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Este blogue mudou-se. Está agora no facebook. Um dia voltará a viver no blogger, numa casa nova e moderna. Até lá, boas novelas!
Para TODOS os fãs de telenovelas Brasileiras e Portuguesas espalhados pelo mundo.
Portuguese blog about Brasilian/Portuguese tv soaps for fans all over the world.

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sábado, 3 de maio de 2014

Cabelo, cabelo meu. Existe algum mais belo que o meu?

É dito que Mariana Ruy Barbosa recusou-se a cortar o cabelo para as suas cenas na novela AMOR À VIDA, na qual descobre sofrer de cancro e se submete ao tratamento.

Reflectindo neste assunto chego à conclusão que o cabelo é dela e por isso está no seu direito decidir se sacrificar o seu cabelo pela personagem era a coisa certa a fazer ou não.


Liberdade gente... Cada qual tem a sua forma de se entregar a personagens. E digamos que, para aquela personagem e sua relevância ou novidade na história, também não vejo obrigatoriedade em fazer tal coisa.

O cabelo faz parte da imagem do ator. Como em tudo, este muda ou não o visual para ficar de acordo com a personagem. Mas e na próxima personagem, como vai ser? Se existem planos para fazer uma miúda vaidosa, que vive cuidando de seus longos cabelos, Mariana ia ser imediatamente recusada para o papel :) E teria de esperar três anos para recuperar o comprimento ehehe. :)


Existem extensões, é verdade. Mas não são solução para tudo e dão uma trabalheira de manutenção!! :D

Estou a utilizar um tom brincalhão mas acredito que o actor tem direito a essa decisão. Nunca entendi porque sublinhavam tanto atrizes que cortavam o cabelo... Se o fazem, é porque decidiram assim. Foi-lhes dada a escolha. É porque podem, porque concordam, porque são bem pagas para isso e porque não compromete trabalhos futuros.

Joana Foom rapou os cabelos para a cena final de Pérpetua desmascarada na igreja, na novela Tieta. Uma única cena de insatisfatórios segundos de duração e vumpt! Lá foram os fios... Não lembro de ler nenhum elogio a ela por isso (mas pode ter existido).

Cada qual diante do momento e da situação, sabe de si. Feio mesmo, acho que é ostracizar o outro por isso. (ver link). Está certo: ator deve entregar-se com "tudo". Mas nem "tudo" é assim preto no branco. Marlon Brando lia cábulas para as suas falas, outros usam auriculares, postiços, ilusões, CGI... É até caso para dizer que com a tecnologia de hoje em dia, só rapa o cabelo quem quiser.

Isto dos bastidores de qualquer profissão tem sempre aquela parte feia de quem ninguém fala. Nas novelas então, não deve mesmo ser aqui que se encontram as excepções.

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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Lado a Lado - novela e a personagem heroica de Zé Maria

Acompanho a novela Lado a Lado (TV Globo Portugal) com gosto. Considero-a uma novela excelente. De início temi que viesse aí mais uma novela cliché. Achei as chamadas de atenção da novela repletas de cliché e padronizadas. Intuí que iam usar e abusar de cenas de capoeira, elevadas ao heroísmo e muito produzidas. Por isso temi que viesse a encontrar uma trama que não passasse de uma manta de retalhos de outras tramas já vistas vezes e vezes sem conta. Temi os exageros, principalmente nas «lições de moral». Temi a unilateralidade da abordagem ao tema do racismo, ao tema da riqueza versus a pobreza, enaltecendo sempre a última e colocando os vilões na outra. Temi os enquadramentos, as técnicas de filmagem, sempre iguais, previsíveis e muito vistas. Mas felizmente a trama surpreendeu e é agradável. É uma novela que não gosto de perder. 


Porém, não posso com o Zé Maria. Quer dizer, poder até posso, mas acho que a personagem no papel deve funcionar bem melhor do que aquela que aparece no ecrã. Zé Maria é um filho de escravos, nascido já livre mas que ainda enfrenta, como todos os outros, os resquícios do preconceito que ainda habitam algumas mentes. Ele é um herói, corajoso, destemido, sempre mas sempre a travar lutas de honra e envolvido em causas nobres. Só que o Zé Maria que vejo não me convence. E é um chato. Chateia tanto heroísmo! Tem sempre de ser ele o herói de todas as situações. O pior é que é um tanto inverosímel. Talvez a responsabilidade seja «nossa», que idealizamos os nossos heróis como Adónis, perfeitos em todos os sentidos e o actor que incorpora a personagem não é exatamente um adónis. Mas não creio que seja a beleza um factor fundamental para conseguir dar credibilidade a um herói. Outros atores conseguem e nem se percebe que a beleza não é um predicado essencial. Zé Maria mete sempre o bedelho em tudo. Não deixa ninguém expressar-se livremente, ser dono de si, está sempre a passar juízos de valor e a tentar fazer com que quem o cerca viva a sua vida como ele, Zé Maria, acha que é o certo. É esta a impressão que a personagem me passa e sei que, no papel, é suposto ser o contrário!


Numa cena que recentemente foi para o ar, Zé Maria confronta Albertinho na casa de Isabel. Albertinho chega porque quer conhecer o filho e os dois entram num confronto de palavras. Devia ter sido o momento em que , o noivo que não chegou a ser marido, o namorado cuja namorada engravidou de outro, ia brilhar. Ia poder sair por cima. No entanto a cena parece dominada pela coragem de "Albertinho", que mesmo sabendo-se indesejado e diante de um capoeira que o despreza, mantém-se firme e nem pestaneja. Decerto que a intenção da cena não era fazer com que o público admirasse ainda mais Albertinho e sim, se compadecesse do sofrimento de Zé Maria e vibrasse por este finalmente ser mais duro com o «rival». 
Contudo, parece estar a ser apenas casmurro e a querer complicar o que é simples. Está sempre a repetir: "O Elias era para ser meu filho, era para ser meu filho" - e parece que não vai conseguir ultrapassar esse facto. Só dá vontade de o mandar calar e lhe lembrar: "não é porque não quiseste. Não quiseste assumir o filho de outro homem". Claro que percebemos a sua incapacidade para tal acto na altura dos acontecimentos, mas acho que não devia passar em branco na mente de que ele também contribuiu para a situação. Paira sempre no ar a culpa de Isabel, que se desmancha em atenções para não ferir a susceptibilidade de . Aconteceu há oito anos ou mais! É a vida e tem de se ultrapassar. Só que ele fica a remoer e o que transparece é que este «herói», justo, corajoso, respeitador, equilibrado, não deixar que os outros esqueçam a sua responsabilidade no seu sofrimento acabando por os martirizar a cada dia que passa. 





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