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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Dancin ' Days portuguesa - melhores personagens (so far...)

Após um longo período em que se deu mais importância a histórias rurais e a realidades mais afastadas daquelas que correspondem à maioria da vida das pessoas actualmente, heis que surgem 2 novelas nacionais com trama contemporâneaDancin'Days (SIC) e Louco Amor (TVI) podem ter títulos de anteriores telenovelas brasileiras de sucesso feitas nos anos 80, mas nada têm de desactuais. 

Em Dancin'Days o que mais me impressiona em toda a trama é a forma ampla de abordar as diferentes realidades dos relacionamentos entre homem e mulher, desde os casados aos divorciados até os casais que se namoram, ou aqueles que andam no mercado em busca de namorar.   

Teresa Sousa Prado
Temos Teresa Sousa Prado (Cristina Homem de Melo), talvez a minha personagem feminina favorita  até ao momento, esposa de Francisco (Júlio César). Teresa tem a postura típica das mulheres bem criadas sob um conjunto de valores tradicionais dentro do seio de uma família de posses. Ela não tem profissão nem ocupação que não seja cuidar da casa e da família e talvez por ter tanto tempo livre, acaba por meter-se demasiado nas decisões de vida dos dois filhos adultos, Duarte, o diplomata que quer ser artista e Guilherme, que faz faculdade de Direito mas não sabe se é isso que quer. Teresa sente-se só e acaba por não ser valorizada, nem pelos filhos nem pelo marido, o qual quase nunca vê, pois este está sempre ocupado profissionalmente ou sempre de saída para o trabalho. Francisco trabalha no ministério Público, como juiz, parece-me. Ao final do dia Teresa também não vê muito o marido, sendo frequente este passar noites sem ir dormir a casa, por se encontrar "a trabalhar no escritório". De manhã, sozinha ou brevemente acompanhada à mesa do pequeno almoço, Teresa toma o seu comprimido para a tensão, enquanto vê os filhos irem às suas vidas sem terem também muito tempo para lhe dispensar mais atenção e sem demonstrarem muita paciência para as perguntas invasivas da mãe. E como nem tudo o que parece é, aquilo que Teresa dá como certo, está em risco de perder: a sua casa. Sem sequer sonhar, o marido deve muito dinheiro ao fisco e corre o risco de ter os seus bens apreendidos. A falta de dinheiro e a grave situação financeira é algo que Teresa desconhece. A sua maior felicidade é a casa onde habita com a família, o seu porto seguro, casa que herdou do pai e que tem estado há gerações na família.
Francisco Sousa Prado
Francisco não é um esposo fiel, como já deu para perceber e acaba por embeiçar-se por uma jovem, acabando por lhe dar presentes caros e por lhe prometer ajudar a realizar os seus sonhos para obter os seus favores sexuais. Na cobardia que caracteriza este comportamento típico do género masculino, ele mente constantemente e oculta a vida dupla e a situação de emergência económica em que colocou a família. Francisco também parece pouco habilitado de capacidades para dar a volta à situação. A catástrofe está eminente... Porém, como pai, Francisco não fracassa como acontece como chefe de família e esposo. Ele escuta os filhos e tenta perceber se estes estão felizes com as escolhas de rumo de vida que fazem, disponibilizando-se para os ajudar, mas não desonestamente, como se verificou quando o filho mais novo pede-lhe para meter uma palavrinha a um professor da faculdade por causa de um fraco desempenho seu num exame.  

Num outro extremo temos a família Galvão, outra com origens na tradição de um nome e no dinheiro. Encabeçada (mas só aparentemente) pelo patriarca Alberto Galvão (Igor Sampaio), esposo de Ester (Margarida Carpinteiro), Alberto é a minha personagem masculina predilecta com uma interpretação que considero perfeita.


Aqui o dinheiro já desapareceu faz muito tempo. A família vive enterrada em dívidas que o próprio Alberto contrai, a um ritmo quase diário, tanto em negócios falhados nos quais sempre se mete, como no jogo ou em compras supérfluas como um televisor plasma. Mesmo não tendo dinheiro para pagar a conta da água, a luz, o gás, mesmo sobrecarregando a filha que se mata a trabalhar e a pedir ajuda a todos para conseguir dinheiro para manter o pouco que ainda têm  - a casa onde vivem, ainda assim Alberto não é capaz de mudar de postura. Ele é um sonhador, que ainda se vê sem dificuldades financeiras e acredita mesmo que um dia vai criar algo no mercado que vai ser um tremendo sucesso e lhe vai dar prestígio e uma enorme riqueza. Mas enquanto o tenta sem contenções, vai submetendo a família a muita pressão e preocupações. 
Carminho
Carminho (Joana Seixas), a filha solteira, toma as rédeas e as responsabilidades para si e com isso o sonho de casar, ter casa e construir uma vida independente é adiada há anos. A família Galvão tem muitos problemas mas salta à vista que ninguém é individualista e ali todos dão apoio uns aos outros. Até a empregada Amélia (Catarina Avelar), que não perde uma oportunidade de dizer na cara do patrão e diante de quem estiver a escutar que este não lhe paga salário faz meses e fracassa em todos os negócios em que se mete, acaba por disponibilizar as suas economias para pagar uma das suas dívidas. Mas pelos vistos o afecto fala mais alto e isso é o denominador comum deste núcleo familiar, que é ainda composto por uma outra filha do casal, Áurea (Custódia Galego), casada com Aníbal  (Vitor Norte), mãe de dois filhos: Inês (Maya Booth), uma jovem  licenciada que vive para o trabalho num atelier de arquitectura com vista a construir uma sólida carreira e mal tem tempo para o noivo e Bruno (Diogo Carmona), de 12 anos. A juntar a todos estes vivem ainda debaixo do mesmo tecto Paulo (Henrique Gil), neto da empregada Amélia e Vera (Vitoria Dias), filha de uma prima de Alberto, que ficou órfã aos seis anos e foi acolhida pelo casal. Ao todo são 10 bocas para sustentar, ás quais se vai juntar a protagonista, Júlia Matos (Joana Santos), cujo dinheiro da renda de um quarto vai permitir à família subsistir. 

Áurea
E assim foquei detalhadamente as minhas duas personagens favoritas até ao momento, por toda a complexidade que as suas escolhas e relações como casal e a família se desenrolam em aparências, mentiras e dificuldades. Mas mais há para falar, como por exemplo Hernani Peixoto (João Ricardo), que vive a querer se aproximar da ex-mulher, que o apanhou em flagrante adultério dentro da própria casa e ainda é censurada por alguns por ter pedido o divórcio, ao invés de aguentar calada as traições. Hernani quer a esposa de volta não para deixar de ser boémio e vigarista, mas para ter uma empregada em casa e uma mulher fixa na cama. Ainda está por descobrir se lhe tem afecto genuíno. Outra coisa que está por descobrir é o que está mal na relação de Áurea e Aníbal. Os dois vivem frustrados e em constante picardia. Sabe-se que mais para a frente vai-se descobrir que Aníbal é, na verdade, um homossexual não assumido e Áurea também tem os seus problemas... Uma realidade que acontece para além das paredes de alguns lares, e que continua a fazer os seus estragos. 


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