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domingo, 12 de agosto de 2012

Novelas da noite - Dancing

Dancin Days até este momento revelou três importantes pontos em que a história não tem a credibilidade que devia: Nunca que em 16 anos de vida ou em qualquer momento da história, Mariana se interroga sobre quem será seu pai. Só se fala da mãe, como se ela tivesse sido gerada pela actual técnica da inseminação artificial. Antes tivessem adaptado a história a esse extremo, pois como está não surge autêntico. Nem Mariana, nem qualquer outra personagem alguma vez se interroga sobre a identidade do PAI. Como se na vida real isso não fosse importante para uma criança. 

Outro momento mal conseguido é o retorno de Júlia após se ter casado com Hurbano. Rica, decide fazer uma aparição em grande no badalado clube nocturno do marido da irmã. É suposto este acto vir carregado de simbolismo, pois é o regresso de Júlia a uma das actividades mais prazerosas da sua juventude, antes de ter engravidado e ir para a cadeia: a dança. O retorno de Júlia é suposto arrebatar as atenções dos média e fazer todas as cabeças girar à sua passagem. É aqui que se ia poder observar o "retorno" da jovem que tinha existido ANTES da prisão, pois Júlia amava de dançar. Contudo, esta parte da história não é explorada devidamente logo no primeiro episódio. 
"Júlia" devia ter dançado como se estivesse a exorcizar os seus demónios do passado e como se nenhuma desgraça houvesse acontecido. Mas não vimos nada disso porque, logo no primeiro episódio, esse "amor" pela liberdade e expressividade da dança não foi transmitido. Talvez por não existir uma estilo de dança marcante, como aquando se escreveu a história original, época do Disco. Fizeram mal. "Júlia" devia ter um estilo de dança, onde se libertasse como nenhuma outra. Os elementos estão lá: o clube nocturno, Júlia dizendo-se uma apaixonada por dança... mas são meramente figurativos e não credíveis.

E finalmente, que PALHAÇADA foi aquela de Júlia aceitar o pedido de casamento de Hurbano? Os aparentes motivos que a levam a tomar essa decisão não fazem actualmente qualquer sentido. Nota-se mesmo aqui que se trata de uma história datada lá no passado. 
Mas alguma vez um homem como o Hurbano dizia logo "sim" ao um casamento de mentira, aceitando de imediato que a "noiva" fosse de lua-de-mel sozinha e não aparecer por 7 meses?? E a parvoíce da decisão de Júlia? Como explicar isso nos dias que correm? Com o homem que ama atrás dela quase todos os dias a pedir-lhe para que volte para ele, ela aceita antes casar com um total desconhecido? Se ainda tivesse passado muito tempo desde que "Duarte" tivesse se declarado, mas não... Duarte apaixonado, Júlia apaixonada, AMBOS livres, ele rico... Mas o que os impede, digam lá?? Faz algum sentido isto em pleno século XXI? E porquê? Para ter uma vida "confortável".... Não faz qualquer SENTIDO nos dias de hoje. Júlia teria ido ter com o seu amado Duarte e aceite o seu pedido de casamento e pronto: ia procurar a felicidade onde sabe que ela está, e não num desconhecido. Não faz qualquer sentido em pleno ano 2012... Assim como a forma como os seus amigos aceitam a sua decisão é totalmente absurda. A melhor amiga diz-lhe que não a vai julgar e que lhe dá apoio. Mas alguma vez uma pessoa experiente que está de fora e enxerga longe nos dias que correm permitiria que uma amiga fizesse tamanha burrice sem a tentar dissuadir?

Outra coisa bastante datada que não tem lógica nos dias de hoje é o DIVÓRCIO DE RAQUEL. Esta vai ter de aceitar os termos do ex-marido, porque este tirou umas fotografias dela a beijar outro homem. São prova de infedilidade... mas o que é isto? Desde quando é que fotografias de beijos hoje em dia chocam alguém, quando já tivemos na sala oval um presidente a ter relações sexuais com uma jovem que não a sua esposa, quando um realizador tem sexo com a filha adoptiva e larga a esposa para se casar com a ex-filha... No que é que umas fotografias de um beijo iria limitar uma pessoa como Raquel em lutar pelos seus direitos nas partilhas? Raquel arranjaria formas de combater Zé Maria, mais que não seja inventando-lhe amantes, ou assumindo o caso dizendo-se muito apaixonada, pois a sociedade é branda para com o amor verdadeiro e já não recrimina separações. Uma atitude destas só lhe traria mais credibilidade e força para lutar por um acordo de divórcio mais vantajoso. É tanta a hipocrisia que já conhecemos deste mundo, são tantos os escândalos sexuais envolvendo políticos, tanta imprensa cor-de-rosa... 
Sinceramente: a novela aqui está a guiar-se por padrões desactualizados. E é isso que limita uma história que parte de um remake. Pois por mais diferente e actual que seja ela tem de obedecer a desenvolvimentos fixos, fica presa, escravizada a "momentos-chave". E se estes forem datados no tempo por remeterem a padrões sociais/morais desactualizados, dificilmente se conseguirá reproduzir  com autenticidade para os dias de hoje. Nos tempos que correm, ao contrário dos anos 70, a INFIDELIDADE feminina já não é tão marcada com descriminação. A mulher não é mais posta de lado por todos, desde ricos a pobres, crianças a velhos. Estamos cada vez mais afastados da infame letra "A"  ESCARLATE... Por tudo isto é um ABSURDO Raquel aceitar um mau divórcio nos dias de hoje.

De resto a parte como contam o que acontece a muitos jovens casais que se vêm subitamente pais está a ser sublime. Adoro em particular aquela sogra da Mariana, mãe de Duarte e Guilherme, esposa... os filhos e o marido não têm desculpa, mas as fraquezas que revelam devem-se ao autoritarismo desta mulher que, embora bem intencionada, não consegue perceber que não dá espaço aos seus e todos precisam de espaço para florescer. E vive sozinha... mesmo sufocando todos à sua volta, ainda que se dedique a eles, isso também não lhe basta só que não é capaz de mudar isso. Vive num ciclo vicioso e a suspeito que a história tem muito que dar só por pegar nesta parte da relação sogra/nora.

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