os nossos noivos, pobre coitados, não têm o conforto de dois tronos. Normalmente vão para o jardim, depois da cerimónia religiosa na igreja (exemplo tradicional e ainda o mais escolhido), onde são fotografados em vários locais separadamente dos convidados, e depois poisam, geralmente de pé e ao sol, com cada família. Um processo que pode levar 1 a 2 horas... dependendo da vontade e resistência de ambas as partes e do número de convidados.

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A bem dizer, esta tradição é mais alimentada pelo interesse dos fotógrafos em ganhar dinheiro por cada retrato obtido. Quantos mais tirarem, maior é a possibilidade de lucro. Num casamento português, o indivíduo mais entusiasta no momento de tirar as fotografias, é o fotógrafo, que incentiva e anima o pessoal. Mas não deixa de ser um procedimento aguardado por todos e, quando por alguma excepção, falha, não há quem não lamente não ter fotografias de casamento.
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A outra diferença interessante entre os casamentos Portugueses e os Indianos (afinal, com algumas semelhanças), é a tal parte das despesas…
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Se na Índia têm aquela tradição da família da noiva ter de pagar um «dote» pelo noivo, aqui não é muito diferente. Manda a tradição que seja a família da noiva a arcar com as despesas da cerimónia. Ou seja: pagar a igreja, os proclamas, a festa, a música… tudo. Menos o fraque do noivo!
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Mas hoje em dia, são os próprios noivos que, disfarçando a sua autonomia na discreta ajuda dos pais ou não, tendem a querer arcar com as despesas. O normal é os pais ajudarem sempre de alguma forma, contribuindo com o que podem, quando não com a maior parte das despesas e com o imóvel do futuro casal.
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Agora vem a parte dos convidados. Em Portugal, quando somos convidados para um casamento, o habitual é fazer ofertas generosas de dinheiro. Já se tornou uma “tradição” os noivos, no final da festa, juntarem-se para fazer a contabilidade. Não é muito incomum a quantia de dinheiro obtido chegar para cobrir as despesas e sobrar para a lua-de-mel. Não acontece sempre, mas acredito que, nestas condições e no geral, principalmente quando os noivos viram as despesas diminuídas com a ajuda de terceiros, as oferendas em dinheiro acabam por compensar as despesas próprias. Além de todos os membros da família receberem convites, os amigos mais próximos ou há muito afastados também são chamados à celebração. É uma forma de participar a todos a mudança de estatus, de uma só vez.
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Depois dos noivos embarcarem numa lua de mel, no regresso tratam de ir buscar as fotografias ao fotógrafo e distribuem uma para recordação, a todos os convidados que, entretanto, durante a cerimónia do copo-de-água, já tiveram acesso a uma prova com todas as fotografias e pagaram aquelas que escolhem querer para si.
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Em Portugal, ambos os noivos têm dois padrinhos de casamento. Tradicionalmente, um casal, mas hoje em dia, tanto faz o género e o número. A estes cabe a responsabilidade de oferecer uma maior quantia em dinheiro. Em alternativa ou como inclusão, devem também arcar com a despesa da vestimenta do respectivo noivo. Os padrinhos da noiva devem pagar-lhe o vestido, sapatos, bouquet e demais adornos, e os do noivo, devem fazer a mesma coisa para o fraque. Geralmente, opta-se pelas oferendas em dinheiro por se acreditar que a despesa é menor.
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Caso algum convidado não possa comparecer à cerimónia por falta de recursos, é sempre exercida pressão para que mude de ideias, acabando-se por oferecer a ajuda necessária, seja colocar alguém responsável pelo transporte, ou arranjar alguém que empreste uma indumentária apropriada e se encarregue das despesas do cabeleireiro. Em suma: todos querem ajudar com o objectivo de eliminar os entraves que impedem a pessoa de ir à cerimónia.

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segunda-feira, 22 de junho de 2009

Diferentes culturas - Caminho das Índias

Uma coisa que me incomoda nas novelas de Glória Perez é a elevação das qualidades da cultura que explora. Compara-a com os hábitos ocidentais e arrasa sempre com estes últimos. Os outros são sempre melhores em tudo: mais ligados à família, ao espírito, ao corpo, aos bens, etc...
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Nem oito, nem oitenta. Todos sabemos os "males" de toda este liberalismo. Mas e que tal realçar o bem? Na novela "O Caminho das Índias", os pobres ocidentais perdem sempre quando comparados aos indianos. Quando confrontados, baixam a cabeça e concordam: eles não fazem as coisas bem! Tsc, tsc! (ou melhor: Are Baba! - pois os ocidentais não têm problemas em assumir expressões de outras culturas)
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Mas vamos à razão deste post.
Existem muitas diferenças entre culturas e mais ainda entre sociedades. Portugueses e Brasileiros, por exemplo. Brasileiros e Americanos, por exemplo. E por aí adiante...
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Hoje no capítulo que passou, duas coisas chamaram a minha atenção. Ravi fica espantado por perceber que, no Brasil, os pais podem não assistir ao casamento da filha, se esta estiver longe e não haver dinheiro. Depois, Duda regressa desolada de um encontro com Raj e, quando questionada sobre o paradeiro do filho "António", diz que este está na rua com a babá.
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Quais as diferença entre esta realidade e a portuguesa? Todas!
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A pesar de sermos um povo católico, são poucos os praticantes. Mas quando se trata de casamentos, somos tradicionais. Vamos todos à igreja e gostamos de reunir a família toda. Até pode acontecer que ninguém, dos noivos aos convidados, pratique o catolicismo e só entram em igrejas para os casamentos. Ainda assim, é um ritual que se cumpre com satisfação, pois permite reunir toda a família. É a oportunidade certa para voltar a ver rostos há muito afastados e para conhecer novos também. Os álbuns de fotografias da maioria dos lares por todo o país, todos têm a tradicional foto de todos os convidados e familiares na escadaria da igreja, com os noivos ao centro. A verdade é que, em Portugal, o "costume" da família não estar presente num casamento, é tão raro quanto acertar no euromilhões.
Outra coisa rara na cultura portuguesa é essa presença quase mandatória de babás no seio das famílias. O que é isso? Nas novelas, surgem a torto e a direito! As coitadas nem parecem ter vida própria. Obrigadas a usar um uniforme e a trabalhar que nem escravas. É estranho: são mulheres que cuidam dos filhos de outras mulheres e, no entanto, a relação entre as duas é fria e comercial.
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Aqui as famílias aturam-se até a morte... (perdoem o trocadilho). Os pais andam sempre com os filhos de um lado para o outro. É vê-los aos fins-de-semana com as crianças nos hipermercados. No máximo, tentam encontrar um familiar ou outro pai com quem revesar a vigilância das crianças. Mas isso de contratar alguém, pagar para educar e criá-los, é muuuito raro. Claro, temos a creche, a escola, os tempos livres... onde as crianças ficam enquanto os pais trabalham. Mas essa figura substituta, sem laços de sangue, contratada para estar dentro de casa, isso é muito raro por aqui. Nem discuto se é bom ou não. Acho até que não é muito vantajoso para os pais e para a estrutura familiar, se os membros não conseguirem "uma folga" de si mesmos, de vez em quando. Mas isso não implica a necessidade da presença diária de outra mulher a criar a criança, para além da mãe. Aqui somos mesmo super-mulheres!
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No Brasil parece que qualquer um tem uma babá mal a criança acaba de ser parida. E o que é pior: parece existir um "acordo" que dita o que a funcionária deve fazer, que atravessa um pouco a linha do que aqui uns considerariam inaceitável. A babá parece trabalhar muito sem direitos alguns, quase nunca folga, ganha uma miséria e está sempre a dizer "sim, senhora", "não, senhora", "é para já senhora", dentro daquele uniforme de serviçal. E ainda assim, tem estatuto em relação a outras coisas que podia estar a fazer...
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Ainda não entendi se na Índia, as empregadas domésticas também fazem as vezes da babá. Mas ao menos, como são famílias numerosas, existem muitos para as educar, o que não desgasta tanto a mãe ou o pai. Em Portugal, é costume as avós ficarem a cuidar dos netos. É uma grande diferença cultural. Porque a avó tem um laço de sangue. A criança fica na casa da avó e não na casa da família entregue a uma empregada contratada. Outra diferença que considero brutal é que, segundo as novelas, parece que as mães que não trabalham são as que mais têm babás. Ou seja: as babás parecem estar ali para os filhos de mulheres que precisam de ir ao salão de beleza...
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Desculpem qualquer coisinha e reflictam nestas ideias de última hora ...

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domingo, 14 de junho de 2009

Votação renhida


PRÓXIMA NOVELA DA MANCHETE


A votação "Qual a novela que o SBT deve passar a seguir" está a ser interessante de acompanhar. A preferência dos fãs começou por ser clara: querem ver "A História de Ana Raio e Zé Trovão". Mas tirando esta, qual é a novela que se segue nas preferências do público? É aqui que a votação tem sido interessante de acompanhar.
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A 2ª posição estava a ser disputada por Marquesa dos Santos, Kananga do Japão e Carmen. Esta última chegou a estar na dianteira, mas com o tempo deixou de receber votos, estando agora a disputar a 3ª posição na lista de preferências. De momento, temos um empate entre Marquesa dos Santos e Kananga do Japão, ambas com 44 votos! Qual destas sairá vencedora?
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Não deixo de pensar nas razões que motivam as escolhas. São novelas distintas. Ambas de época mas de alturas diferentes. Lembro-me de aguardar com expectativa a chegada de "Marquesa dos Santos" à televisão portuguesa. Anunciada inúmeras vezes, mas de ano para ano adiada. Parecia já ser inútil ter esperanças. Quando finalmente passou, por volta das 10.30 da manhã ou coisa assim, na RTP1, foi decepcionante. O horário decerto não ajudou. Mas para quem esperava o encanto de algo do tipo "Dona Beija", achei que ficou aquém. Provavelmente, a votação nesta mini-série provém da simpatia do público pela jovem Maitê Proença e do sucesso da novela que a lançou: Dona Beija. "Kananga do Japão" nunca esteve nas minhas novelas predilectas, porque não gosto mesmo de ver Christiane Torloni naquele papel a fingir que é inocente. Tem um ar oposto àquilo que está a representar! É uma história longa, engraçada mas enfadonha e com tanta dança e cantoria, que enjoa. Tem boas actuações - mas só se fugirmos das personagens principais e seus amigos próximos e formos para o lado de Eliane Cristina e outros actores veteranos, por exemplo.
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De momento, são as novelas a disputar o terceiro lugar que estão a causar mais entusiasmo. Quem ocupará esta posição no pódio? Quem fica com a medalha de prata?? A novela "Carmen" deixou de receber votos, mas a novela "Helena" começou a ganhar uns tantos. Embora ainda exista uma diferença, a verdade é que uma está a subir e a outra a descer. Será que "Helena" ultrapassa "Carmen", ocupando assim a 3ª posição, que já estava a disputar com "Tocaia Grande", que entretanto ficou para trás? Espero que sim! É uma novela interessante de acompanhar. Embora cheia de coisas menos perfeccionistas, no mínimo estas nos fariam rir de satisfação, mas nunca o contrário. Com "Helena" penso que temos um pouco do encanto da novela "Dona Beija" de volta para o público. Acho que a novela «agarra» o espectador, não se sabendo bem como nem porquê, mas agarra. O espectador até pode tentar ir embora, mas fica. Penso que as outras não possuem este encanto. Confira neste excerto.
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Agora é só aguardar mais um mês, para saber os resultados! Entretanto, a votação para a novela que mais gostaria de ver de imediato está igualmente interessante e renhida! Já votou?

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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Final de Caminho das Índias

Tenho cá para mim que já sei como termina a novela "Caminho das Índias".
Decerto, como num conto de fadas, as últimas cenas serão com as personagens aos pulinhos e mais pulinhos, sorrisos até mais não, sobre o fundo musical «na gina, na gina, na gina, vagi...»!
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Até lá, muitos flash-backs, muitas cenas das habituais danças de salão que empesteiam as novelas da autora, celebridades a fazer inúmeras aparições sem sentido, com alguma interacção idiota com as personagens e inúmeras cenas prolongadas das crianças a dançar, repetidamente, enquanto os adultos parecem estátuas incapazes de o fazer. Tudo para mais uma esticadinha no capítulo do dia.
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E claro, no final, vão todos concordar: as castas são uma parvoíce, afinal estão todos mesclados uns com os outros e ás tantas o Dalit é o filho de alguém importante e os que pensam que o são, são Dalits. Ai, ai...

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Ciranda de Pedra: still on

Esta 2ª feira apanhei um episódio da novela "Ciranda de Pedra" em exibição na SIC. Só agora a pobre da Virgínia foi confrontar a empregada Luciana para saber a verdade sobre a sua origem. Está a fazer um ano que Ciranda de Pedra estreou em Portugal. A continuar assim, rivaliza com Dalas!

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segunda-feira, 1 de junho de 2009

CR: Aproxima-se o FIM

A novela "O Cravo e a Rosa" está a chegar ao final. Mesmo que não se acompanhasse a história, a forma como os acontecimentos estão a desenrolar-se em catapulta, faz com que se perceba o que se passa.
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Mas porquê que é que todos os finais têm de ser assim?
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Quer dizer: andam todos ali, episódio atrás de episódio, sem descobrir as intenções de Lindinha, para, num de repente, tudo mudar. E não é só esta parte da história, mas todas as paralelas também, começam a caminhar para um final rápido. Seu Calisto, após um enfadonho "beija-ou-não-beija" Mimosa, subitamente pede-a em casamento, depois dá o dito por não dito, mas ela aceita-o à mesma, ao invés de ficar ofendida e recusar, prolongando assim a história, mas sendo fiel à sua personalidade até então.
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O fim aproxima-se mesmo. E lamento saber que alguns "casais" ficam juntos. O arrependimento deve estar reservado para Lindinha, que se sabe ficar com Januário. Acho mesmo que não merece. Nem o pobre coitado merece tal sina!
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Bianca, eterna gata borralheira um tanto sonsa e sofredora, acaba por casar com o professor. Mas este merecia melhor sorte que esta panhonha. Candoca, que parece o conhecer tão bem e sempre está do seu lado nos bons e maus momentos, apaixonada que era por ele de início, merecia essa recompensa: o amor de um homem íntegro que jamais a atraiçoará. Mas a pobre vai ter de se contentar com Celso... outro que deve mudar subitamente de carácter. Mais um "milagre" dos finais das novelas!
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Já não recordo o final de Cornélio, mas tenho cá para mim que acaba com Dinorah, embora com um papel invertido ao do passado. Passam a brincar ao patrão e empregada.... ou melhor: patrão e camareira! Mais uma vez, talvez Dalva merecesse provar desse longo amor que sempre sentiu por Cornélio. Mas ao invés disso, vai ensinar umas coisinhas ao jornalista Serafim...
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