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quinta-feira, 27 de março de 2008

EM Exibição 04

Há muito se soube do falecimento do actor que fazia o Nezinho na novela "Desejo Proibído" mas em Portugal os fãs poderam continuar a vê-lo até o episódio de ontem. Subitamente D. Purezinha acompanhada do filho Argemiro vai até à paróquia onde o Padre Inácio pergunta pelo paradeiro do seu sacristão e, banhados em lágrimas verdadeiras, dizem que este sonhou com a mãe, ficou com saudades e por isso abandonou a cidade. E esta foi a desculpa que o argumentista achou por bem dar para o necessário desaparecimento da personagem.

A cena foi vivida a lágrimas verdadeiras, com os actores que fazem de Purezinha e Argemiro fora de personagem, a chorar de verdade pelo falecimento súbito do actor. Marcos Caruso porém, manteve-se diante da câmera como padre Inácio, sabe-se lá com que força para encorporar com profissionalismo a personagem e não a dor do momento. Talvez seja a maturidade de quem já viu muitos partir, por muitos já chorou e acredita verdadeiramente que quem partiu está num bom lugar. O tabu que é este tema da morte, passa a ser motivo de maior reflexão para aqueles que têm a maior parte do tempo para trás e menos para a frente.
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Nezinho partiu, como se para ir em viagem atrás da mãe não necessitasse de dinheiro para as despesas e assim, o colchão onde em segredo mantinha o seu dinheiro, é dado por sua indicação ao Padre Inácio, para ajudar os pobres. Sim de facto, para onde Nezinho foi, o dinheiro não faz falta. A cena termina com imagens anteriores do actor montado na sua mula.
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Se no início me interroguei porquê Murilo Rosa foi escalado para interpretar um jovem inexperiente no amor que é padre, agora compreendo melhor. De facto, pela idade, o actor não corresponde mais ao perfil de "Miguel" mas esse é somente o único pormenor. Porque de resto, nele vejo maior impetosidade e jovialidade que nos jovens que com ele compõem o trio: "Laura" e "Henrique". A isso se deve a "tarimba", a experiência que de resto se nota faltar aos outros dois. E por isso é que Murilo é uma boa escolha. Sem ele, aquele trio ficava mais insonso. Se por um lado a intérprete de "Laura" não me conquistou completamente, o intérprete de "Henrique" também não. Sei que a sua personagem se presta a ser interpretada com teatralismo e exagero, mas ainda assim não gosto de o ver. Falta ao actor a tal "tarimba", algo semelhante à demonstrada por José de Abreu que, ao interpretar um carácter semelhante, não deixa de ser em simultâneo convincente como obececado doente ou compreensivo e sensível.
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A linguagem corporal diante de uma câmera não ajuda os jovens intérpretes. "Henrique" devia ganhar um óscar especial, pelo exagero do movimento das sobrancelhas e do dedo em riste. Mas se o último gesto se adapta melhor à personagem, o primeiro podia diminuir em frequência. É que não consigo olhar para outro lado, sem ser para as sobrancelhas dançantes. Parece-me até que lhe encontrei uma característica invulgar: o actor consegue erguê-as de fora tão bem quanto de dentro. Já "Laurinha" sai prejudicada com o excesso de branco daqueles dentes. Outra característica para a qual não devia estar a centrar a minha atenção quando vejo a novela mas lá está: parece incadescente, fluorescente, uma coisa tão dominante que rouba a cena. Depois a actriz está ainda crua em muitas coisas e ultimamente o que me tem enervado é ouvir a sua respiração. A cada palavra pronunciada ou que vai pronunciar, até mesmo durante os silêncios, lá se escuta a respiração pela boca. Além disso, "Miguel" parece muito apaixonado por ela mas ela limita-se a olhar para ele como se estivesse apaixonada. É a tarimba.
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A elogiar tem-me faltado mencionar a cumplicidade que os actores de "Miguel" e "Escobar", muitas vezes regada com a participação do "Padre Inácio". É uma parte bonita de se ver. Parecem uns meninos traquinas!
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TERRA NOSTRA:
Não tenho estado em cima dos episódios diários mas pelo que vi, as personagens continuam a repetir as mesmas histórias vezes e vezes sem conta, diálogos desnecessários continuam a embalar a trama, os passeios por entre coches e portões de casas, corredores e páteos continuam, o comboio continua a ser uma cena para encher, assim como as de trasições da noite para o dia, com os emigrantes a acordar para a lavoura. Além disso, quando o armazém ficou sem dono, não houve nenhum italiano que se apresentasse com a ambição de ficar à frente da venda. Será que a ambição italiana é exclusiva para as duas personagens centrais, Mateu e o amigo, e mais ninguém que trabalha duro naquele cafezal ambiciona largar a enxada? Essa parte não convenceu.

1 FEED-BACK -DEIXE OPINIÃO:

Anónimo 18 de abril de 2008 às 20:47  

Reparas-te na personagem, deu-me uma branca e não me lembro do nome, a que foi abandona no altar? Aquilo sim, foi uma cena de choro e veio de um actriz que vai apenas na sua segunda novela. Comparada com a Laura, ela merecia mesmo um oscar.
Também gosto de a ver a contrecenar com o senhor Lima Duarte. Ela tem tudo para se tornar a garnde actriz do Brasil em novelas. Espero que a Globo não seja "boba" e mete a a fazer um papel principal na próxima novela, senão é mais uma para ir para a Record.

Em Terra Nostra, Gumercindo teve finalmente o seu fillho homem e a peste negra chegou ao Brasil.

Laura Caçoeiro

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