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segunda-feira, 24 de junho de 2024

O GRANDE Tony Ramos

 

O que faz o Tony Ramos "grande"?

Pois...


Porque ele é. E o que o faz grande é que, no monitor, ele se faz grande. Como pessoa provavelmente é pacato, calmo, quieto, calado. Pega uma personagem e.... EXPLODE!


Explode na forma como mostra tudo e mais um bocado daquele "ser humano" que existe apenas em palavras num papel. Subitamente, este ganha vida. E não uma qualquer, mas uma cheia de nuances, profundidade. Subitamente estamos mesmo a olhar para um fazendeiro ambicioso e sem escrúpulos. Um assassino. E dá... MEDO. 

Tony Ramos incutiu-me temor e medo em determinadas cenas da novela "Terra Paixão". Pelo episódio 10 vi também que, entre o jeito rude, agressivo mesmo, existia uma verdadeira preocupação pela filha, Petra. Vi um pai. Apesar de ser agressivo e constantemente magoar e pisar nos sentimentos dos filhos - sem dúvida os ama. Petra é viciada em "tarja preta" - medicamentos. Está sempre a enfiar uns comprimidos na boca. Naturalmente o pai, sendo como é, atira-lhe isso à cara com a agressividade que o caracteriza, mas ele quer o bem dela. Acaba que é o principal causador dela sentir necessidade de ir atrás dos mesmos. 

Petra também está muito bem conseguida. Interpretada com mestria. A fragilidade, o ciúme, a emoção, a dependência... tudo lá. Nota-se o potencial incrível de uma mente brilhante para os negócios e para a vida em geral, que ainda não descobriu a sua força pessoal por estar tão carente de amor. Amor esse que começou por lhe escassear pela figura paterna. A forma como responde ao clima familiar tenso é tomando comprimidos para deixar de se sentir tensa. Fica "dopada" o tempo todo. 

Até a evolução do próprio "Tony Ramos" - faz imaginar que vem ali uma mudança de epifania. Os seus dois filhos homens - que vão acabar por mimicar o desentendimento dos tios (presumo), dão-se tão bem que até parece que não podem existir irmãos que se gostam tanto. Ambos são "do bem" - ou seja, reprovam os métodos "à antiga" do pai, que cresceu habituado que quem tem dinheiro pode tudo, inclusive apropriar-se de terras e ver-se "livre" de pessoas que se metam no seu caminho. 

O episódio da novela começa com uma perseguição de carro que culmina com um assassinato a queima roupa. Um homem morre com bala no peito e a polícia nem faz nada, fica tudo por isso mesmo... A impunidade parece reinar diante do dinheiro e poder de "Antenor" - personagem de Tony. Ninguém lhe faz frente e ele sabe como manter as pessoas na ponta dos pés. 

Mas depois vem o lado familiar. Uma esposa - segunda porque a primeira morreu - que só se casou com ele pelo dinheiro e dedica cada instante da sua vida a tentar convencer o marido de que os dois filhos dos dois devem ser os únicos a suceder o pai nos negócios. Já que o filho mais velho - fruto do primeiro casamento, ela não gosta nem um pouco. 

Caio, seu nome, até agora é uma personagem que me soa melhor no papel do que na forma como a vejo a sair do ecrâ. Ter um rosto conhecido e já entrado nos anos a fazer o papel, talvez contribua para isso mas, se a interpretação conseguisse ser mais credível e atingisse a profundidade que se nota existir no papel, seria bem mais interessante. 

Já o ator que faz de irmão de Caio, está muito bem. Consegue passar sentimentos múltiplos, embora o veja a noivar e a desejar outra mulher e, na parte de trás da cabeça, fique a imaginar que se apaixonaria sim é por um homem. Algo no ar do ator dá essa vibe. Mas em termos interpretativos, estou a gostar das expressões faciais que transmitem emoções não verbais, tais como desconfiança, espanto, desilusão, tristeza, dúvida, angústia..

Por enquanto só vi 12 episódios mas já dá para tentar adivinhar parte do enredo que se avizinha. Diria que os dois irmãos, que se dão tão bem, vão desentender-se a sério, tal como, no passado, se desentenderam os tios. O motivo é desconhecido, mas adivinha-se que terá sido mulher. A primeira esposa... mãe de Caio. Ela é a chave para se desvendarem muitos mistérios. 

Morreu de parto. Caio tem um amor incondicional pela sua memória mas vive triste porque o pai sempre o culpou por ter matado a mãe ao nascer. Ou assim pensa. Contudo, em todos os momentos em que vemos a atual esposa (Glória Pires) a tentar convencer o marido de que os filhos dela são os únicos com direito a tomar conta da riqueza da família, lá está Tony Ramos, grande ator que é, a dar-nos aquele olhar, aquele silêncio, que nos diz que também ele sabe o que ela está a tentar fazer e não gosta. Mas deixa-a estar... afinal, casou com ela. Mas ela que se prepare que decerto algo rasteiro lhe vai acontecer... Ao que parece, a esposa gostaria muito de ter oportunidade de "pular a cerca". O que é super perigoso com um marido acostumado a matar pessoas. O destino de "Glória Pires" parece vir a ser um horrível. E se, como em quase todo o bom foletim, vier-se a descobrir que ela teve algo a ver com a morte da primeira mulher... ui! Mas aqui já estrapolo um pouco. É que a ambição de poder dela é tão grande, que não seria inconcebível que tivesse feito algo para prejudicar a gravidez daquela que, talvez um dia, tenha sido sua amiga. 

E Caio e o "tio"? Que se passa ali? Será mesmo ele seu tio? Queria ele ser seu pai? O desentendimento dos irmãos começou por amarem a mesma mulher? É que isso é o que parece estar escrito que vai acontecer com os filhos agora... que conheceram a "viúva" que o pai deles providenciou como tal: Aline. Até agora apenas uma personagem plana, interpretada por alguém sem o carisma necessário para tornar credível toda a admiração que todos sentem por ela. Não passa aquela energia de pessoa que é líder e faz todos querer ser satélites à sua volta. Aline só faz é "passear" nas terras e "passear" conduzindo o seu carro. E inúmeros e infindáveis passeios noturnos - pouco adequados a quem passa o dia inteiro a trabalhar e se sente exausto. Nesses passeios noturnos sem razão aparente é onde ela sempre interage com todos os seus três pretendentes secretos: O primo, e os dois irmãos. 

É muito homem fascinado pelo magnetismo de uma mulher que... não convence ter um. 




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