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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Representar com convicção e sem tiques

Não quero passar algum juízo de valor mas tenho de fazer uma crítica que julgo construtiva no que respeita às interpretações dos actores que fazem par romântico na novela "Louco Amor" (tvi) nas personagens de Margarida e Duarte.

Começando por ela: a sinopse revela uma rapariga muito activa, diria eu hiperactiva, que fala muito depressa, tem sempre a cabeça a mil e não pára para descansar. Contudo, a «encarnação» dessa personagem parece oposta ao que seria o comportamento de tal pessoa. "Margarida" surge apagada, vagarosa, suspirante e sempre cheia de lamentos. Parece acometida da doença da Dama das Camélias, a tuberculose e o romantismo trágico.  


Como devia a personagem surgir no ecrã: dinâmica, sempre em movimento. Quando nas lides domésticas mostrar mais genica, ao invés de ficar ali parada. O máximo que a vi fazer foi afagar umas almofadas. Outras personagens foram bem mais convincentes. Por vezes ela está ali de braços cruzados. Na rua, "Margarida" caminha vagarosamente. Para quem anda sempre a correr de um lado para o outro, principalmente para a paragem do autocarro, garanto que aquilo não é a passada de uma pessoa sempre com pressa. Quase todas as falas da personagem são entregues em suspiros. Margarida suspira antes de começar a falar, ela faz respirações profundas antes de entregar a fala e acabei de ver uma cena em que a actriz antecipou cada fala com o som "tsch", o que tira credibilidade e é enervante. 


E já sei até a exaustão que a personagem está "cansada", a palavra é dita quase em todas as falas faz vários episódios, entre suspiros e lamentos. Quem escreve as falas da personagem devia parar de repetir isto, pois só reforça tudo o que venho vindo a apontar. Por fim, o vestuário que ostenta devia ser outro. Vir da «aldeia» não significa um vestuário simplório e até enerva ver que está sempre de casaco vestido, ainda mais com o verão já a acabar.

Duarte não é muito diferente. Devia ser mais desenvolto. Também este actor antecipa ou termina muito do que diz com longos suspiros. Uma vez até me enervou, pareceu-me ficar uma eternidade à espera que após mais um suspiro entregasse a fala, que até já adivinhava qual seria. Por vezes não se entende bem o que é dito, por uma certa tendência para falar para «dentro».

Não quero dizer que sejam maus actores, mas não dominam estas personagens. O que pode ser visto como algo positivo (existe espaço para evolução). O curioso é que nem sempre um actor que faz bem umas emoções, consegue ser convincente noutras. E depois há aqueles que conseguem surpreender sempre em qualquer registo. Nesta novela tenho de destacar Sara Prata. Delicio-me com excelentes interpretações! 

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