Novidade

Este blogue mudou-se. Está agora no facebook. Um dia voltará a viver no blogger, numa casa nova e moderna. Até lá, boas novelas!
Para TODOS os fãs de telenovelas Brasileiras e Portuguesas espalhados pelo mundo.
Portuguese blog about Brasilian/Portuguese tv soaps for fans all over the world.

email desactivado por google devido a spam
alternativa: novelas para recordar npr arroba gmail.com

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

EM EXIBIÇÃO 02

Actualizações esporádicas das novelas em exibição em Portugal

Terra Nostra, apesar de manter alguma redundância na história, é no momento a novela em exibição na SIC a ter maior desenvolvimento e interesse. Desejo Proibido não lhe fica atrás mas, surpreendentemente a fuga de Laura da Igreja e respectivas consequências não resultou num interesse maior. Mas vamos por partes:

.............................. ....... ..........Lição de Culinária

Terra Nostra teve hoje um capítulo que foi uma autêntica lição de culinária. Falou-se de pão com linguiça, bananas, fábricas de macarrão e alcachofras. É uma informação factual histórica de valor que gosto de ver nas novelas, mas que neste capítulo foi em demasia. Estas iguarias passam quase todas pelas mãos de D. Leonora e a família de Gumercino tem de se submeter a novos paladares à mesa. A história em si, continua com vários momentos de redundância porém, a mentira arranjada que leva Giulianna achar que tem o seu filho nos braços é tão revoltante, que mantém a curiosidade por novas situações.

Sete Pecados bem podia aprender esta lição com Terra Nostra. A de dar umas voltas interessantes de vez em vez, ao invés de prometê-las apenas para o último capítulo. Sobre os capítulos desta semana pouco posso dizer, pois fui perdendo o interesse com a palhaçada mais que vista do objecto perdido e cobiçado (a estátua) que passa pelas mãos do elenco inteiro e desaparece assim que seus perseguidores a localizam novamente.

Desejo Proibido continua a proporcionar-me aquela risada de satisfação, a cada trecho de diálogo de humor inteligente e subtil que o autor escreve numa tirada. Aqui a forma como os actores percebem e incorporam estas mensagens tem muito a ver com a nossa percepção delas. No episódio de ontem, Nezinho sai-se com esta: “então se o afilhado de padre afinal é padre, a sobrinha de padre é o quê, madre?” – como se vê, assim só no papel, a graça pode perder-se. Mas não na linguagem que a novela tem e consegue transmitir.

Observações menos positivas costumam recair sobre as personagens principais e aqui não é excepção. A história toda consiste no amor de Laura por Miguel, que é padre e por consequência, esta paixão não pode se consumar de uma vez. Tem de passar por provações e mal-entendidos. A questão é que Laura comete tantos mal-entendidos, a rapariga é tão precipitada a tirar conclusões, que a coisa começa a ganhar contornos forçados. E é por isto que convém que o papel seja bem dominado pelo actor. Só um bom actor sabe dar credibilidade a estes momentos de puxa-estica. Miguel está muito bem, como o outro lado deste enredo. Mas se fosse ele, as últimas atitudes de Laura me fariam abraçar o sacerdócio com total convicção. Isto de ter paixão por um padre deve ter sido mais usual do que se imagina, no seu tempo.


Reflexão sobre a paixão por um padre:

Comecei a pensar no antigamente, quando todos frequentavam a igreja e o padre e o confessionário era um local muito concorrido pelas beatas. Temos uma noção muito fantasiosa destes tempos devido à contribuição da ficção. Os padres nos filmes ou novelas são sempre homens praticamente santos. Recebem a devoção dos fiéis mas nada que atravesse a fronteira do pecado. Penso porém que na realidade, esta fronteira deve ter sido atravessada com regularidade. Imagine-se um padre de comarca, condescendente, bondoso, atencioso e compreensivo. Ainda que não o fosse como homem, se mostraria assim como padre. E agora imagine-se toda aquela mulherada, vinda de casamentos arranjados, de submissão à figura masculina, muitas vezes maltratadas e usadas como objecto de usufruto, sem um carinho genuíno, sem preliminares. Imagine-se, pois certamente esta realidade na vida da mulher de antigamente era mais real que excepcional. Todos os dias a ir à missa onde uma figura santa, mas homem, lhes dá uma palavra amiga e compreensiva. Quiçá um simples gesto de afago na cabeça significasse mais para uma delas que qualquer outra coisa. Imagino então a quantidade de olhares de carneiro manso que um padre, lá no altar, recebia das suas fiéis mulheres. Agora depende do homem por detrás da batina, a coisa ficar por aí ou extravasar. Tenho cá para mim que a fronteira foi passada sem qualquer pudor, várias vezes. Até porque, as informações que nos chegam actualmente sobre os “desvios” de carácter do clérigo colocam num cantinho qualquer escândalo de um relacionamento entre um homem e uma mulher, ainda que ele fosse padre. Imagino também o pesadelo que não foi, para tantas crianças “ajeitadas”, que naquele tempo, não tinham quem mais se preocupasse, ir parar aos cuidados de um clérigo que usa a batina para dissimular desejos sexuais escusos. Mas estes casos envolvendo uma conduta sexual criminosa de um padre chegam poucas vezes ao ecrãs da ficção. Confesso porém, que se vivesse em Passaperto e tivesse que me apaixonar por um padre, como manda a história, seria pelo Inácio, não por Miguel. O primeiro é cheio das virtudes e os seus pecados, de cozinhar mal e ser teimoso, não causam má impressão. Ao menos o homem cozinha! E lava a louça a seguir.


PS: Não sei em que época ou local o celibato não era condição para o clérigo servir a igreja e os padres podiam ser homens casados e com filhos. Também não sei quando isso mudou para a presente condição mas padres com filhos houveram muitos. O progenitor da primeira filha de D. Beija é atribuído a um padre, embora na novela esta seja de António. A verdade, essa quem a sabe?










0 FEED-BACK -DEIXE OPINIÃO:

face

    © Blogger template by Emporium Digital 2008

Back to TOP